To a toa, lendo o Uol, quando vejo: "Rachel Weisz quer ser um ícone lésbico". Arrasou, Rachel! Uma pesquisa realizada pelo tablóide ingles The Sun, revelou que esta nossa colega(!) é a atriz mais desejada pelas lésbicas. Aqui a notícia:
Apesar de nao me identificar como lésbica, eu também voto na Rachel. Sou fan dessa mulher há mais de 10 anos - desde que assisti o filme Reaçao em Cadeia. Depois de ver as 2 Múmias, apaixonei geral e agora faço questao de ver todos os filmes em que ela está. Nao sei o que é...o olhar pacífico, a cor maravilhosa desses olhos, os dentes da frente levemente tortos? Talvez seja o ar de girl next door, realmente nao sei. Ai, ai (suspiros). Além de qualquer atributo de beleza física, Dona Rachel é uma ótima atriz (eu acho, né!) e inteligente. A doninha fala alemao (mae austríaca) e é formada em Cambridge (nao lembro em que!). Detalhe: seu pai é judeu, e apesar de isso nao fazer dela mais uma de "nós", ela foi educada nesta filosofia.
Tá, chega. Quem quiser saber mais é só dar um Google.
Ah, antes de ir...uma vez conheci uma menina que se achava parecida com a Rachel. Pra fazer a criatura feliz eu até disse que concordava. Hahahaha (gargalhada)....a Rachel é única, meu bem.
Bateu aquela vontade de ver A Múmia....
=D
P.S. Ah, consegui fazer umas 17 horas de jejum para o Yom Kippur. Tá bom, né? Pow, foi minha estréia. Dae, pra terminar bem, cheguei em casa e me acabei num prato de arroz (requentado!), ovo frito e pedaços de queijo. Tava tao, tao, tao gostoso que nao dá nem pra explicar...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Yom Kippur - O Dia do Perdao
"O Dia do Perdão, o mais santo do calendário judaico, é também chamado de Dia do Arrependimento. Marcado por jejum e preces, é o dia de pedir perdão ao próximo e a D'us. O destino de cada um é selado neste dia". (Fonte: http://www.chabad.org.br/datas/index.html).
De hoje a noite até amanha é o Yom Kippur. Como explicado acima, é o dia de se arrepender. Minha amiga M. Cohen explicou assim: "Sabe como os católicos tem que se confessar toda semana? Entao, a gente passa 10 dias depois do Rosh Hashaná fazendo a lista dos pecados, e chega no Yom Kippur fazemos o jejum de 24 horas e nos arrependemos". Srta. Cohen arrasou na explicaçao. Ficar 24 horas sem comer deve fazer qualquer pessoa pensar nos erros cometidos e provocar bastante arrependimento.
Eu sempre achei essas coisas uma "canseira só". Nunca jejuei. Pra nada. De fato, sou contra o jejum. Adoro comer. Mas confesso que esse ano estou pensando em aderir a idéia. Tá que eu ainda vou trabalhar e tal e nem sei se vai dar pra ir na sinagoga amanha (fui hoje pelo menos!), mas...vou tentar me abster de alimentos e pensar nos meus pecados. O duro é que ando me achando bem santinha. Ainda bem que as preces dessa data incluem os pecados intencionais e os nao intencionais. Hmmm.... Ah, de acordo com a tradiçao, deve-se pedir perdao para alguém que voce sabe que machucou.
Interessante o Yom Kippur cair bem nesse finalzinho de fim de semana. Sexta-feira/sábado tarde da noite/de madrugada, passei um tempao no telefone com Dona S. Conversamos sobre algumas coisas do passado. Esclarecemos histórias cabeludas. Creio que chegamos muito perto de entender o que passou de verdade, já que antes havia uma personagem interlocutora que transformava os fatos em mentiras, das mais bizarras. Nosso papo rendeu, e dormi muito bem depois.
Sábado foi gostoso também. Passei um bom tempo lendo sobre o arrependimento e tal, mas a tarde me juntei com Jess e mais uma galera na Parada Gay. Ou melhor, aqui em Santiago nao tem isso...aqui tem "Marcha de la Diversidad Sexual", hahaha... Minha primeira vez apoiando minhas queridas amigas beeshas y sapas, assim, tao publicamente. Me diverti horrores, cantando, pulando e literalmente levantado a badeira do Arco-Íris (comprei uma pequenininha, hehe)...Encontrei amigos, conheci mais gente. E terminei comendo chorrillana num bistro super lindinho.
O domingo chuvoso foi de reflexao também. Grilada pela falta de açao do meu grupo de estudo, liguei pra Jess e fomos comer pizza. Comemos muito. Falamos também. Contamos piadas...e causos da vida. Passado de novo. Burradas. A velha pergunta, "como eu fiz isso um dia?"....arrependimento. Acabei o dia na sinagoga, cumprindo o dever religioso.
Será que vou conseguir passar todo esse tempo sem comer? Provavelmente nao. Mas o importante é que vou tirar essas próximas horas para pensar nas pessoas a quem devo desculpas sinceras. Uma já me vem a mente. E como eu gostaria de lhe escrever um email e pedir perdao! Confesso que nao tenho coragem. Duvido que ele me perdoe um dia. Honestamente, nem sei se ele deveria. Fui a pior amiga que poderia ter sido, sacaneei, traí sua confiança da pior maneira possível. Ah, mas eu me arrependo...como me arrependo! Esse ano ainda nao tenho coragem de lhe escrever....vai ficar no pensamento, no inconsciente coletivo. Quem sabe ano que vem...
Bom Yom Tov!
De hoje a noite até amanha é o Yom Kippur. Como explicado acima, é o dia de se arrepender. Minha amiga M. Cohen explicou assim: "Sabe como os católicos tem que se confessar toda semana? Entao, a gente passa 10 dias depois do Rosh Hashaná fazendo a lista dos pecados, e chega no Yom Kippur fazemos o jejum de 24 horas e nos arrependemos". Srta. Cohen arrasou na explicaçao. Ficar 24 horas sem comer deve fazer qualquer pessoa pensar nos erros cometidos e provocar bastante arrependimento.
Eu sempre achei essas coisas uma "canseira só". Nunca jejuei. Pra nada. De fato, sou contra o jejum. Adoro comer. Mas confesso que esse ano estou pensando em aderir a idéia. Tá que eu ainda vou trabalhar e tal e nem sei se vai dar pra ir na sinagoga amanha (fui hoje pelo menos!), mas...vou tentar me abster de alimentos e pensar nos meus pecados. O duro é que ando me achando bem santinha. Ainda bem que as preces dessa data incluem os pecados intencionais e os nao intencionais. Hmmm.... Ah, de acordo com a tradiçao, deve-se pedir perdao para alguém que voce sabe que machucou.
Interessante o Yom Kippur cair bem nesse finalzinho de fim de semana. Sexta-feira/sábado tarde da noite/de madrugada, passei um tempao no telefone com Dona S. Conversamos sobre algumas coisas do passado. Esclarecemos histórias cabeludas. Creio que chegamos muito perto de entender o que passou de verdade, já que antes havia uma personagem interlocutora que transformava os fatos em mentiras, das mais bizarras. Nosso papo rendeu, e dormi muito bem depois.
Sábado foi gostoso também. Passei um bom tempo lendo sobre o arrependimento e tal, mas a tarde me juntei com Jess e mais uma galera na Parada Gay. Ou melhor, aqui em Santiago nao tem isso...aqui tem "Marcha de la Diversidad Sexual", hahaha... Minha primeira vez apoiando minhas queridas amigas beeshas y sapas, assim, tao publicamente. Me diverti horrores, cantando, pulando e literalmente levantado a badeira do Arco-Íris (comprei uma pequenininha, hehe)...Encontrei amigos, conheci mais gente. E terminei comendo chorrillana num bistro super lindinho.
O domingo chuvoso foi de reflexao também. Grilada pela falta de açao do meu grupo de estudo, liguei pra Jess e fomos comer pizza. Comemos muito. Falamos também. Contamos piadas...e causos da vida. Passado de novo. Burradas. A velha pergunta, "como eu fiz isso um dia?"....arrependimento. Acabei o dia na sinagoga, cumprindo o dever religioso.
Será que vou conseguir passar todo esse tempo sem comer? Provavelmente nao. Mas o importante é que vou tirar essas próximas horas para pensar nas pessoas a quem devo desculpas sinceras. Uma já me vem a mente. E como eu gostaria de lhe escrever um email e pedir perdao! Confesso que nao tenho coragem. Duvido que ele me perdoe um dia. Honestamente, nem sei se ele deveria. Fui a pior amiga que poderia ter sido, sacaneei, traí sua confiança da pior maneira possível. Ah, mas eu me arrependo...como me arrependo! Esse ano ainda nao tenho coragem de lhe escrever....vai ficar no pensamento, no inconsciente coletivo. Quem sabe ano que vem...
Bom Yom Tov!
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sábado, 26 de setembro de 2009
Rápida
Só pra desejar um Shabat Shalom a todos. Sei que poderia fazer isso por twitter, mas como to querendo mudar a cara do blog, deixei pra adicionar o feed do tal microblog quando eu fizer a reforma por aqui. Ah, descobri o Woofer hoje, o anti-twitter. Hilário!..
É isso... Shabat Shalom! Porque sábado é dia de descansar, já dizia Deus há muito tempo atrás, hehehehe... =P
É isso... Shabat Shalom! Porque sábado é dia de descansar, já dizia Deus há muito tempo atrás, hehehehe... =P
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009
"Life at Home"
Hoje, durante o intervalo da aula, Sr. P (amigao!) me perguntou: "so, how's your life at home?". E sabe quando bate aquela vontade de contar tudo o que te incomoda e porque, e falar mal de quem voce vive? Pois é, segurei tudo isso e só falei que ando rezando por mais paciencia. Sr. P também é colega do Sr. Marido (de quem estou precisando falar) e, mesmo sendo mais amigo meu, prefiro nao fazer fofoquinha a toa. Ai, que saudade da terapia!
Niezstche, meu mestre, em certa ocasiao disse: "Odeio quem me rouba a solidao e nao me oferece verdadeira companhia". Entao, mestre...concordo com voce. Oh, meu padim Ciço, (mode nordestina/on). Quem me conhece um pouco sabe o quanto AMO ficar sozinha. Sou feliz em ficar na minha. Mas é claro, a vida nos oferece surpresas, junto com provaçoes. Há mais ou menos um mes e meio, o antigamente conhecido como Sr. A se tornou o Sr. Marido. Havia um quarto desocupado aqui, entao Sr. A/Marido mudou pro apartamento onde moro e passamos a dividir nossa vida. Além de estudarmos juntos, passamos a fazer compras juntos, ir ao shopping para comer, pegar o onibus e o metro, conversar o tempo todo...sempre juntos. É claro que eu sabia que a lua-de-mel tinha data de validade, mas esperava que terminasse sem animosidade.
Há algumas semanas tenho percebido que ele está competindo comigo. Na verdade foi Monsenhor - psicólogo experiente - que me confirmou esta impressao. Monsenhor me disse que Sr. Marido, com problemas de segurança em alguns aspectos chave da vida, inconscientemente se coloca como meu rival. De fato, tudo fez sentido. Todas as discussoes idiotas, as respostas defensivas, as provocaçoes. Argh!
Pensei/tenho pensado como resolver o problema. Bem que eu queria simplesmente chegar e falar mais ou menos assim: "Entao, meu bem... sua insegurança no campo amoroso e profissional, somados a sua imaturidade, estao causando problemas. Para satisfazer seu ego voce me ataca, me provoca...e eu, por mais que tente abstrair e relevar, eventualmente respondo as provocaçoes...e isso nao faz bem para a nossa relaçao. Nao gosto de brigar. E também nao quero me sentir mal porque estou indo bem no trabalho e tiro notas mais altas que voce. Nao me acho melhor que a sua pessoa, sempre estive e ainda estou disposta a te ajudar a se desenvolver". Ah!! Meu sonho era conseguir fazer isso, colocar as cartas na mesa, abrir o jogo de um jeito honesto e maduro. No entanto, conhecendo a peça, sei que nao chego nem na metade desse discurso ensaiado. Em menos de 10 segundos eu receberia uma resposta defensiva e agressiva ao mesmo tempo, que provavelmente me deixaria *puta* com a situaçao, a ponto de sair do recinto. Igual quando ele começou a discussao idiota sobre Israel X Palestina.
Alguém atira em mim, por favor...agora! Antes que eu comece a contar as coisas que quero contar...tipo como ele manifestou com o olhar a raiva que sentiu ao ver que tirei nota mais alta na prova de Direito Internacional II mesmo tendo estudando bem menos. Tá, eu sei que é difícil ficar feliz pelos outros porque somos humanos e egoístas por natureza...mas pow, como "esposa" a coisas deveriam diferentes, nao? E eu pensando que a amizade deveria superar certas barreiras da vida....
Ai, ai, ai...já que nao faço mais terapia (ooo saudade) e tenho vergonha de encher o saco dos amigos com essas questoes - e também porque tentei incluir a criatura no meu circulo de amizades, ou seja, meus amigos o conhecem - fico eu aqui, reclamando publicamente, no Blog. Coisa mais loser de fazer... =/ ... (mode auto-piedade/OFF)...O pior de tudo é que eu tenho por princípio publicar tudo o que escrevo.
Pra terminar...aceito conselhos sobre como resolver isso. Dona S, sempre paciente e sábia, já me deu uns toques importantes. Mas creio que preciso de mais ajuda! =/
Niezstche, meu mestre, em certa ocasiao disse: "Odeio quem me rouba a solidao e nao me oferece verdadeira companhia". Entao, mestre...concordo com voce. Oh, meu padim Ciço, (mode nordestina/on). Quem me conhece um pouco sabe o quanto AMO ficar sozinha. Sou feliz em ficar na minha. Mas é claro, a vida nos oferece surpresas, junto com provaçoes. Há mais ou menos um mes e meio, o antigamente conhecido como Sr. A se tornou o Sr. Marido. Havia um quarto desocupado aqui, entao Sr. A/Marido mudou pro apartamento onde moro e passamos a dividir nossa vida. Além de estudarmos juntos, passamos a fazer compras juntos, ir ao shopping para comer, pegar o onibus e o metro, conversar o tempo todo...sempre juntos. É claro que eu sabia que a lua-de-mel tinha data de validade, mas esperava que terminasse sem animosidade.
Há algumas semanas tenho percebido que ele está competindo comigo. Na verdade foi Monsenhor - psicólogo experiente - que me confirmou esta impressao. Monsenhor me disse que Sr. Marido, com problemas de segurança em alguns aspectos chave da vida, inconscientemente se coloca como meu rival. De fato, tudo fez sentido. Todas as discussoes idiotas, as respostas defensivas, as provocaçoes. Argh!
Pensei/tenho pensado como resolver o problema. Bem que eu queria simplesmente chegar e falar mais ou menos assim: "Entao, meu bem... sua insegurança no campo amoroso e profissional, somados a sua imaturidade, estao causando problemas. Para satisfazer seu ego voce me ataca, me provoca...e eu, por mais que tente abstrair e relevar, eventualmente respondo as provocaçoes...e isso nao faz bem para a nossa relaçao. Nao gosto de brigar. E também nao quero me sentir mal porque estou indo bem no trabalho e tiro notas mais altas que voce. Nao me acho melhor que a sua pessoa, sempre estive e ainda estou disposta a te ajudar a se desenvolver". Ah!! Meu sonho era conseguir fazer isso, colocar as cartas na mesa, abrir o jogo de um jeito honesto e maduro. No entanto, conhecendo a peça, sei que nao chego nem na metade desse discurso ensaiado. Em menos de 10 segundos eu receberia uma resposta defensiva e agressiva ao mesmo tempo, que provavelmente me deixaria *puta* com a situaçao, a ponto de sair do recinto. Igual quando ele começou a discussao idiota sobre Israel X Palestina.
Alguém atira em mim, por favor...agora! Antes que eu comece a contar as coisas que quero contar...tipo como ele manifestou com o olhar a raiva que sentiu ao ver que tirei nota mais alta na prova de Direito Internacional II mesmo tendo estudando bem menos. Tá, eu sei que é difícil ficar feliz pelos outros porque somos humanos e egoístas por natureza...mas pow, como "esposa" a coisas deveriam diferentes, nao? E eu pensando que a amizade deveria superar certas barreiras da vida....
Ai, ai, ai...já que nao faço mais terapia (ooo saudade) e tenho vergonha de encher o saco dos amigos com essas questoes - e também porque tentei incluir a criatura no meu circulo de amizades, ou seja, meus amigos o conhecem - fico eu aqui, reclamando publicamente, no Blog. Coisa mais loser de fazer... =/ ... (mode auto-piedade/OFF)...O pior de tudo é que eu tenho por princípio publicar tudo o que escrevo.
Pra terminar...aceito conselhos sobre como resolver isso. Dona S, sempre paciente e sábia, já me deu uns toques importantes. Mas creio que preciso de mais ajuda! =/
domingo, 20 de setembro de 2009
Presa no/do Tempo
A semana que passou foi bem interessante. Nesta útlima sexta-feira o Chile comemorou sua independencia. E aqui o pessoal leva essa coisa de independencia a sério. Tem um monte de Fondas, que sao festinhas públicas (tipo feirinhas), com comidas típicas, gente dançando aquelas dancinhas chatas (e típicas), banquinhas vendendo artesenato, essas coisas. Além disso, a semana do tal feriado parece com Semana Santa, no sentido que todo mundo entra num clima de lerdeza sem precedentes. Até os professores, hehe. Bom pra mim. Isso significa que desde quinta estou sem fazer nada. Nada assim, de trabalho ou estudo pelo menos.
Aproveitei esses dias pra ir pra casa da Jess e ver filme, discutir sobre a condiçao de ser mulher, andar pelas partes da cidade que nao conheço muito bem (tipo o Centro!), esbarrar numa festa pátria na frente do Palácio La Moneda e ficar lá, gritando Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile e coisas do tipo. Também fizemos um churrasco no terraço - com direito a arroz e salada bem brasileira - e depois saí correndo pra comemorar o Rosh Hashaná (ano novo judaico). Festa sem parar. Chega domingo e eu preciso ficar em casa, em cima da cama, vendo TV e futricando em bobeiras como Orkut e Facebook. Ah, e Twitter agora...
Sempre me dá um aperto no coraçao quando eu tomo consciencia de que cada segundo é único, nao voltará a acontecer. Bate um certo desespero. Ainda mais para alguém como eu, meio escrava do relógio. Calculo meu tempo para nao chegar atrasada nem muito adiantada, para nao dormir demais nem de menos, para aproveitar bastante, mas com moderaçao. Uma eterna tentativa de controle. Porque o tempo, contado pelos relógios, é a própria síntese do controle. É o controle sem controle. Por mais que os minutos e as horas estejam ali, marcados e determinados, ainda resta a quem consulta (olha que "horas sao") decidir sobre o que fazer.
Ai, que pensamento mais cliché! O eterno sofrimento por equilibrar e decidir sobre o melhor uso do tempo que nos é otorgado pelo simples fato de estar vivo.
É isso, acabou o tempo.
Aproveitei esses dias pra ir pra casa da Jess e ver filme, discutir sobre a condiçao de ser mulher, andar pelas partes da cidade que nao conheço muito bem (tipo o Centro!), esbarrar numa festa pátria na frente do Palácio La Moneda e ficar lá, gritando Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile e coisas do tipo. Também fizemos um churrasco no terraço - com direito a arroz e salada bem brasileira - e depois saí correndo pra comemorar o Rosh Hashaná (ano novo judaico). Festa sem parar. Chega domingo e eu preciso ficar em casa, em cima da cama, vendo TV e futricando em bobeiras como Orkut e Facebook. Ah, e Twitter agora...
Sempre me dá um aperto no coraçao quando eu tomo consciencia de que cada segundo é único, nao voltará a acontecer. Bate um certo desespero. Ainda mais para alguém como eu, meio escrava do relógio. Calculo meu tempo para nao chegar atrasada nem muito adiantada, para nao dormir demais nem de menos, para aproveitar bastante, mas com moderaçao. Uma eterna tentativa de controle. Porque o tempo, contado pelos relógios, é a própria síntese do controle. É o controle sem controle. Por mais que os minutos e as horas estejam ali, marcados e determinados, ainda resta a quem consulta (olha que "horas sao") decidir sobre o que fazer.
Ai, que pensamento mais cliché! O eterno sofrimento por equilibrar e decidir sobre o melhor uso do tempo que nos é otorgado pelo simples fato de estar vivo.
É isso, acabou o tempo.
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domingo, 13 de setembro de 2009
Dos Acasos da Vida
A tendencia de viver uma vida agitada é ligar o piloto automático do quotidiano. Levanta, come, se veste, trabalha. Volta pra casa, estuda, faz almoço, trabalha de novo, vai pra aula de yoga, vai pra aula. Vem pra casa de novo, toma banho, janta e dorme. E no outro dia as coisas se repetem, mais ou menos do mesmo jeito. Até que um acontecimento ou outro nos lembra que essa coisa chamada vida é algo dinamico, vivo!
Sexta a tarde, antes de ir pra sinagoga, resolvi dar uma olhada no orkut - hábito cada vez menos frequente! Vi uma foto do meu avo - "seu" Bruck, do Rio Grande do Sul - publicada no orkut de uma prima, e cliquei pra ver os comentários. E foi quando, devido ao que estava escrito na foto, descobri que ele tinha morrido naquele dia mesmo.
Grande surpresa. Poucas horas antes eu tinha comentado com o "marido" que talvez no fim do ano eu desse uma esticada lá no Sul, pra ver a parentada de lá. Foi estranho pensar que "seu" Bruck já nao existia mais.
Liguei pro meu pai pra saber o que tinha acontecido. Depois pra minha mae, que já estava em Porto Alegre, se encontrando com a horda familiar que se reunia para tomar as devidas providencias. Ouvi Moleh Rahanim, uma reza hebraica fúnebre. Nao fui a sinagoga e fiquei em casa, vivendo aquele momento.
Se nao bastasse, ao conversar com minha mae, descobri também que a irma de uma querida amiga também morreu. Eu nao ha conhecia muito bem, mas lembro-me de passar momentos inesquecíveis ao seu lado. Ela era casada e além do marido, deixou duas filhas adolescentes. Uma pessoa de quem sempre me lembro alegre, sorridente, comum ótimo senso de humor. Nos encontramos poucos dias antes de eu me mudar aqui pra Santiago.
Como era de se esperar, passei algumas horas da sexta a noite refletindo. Refletindo sobre o cessar da existencia, o que é isso, como funciona. Um dia alguém que voce nao ve há tempos simplesmente dá o último suspiro de vida e o simples conocimento disso faz com que o sentimento se altere. De repente bate o sentimento de falta, de saudade...de uma pessoa em quem voce nem pensava todo dia. Estranho isso. Difícil descrever.
Após um par de horas depurando isso tudo dentro de mim, saí do quarto com a cabeça erguida. Jantei com Monsenhor A, "marido" e Maca, nossa nova amiga. Bebemos vinho, rimos. No sábado saí pra caminhar. Subi o Cerro San Cristóbal. Mais de uma hora subindo um morro e no topo, é claro, uma linda vista. Senti os deliciosos momentos de um fim de semana vivo, bem vivido. O acaso da morte também serve para nos lembrar de sentir nossa própria vida, pois esta tampouco é eterna. Tanto meu avo, José Bruck, como a Norma, eram pessoas de quem me lembro sempre com um sorriso. Pessoas que me fizeram sentir a vida como algo feliz.
Sou meio cética. Nao acho que eles estejam no céu, nem no inferno, nem em qualquer outro plano espiritual. Honestamente, nao me interessa. Só me interessa a lembrança de disfrutar meu dias ainda restantes e, quem sabe, deixar também boas memórias em pessoas que me importo.
P.S. A foto do post eu mesmo tirei. Sábado de tardezinha, na descida do Cerro San Cristóbal. Gosto como estao presentes os elementos da natureza e ao mesmo tempo as pessoas, indo e vindo.
Sexta a tarde, antes de ir pra sinagoga, resolvi dar uma olhada no orkut - hábito cada vez menos frequente! Vi uma foto do meu avo - "seu" Bruck, do Rio Grande do Sul - publicada no orkut de uma prima, e cliquei pra ver os comentários. E foi quando, devido ao que estava escrito na foto, descobri que ele tinha morrido naquele dia mesmo.
Grande surpresa. Poucas horas antes eu tinha comentado com o "marido" que talvez no fim do ano eu desse uma esticada lá no Sul, pra ver a parentada de lá. Foi estranho pensar que "seu" Bruck já nao existia mais.
Liguei pro meu pai pra saber o que tinha acontecido. Depois pra minha mae, que já estava em Porto Alegre, se encontrando com a horda familiar que se reunia para tomar as devidas providencias. Ouvi Moleh Rahanim, uma reza hebraica fúnebre. Nao fui a sinagoga e fiquei em casa, vivendo aquele momento.
Se nao bastasse, ao conversar com minha mae, descobri também que a irma de uma querida amiga também morreu. Eu nao ha conhecia muito bem, mas lembro-me de passar momentos inesquecíveis ao seu lado. Ela era casada e além do marido, deixou duas filhas adolescentes. Uma pessoa de quem sempre me lembro alegre, sorridente, comum ótimo senso de humor. Nos encontramos poucos dias antes de eu me mudar aqui pra Santiago.
Como era de se esperar, passei algumas horas da sexta a noite refletindo. Refletindo sobre o cessar da existencia, o que é isso, como funciona. Um dia alguém que voce nao ve há tempos simplesmente dá o último suspiro de vida e o simples conocimento disso faz com que o sentimento se altere. De repente bate o sentimento de falta, de saudade...de uma pessoa em quem voce nem pensava todo dia. Estranho isso. Difícil descrever.
Após um par de horas depurando isso tudo dentro de mim, saí do quarto com a cabeça erguida. Jantei com Monsenhor A, "marido" e Maca, nossa nova amiga. Bebemos vinho, rimos. No sábado saí pra caminhar. Subi o Cerro San Cristóbal. Mais de uma hora subindo um morro e no topo, é claro, uma linda vista. Senti os deliciosos momentos de um fim de semana vivo, bem vivido. O acaso da morte também serve para nos lembrar de sentir nossa própria vida, pois esta tampouco é eterna. Tanto meu avo, José Bruck, como a Norma, eram pessoas de quem me lembro sempre com um sorriso. Pessoas que me fizeram sentir a vida como algo feliz.
Sou meio cética. Nao acho que eles estejam no céu, nem no inferno, nem em qualquer outro plano espiritual. Honestamente, nao me interessa. Só me interessa a lembrança de disfrutar meu dias ainda restantes e, quem sabe, deixar também boas memórias em pessoas que me importo.
P.S. A foto do post eu mesmo tirei. Sábado de tardezinha, na descida do Cerro San Cristóbal. Gosto como estao presentes os elementos da natureza e ao mesmo tempo as pessoas, indo e vindo.
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Porque Pobre se Diverte Fácil
Foto: Alix/Sr. A
Ai, ai, ai...alguém me manda voltar a minha idade atual, por favor!
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domingo, 6 de setembro de 2009
Domingao de Tardezinha
Escrevo ao som de Como Si No Nos Hubiéramos Amado. Estou no ritmo de aprender as versoes em espanhol das músicas da Laura. Faz parte da minha preparaçao para o show. Agora pouco, antes de acordar o marido para me acompanhar ao supermercado, fiquei lendo umas postagens antigas do blog. É bom fazer isso de vez em quando. Recordar os bons momentos, rever certos fantasmas e ver como as coisas ficam pequenas com o tempo. Adoro essa sensaçao, de rir daquilo que um dia foi desgraça e hoje nao passa de pó. Acho que ficar ouvindo essas músicas está me colocando nesse mood assim, meio "relembrativo".
Cumpri minha agenda de fim de semana a risca. O strogonoff fez um super sucesso e nao sobrou nada. O arroz foi o melhor que fiz até hoje. Ficou soltinho, soltinho... graças a valiosa dica da vovó. Confesso que estou curtindo essa coisa de cozinhar, ainda mais que a cozinha aqui de casa parece um palco. Ou seja, é possível fazer a comida, servir drinks, ouvir música e falar com os convidados ao mesmo tempo. Gosto tanto que coloquei a foto ae para voces terem uma idéia.
Logo depois de assistir o Brasil massacrar a Ar-rrentina (HAHA!), me mandei pra Rock the Pop, festa arrasante. Depois de jantar regado a duas garrafas de vinho eu já estava pronta pra festa. Só esperei JT "aquecer" também e lá fomos nós. Quis morrer de vergonha quando vi que éramos as primeiras a chegar. Isso porque já era 1 da manha e a festa tava marcada pra começar as 11.30! Mas teve sua graça. Arrasamos, só as duas mesmo, dançando e cantando. Até que lá pelas 3 a coisa tava bombando. Foi ótemo! Só nao foi tao ótemo assim acordar hoje e correr pra casa para estudar. Bleh.
O tempo nao tá ajudando. Chuvoso e cinza. Neblina pairando sobre a cidade. Argh! Ando tao chata com isso que estou parecendo britanica, sempre falando do clima.
Ah, pra terminar... adicionei uns blogs muito legais que descobri ontem/hoje. O da "serva" Cleycianne me fez dar muita risada. Ossos do Escritório me lembrou o quanto poesia pode ser legal, e o Joaos e Joanas é um de tirinhas, super divertido.
Ok, vou aproveitar que a criatura finalmente tirou o traseiro gordo do sofá e ir ao supermercado, senao amanha nao teremos mantimentos! Oh, vida...
Cumpri minha agenda de fim de semana a risca. O strogonoff fez um super sucesso e nao sobrou nada. O arroz foi o melhor que fiz até hoje. Ficou soltinho, soltinho... graças a valiosa dica da vovó. Confesso que estou curtindo essa coisa de cozinhar, ainda mais que a cozinha aqui de casa parece um palco. Ou seja, é possível fazer a comida, servir drinks, ouvir música e falar com os convidados ao mesmo tempo. Gosto tanto que coloquei a foto ae para voces terem uma idéia.
Logo depois de assistir o Brasil massacrar a Ar-rrentina (HAHA!), me mandei pra Rock the Pop, festa arrasante. Depois de jantar regado a duas garrafas de vinho eu já estava pronta pra festa. Só esperei JT "aquecer" também e lá fomos nós. Quis morrer de vergonha quando vi que éramos as primeiras a chegar. Isso porque já era 1 da manha e a festa tava marcada pra começar as 11.30! Mas teve sua graça. Arrasamos, só as duas mesmo, dançando e cantando. Até que lá pelas 3 a coisa tava bombando. Foi ótemo! Só nao foi tao ótemo assim acordar hoje e correr pra casa para estudar. Bleh.
O tempo nao tá ajudando. Chuvoso e cinza. Neblina pairando sobre a cidade. Argh! Ando tao chata com isso que estou parecendo britanica, sempre falando do clima.
Ah, pra terminar... adicionei uns blogs muito legais que descobri ontem/hoje. O da "serva" Cleycianne me fez dar muita risada. Ossos do Escritório me lembrou o quanto poesia pode ser legal, e o Joaos e Joanas é um de tirinhas, super divertido.
Ok, vou aproveitar que a criatura finalmente tirou o traseiro gordo do sofá e ir ao supermercado, senao amanha nao teremos mantimentos! Oh, vida...
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Depois da bebedeira,
Felizinha
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Agenda do Fim-De
Sexta
Singagoga, com minha amiga Sra. M, que por acaso descobri que é judia e tava doida atrás de uma sinagoga pra rezar e conhecer gente. Entao hoje é o dia. Depois é claro, tem o jantar de Shabat, aonde confraternizaremos acompanhados das delícias da cozinha judaica.
Sábado
Dormirrrrrrrrr...e depois ver o jogo do Brasil a tarde. Quer dizer, é a tarde? Nem sei ainda. E as 19:00 eu e marido (fake!) receberemos Patrick y Monica, amigos que acabaram de ficar noivos e vao casar - de verdade! O cardápio será strogonoff de frango, com arroz e saladinha. Os vinhos serao um cabernet sauvignon y um carmenére, comprados com desconto, o que sempre me faz feliz!
Após o jantar, que eu pretendo que termine no máximo até 22:30, vou pra casa da Sra. JT, nova amiga. JT, canadense-irlandesa, recém-chegada na cidade, amiga-de-uma-amiga, tá doida pra sair e bater cabelao. Ae apareceu uma festa chamada Rock the Pop, festa hiper gay, e ela botou pilha pra gente ir. Como eu ainda nao conheço a cena purpurinada dessa cidade, lá vamos nós, como diria Dona Minie Ranheta do Pica-Pau. Aparentemente a tal balada é num lugar super babadeira, num casarao velho restaurado, 2 ambientes, cheio de gente bonita e música de primeira. Recomendado por Dona Ro, amiga DJ.
Domingo
Curar a ressaca com um belo café da manha está nos meus planos. Claro que eu gostaria de virar um vegetal e nao fazer nada. Aproveitar que vou dormir na casa da JT e ficar vendo filme, só de boa. Mas....NO, NO, NO....pobre nao tem sorte. Com provinhas do capeta marcadas para segunda e terça, domingo a tarde deverá ser (bem!) aproveitado em algum café dessa cidade, de preferencia perto de casa, tomando café e tentando estudar. Por que nao deixo pra fazer isso segunda? Porque atualmente tenho 2 empregos e 2 "por fora", além de que segunda tenho aula de yoga também. O negócio é aproveitar o domingao...
Ai, ai....cansei só de pensar! Mas nem vai ser taaaaao lotado assim. Espero que a meleca da festa preste, e que meu strognoff arrase. To precisando dar um tempo do marido. Passei a semana evitando discussao, mas hoje, por bobeira, a vaca foi pro brejo. Terminou ele concordando com o Ahmedinejad (presidente do Iran) que disse que o holocausto nao foi uma tragédia! Levantei da mesa e saí, pra nao pular no pescoço do desgraçado. Eu mereço, viu!!....
Enfim...desvei do assunto. É hora de dar ciao e ir me arrumar.
Adieu
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