quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Crazy

"No, we're never gonna survive...unless we are a little crazy", canta a Alanis aqui na minha playlist. Nestas últimas horas de 2008 escrevo o último post deste ano. Acho que no total serao 145 posts destes últimos 365 dias.

Passei o dia morrendo de sono por causa de um remedinho maldito ae. Mas foi bom. Dormi o que nao tinha dormido no ano todo. Espero que tanto descanso me ajude a passar a noite na farra sem dar pití pra ir dormir, hehe.

Usei o (pouco) tempo acordada para dar aquela pensada na vida, fazer a tal retrospectiva. Como já coloquei antes neste blog, eu estava doida pra este ano acabar, e por isso acho que estou tao feliz hoje. Nao que eu ache que a partir de amanha os problemas de 2008 automaticamente farao parte do passado e tudo se resolverá. Nunca! Mas... nas minhas reflexoes eu percebi que alcancei o grande objetivo que tinha me colocado para este ano. Decidir.

No dia 31 de Dezembro de 2007 eu disse que 2008 seria o Ano da Decisao. E de fato foi. Um ano de poucas realizaçoes, mas muitas decisoes a serem tomadas. Muitas situaçoes novas, muita busca de auto-conhecimento. Passei pelo menos uns 6-7 meses em busca de paz de espírito e, claro, junto com ela, a felicidade. As muitas lágrimas choradas este ano me ensinaram liçoes valiosíssimas que carregarei para o resto da vida. As horas de angústia parecem ter ficado para trás, junto com as gestalts fechadas. E os bons momentos, bem... muitos foram, infelizmente, lavados e apagados com as amargas lágrimas. Outros que sobraram vao, sim, ficar na memória. Os sorrisos de amigos, os abraços, as risadas sem compromisso, as pessoas que, como anjos, apareceram e se foram, as comidas boas, os restaurantes conhecidos, as manias adquiridas, as novas gírias aprendidas....

Decidi que 2009 será o Ano das Realizaçoes. Li num livro que tudo o que é realmente importante deve ser escrito, portanto, lá vou eu escrever o que quero realizar neste ano que vem.

1. Cuidar mais de mim. Isso inclui cuidar da pele, comer melhor, voltar a malhar.

2. Manter as amizades e reaproximar outras. Em 2008 dei uma descuidada de alguns amigos, me afastei de outros. Nao pretendo deixar isso acontecer mais. Quero meus amigos cada vez mais perto. As melhores lembranças estao permeadas da presença destas pessoas.

3. Ser mais "família". Minha família me irrita, mas.... nem tanto.

4. Ter mais paciência. Acho que essa aqui eu tenho pretendido há muitos anos, haha!!

5. Virar menina! Quero ver se aprendo a fazer a própria maquiagem, usar saia, sandália, vestido, essas coisas de menina.... sem perder o próprio estilo.

6. Cozinhar mais. Algo diferente de macarrao. Nao custa aprender umas receitinhas diferentes né!

7. Ser uma pessoa melhor. Em todos os sentidos.

E assim, nesse clima de felicidade de fim de ano, esperança do que vem por aí, vou indo nessa. Me chamaram pra ir ajudar a fazer a salada.....ah neim, que preguiça!

Obrigada a todos que lêm/leram este blog.


P.S. Ah, esqueci de dizer que a minha cor de 2009 será rosa e roxo. =) ...se preparem para e versao Ylana-Mulherao 2009!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Aviso

Entao....a quem possa interessar....

1. Eu nao morri, só nao tenho tido tempo de postar no blog.

2. Tô hiper-mega cansada. Mis olheiras non mienten!

3. Amanha acaba esse ano nojento e estou muito feliz por isso! =)

4. Tô lendo o livro "Filosofia em Comum", da Márcia Tiburi que ganhei da Done K de natal. AMEI! Em breve postarei comentários.

5. Beijos para: Sr. e Srta. F, Dona P (saudade!), Cicci e Amy Winehouse!

...esse trem de mandar beijo tá ficando brega, né! Prometo que o A FIM DE QUE voltará a ser um blog filosófico assim que eu puder sentar e colocar as idéias no lugar.

Kiss and call me, babies!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal combina com...

...familia toda se jogando na piscina pra ver se o calor passa!

Nao, o calor nao passa....mas a gente brinca de guerrinha de água, tenta fazer pirâmide e também faz aquela outra brincadeira de subir no ombro e tentar derrubar o outro, sabe? Bao dimais!... O bom de fazer isso em família é que a gente nao se preocupa com o próprio peso. Dane-se! O seu primo tem "obrigação" de te aguentar! Haha...

Depois de tanta agitação, um banho gostoso e um cochilo de duas horas com o cabelo molhado. Acordei brocada e corri pra cozinha. Cheiro de bolo quentinho, hmmmmm....delícia!

Amanha no hemisfério norte é o conhecido "boxing day", onde as lojas abrem com promoções incríveis. Aqui nao temos isso, mas...amanha é meu dia de ir pro Paraguay comprar tudo aquilo que eu nao comprei até agora. Perfumes - porque decidi trocar de perfume, Eletronicos - porque ir no Paraguay e nao comprar eletrônicos é pecado, Óculos de sol - porque eu SEMPRE gosto de comprar óculos de sol....e otras cositas más.

Sem nenhuma filosofia natalina a acrescentar, despeço-me....

Beijos para Dona L, P, A, K...Srs. T, E, W e L....e Amy Winehouse.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Entao...parece que é Natal né...

Calor de matar, muita gente circulando pela casa, confusao total, cheiro de comida, etc... entao, parece que é Natal mesmo!...

A coisa aqui tá mais divertida do que eu pensava. Agitaçao familiar, sim, mas acho que o presente mesmo desse ano foi ter reencontrado uma velha amiga. Velha companheira de escola, eu e Dona LW estudamos juntas do Jardim à 8a série. Lembro-me da primeira vez em que a vi. Eu, sentada na primeira carteira do Jardim II do antigo Centro Educacional Adventista de Goiania (CEAG). Dona LW chegou na porta e puxou papo com a professora. Ela era minúscula. Coisa de família. Sao todos baixinhos. Ela conversou com a professora e disse que a partir do dia seguinte se juntaria à classe.

Nao nos tornamos amigas logo de cara. Pra falar a verdade nesses anos todos nossa relação foi mais de respeito do que outra coisa. Na 6a série fizemos parte de um grupo que apresentou muitos trabalhos de sucesso. Mas só na 8a mesmo que começamos a "andar juntas". Aí vocês sabem....empresta o CD da Laura Pausini, convida pra almoçar em casa...joga no mesmo time na hora da Educação Física. Como eu disse, LW sempre foi baixinha, mas era inteligente o suficiente para ajudar nos times. Sabia passar a bola no futebol e basquete, e sacava até bem quando era vôlei. Sempre foi nerd e só tirava notao. Ah, detalhe....a mae dela foi nossa professora de Ciências da 5a a 8a. A tia Rose me adorava.

Entao, hoje de manha, alguém me deu a feliz notícia que o pai da LW mora 4 casas abaixo da casa do meu tio, aqui nesse condomínio fechado. Ô mundinho pequeno! Ainda bem!... Bati na porta logo cedo e encontrei todo mundo. E agora acabei de chegar de outra visita vespertina. Foi ótimo! Um verdadeiro presente de natal.

Falar que esse ano tem sido marcado por encontros e desencontros seria redundância. A vida é assim. Uma sucessão destes dois elementos. O encontro com Dona LW foi muito feliz. De fato, um grande presente!

Ok, chega de breguice... vou nessa comer, porque a fome apertou. E depois todo mundo sabe... é aquele correria de tomar banho, lavar cabelo, colocar vestido, maquiagem, blah blah blah.... e como tá tudo em clima de acampamento/Big Brother, é melhor eu correr pra depois nao ter que ficar na fila eterna do banho.


Merry Christmas y'all!...

domingo, 21 de dezembro de 2008

Pré-Natal

Muita falta de tempo neste pré-natal, tudo devido ao excesso de compromissos sociais. Como diria Dona D, "muita desanda!"....e como!
Mas acho que em Campo Grande vou ter tempo de ler os blogs, responder os scraps e filosofar por aqui.

Só afim de comentar: ontem Dona F fez almoço. Atendendo meus pedidos, a entrada foi Tzadikki com pao folha - uma entrada típica grega que eu ADOOOOORO!... O único problema com Tzadikki (pronuncia Ssatsiki) é que deixa um bafo de alho impossível! Sério! Acho que estarei imbeijável até o ano que vem. Haja café e chá de hortela!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Rede de Mentiras

Ainda na onda mentirosa (hihi), só vim postar sobre o filme que assistir hoje, "Rede de Mentiras", com o meu lindo Leo DiCaprio (moreno!) e o Russel Crowe.

Depois de mais de um mês sem ver nenhum filminho sequer, hoje fui ao cinema.

Body of Lies é divertido. Pra quem gosta de Guerra do Iraque, gente falando árabe, personagens meio misteriosos, explosoes, rápidas reflexoes sobre a política externa americana e afins. Mas o filme nao é grande coisa nao. Ou eu que estou ficando velha e chata. Sei lá. Anyway, foi divertido. Nao gostei do final, achei que poderia ter sido beeeem melhor, mas...teve bao, vai!

Ai, que canseira... infelizmente tive que recusar um convite para ir numa festa hiper-bafonera aonde para entrar eu deveria estar vestida de puta. Até que eu gostei da idéia. Só nao gostei da idéia de ter que acordar amanha cedao para trabalhar. Ou seja, a festa rodou.... ou eu quem rodei né. Fazer o que...

Vou dormir.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

The Bullshit Artist

Como de costume, assisti Law and Order: SVU hoje depois de almoçar. Em algum momento do episódio as palavras "pathological liar" (mentiroso patológico) chamaram minha atençao, e lá fui eu pesquisar o que era isso. Num artigo encontrado do thelastpsychiatrist.com encontrei uma frase - fantástica! - que define esse tipo de pessoa:

"They are bullshit artists who make things up as they go along, and then believe their own crap".
(Eles sao artistas de merda que inventam coisas pelo caminho, e entao acreditam em sua própria balela).

Esta patologia facilmente se confunde com mentirosos compulsivos. Existem vários pontos em comum, inclusive o fato de começar na infância. E ah, todos sao manipuladores. Vale lembrar que gente assim, manipuladora, adora uma provocar uma crise, pois é nesta situaçao que suas habilidades sao melhor utilizadas.

Como justificativa, estes seres podem argumentar que têm uma anomalia no cérebro. Uma pesquisa na Califórnia mostrou que eles mostram maior atividade na parte do córtex pré-frontal. Tudo devidamente esclarecido por ressonâncias magnéticas.

Acho que fiquei fora dessa, já que depois de tantas ressonâncias magnéticas nenhum médico viu nada de especial no meu córtex pré-frontal. He he!...Viva...

Enfim, tenho que ir porque Dona F está chegando.

See you...

P.S. Música para o momento: LIES, do McFly...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um Brinde à Preguiça

Quem nunca ouviu falar que segunda-feira é o "Dia Internacional da Preguiça"? Até eu, que normalmente abomino essas frases batidas, hoje tive de reconhecer este fato.

Uma mistura da 4 dias de Festival das Fadas (prometo que um dia eu explico), que resultaram em pouquíssimas horas de sono, junto com um erro da medicina, fizeram com que eu tivesse uma das segundas-feiras mais lerdas da minha vida.

Vamos pelo começo. O Festival terminou ontem a noite. Sim, eu já estava cansada e acabada, mas nao podia perder o final. Todas as celebridades estariam lá. Dona L, Dona P, Dona B (nova na roda) e mais outras. Teve até champagne e, claro, eu nao resisto a esta bebida fina! Entao lá ficamos, sentados em volta da mesa, apreciando a comida - que acabou sendo Lasanha, para minha imensa felicidade - e conversando. Eu ADORO uma boa conversa. Por isso fiquei até bem mais tarde do que planejado. Mesmo assim ainda consegui chegar em casa e dormir umas 6 horinhas antes de ir trabalhar.

Já o lance do erro da medicina, bem... na verdade o erro foi meu. Tenho o hábito de levantar e tomar logo meu comprimido matinal de Tegretol - remédio pra epilepsia. Todos os dias é assim. Acordo, saio da cama, bebo água. Pego o comprimido e mando logo pra dentro. Hoje quando voltei do trabalho nao conseguia me lembrar se havia tomado o negócio ou nao, e resolvi tomar outro. Uma hora e meia depois descobri que sim, eu já tinha tomado o remédio, como de costume. A lesêra incontrolável bateu, e nao teve outro jeito a nao ser dormir. Dormir muito! Tirando o atraso dos últimos dias e aproveitando o climinha de chuva, tao raro nessa cidade. Até que teve bao...

Fora isso continuo lendo horrores. Tô até lendo um livro de auto-ajuda bem legal que fala coisas muito óbvias, mas me motivou o bastante para voltar e re-escrever alguns objetivos de vida. Aproveitei pra encontrar uma lista de objetivos que eu havia escrito no segundo semestre de 2006. Poutz, que piada! Prefiro nem comentar!.... Enfim, inspirada pelo ditado - também meio clichê - que diz que "a indecisao já é uma decisao", lá vou eu para a dura tarefa de decidir o que eu quero da vida. Quer dizer, escrever as decisoes né. Aposto que a lista vai ficar engraçada... e censurada!

Enfim, façamos um brinde à preguiça deste dia. E falando em brinde... fim de semana que vem tem um brinde marcado já. Desta vez com champagne das boas - cortesia de Dona (?). Ha!

Kiss and call me, bitches!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Noite Feliz

Depois de ter passado quase a semana inteira dormindo bem mais do que eu precisava, o fim de semana chegou para gastar todo o estoque de sono acumulado. Há dias nao durmo quase nada...

Por bons motivos, é claro. Teve o famoso Festival das Fadas 2008. Na versao deste ano fui convidada para todos os dias, apesar de nao ter aproveitado tudo o que podia devido a atual abstençao de álcool. Mas tudo bem. Outras diversoes apareceram. O Festival termina hoje com um jantar que envolve camarao. Ou seja, é melhor eu ir "comida".

Teve também outras duas festas. Essas, de confraternizaçao de fim de ano. O legal dessas festas foi eu bancar a "gente boa", comer carne de churrasco sem reclamar - para os que nao sabem, eu nao gosto de churrasco - e fingir que eu estava curtindo o som de Calypso. Arrasei!

Hoje, me sentindo já bem acabadinha, ainda fui à Anápolis visitar a titia. Adoro pegar a estrada sozinha, aaahhh! Tem coisa melhor do que cantar com toda a força dos pulmoes e o talento que Deus te deu a 140km por hora? Sim, tem coisa melhor, mas fazer isso é muito bom, hehe.

Devo aqui expressar que mudei minha opiniao sobre o Primavera in Anticipo, o novo CD da Laura. Eu que, há cerca de uma semana atrás, falei mal do álbum, disse que nao era tao bom e que eu nao tinha me identificado com as cançoes, retiro o que eu disse. Bem, continuo achando que nao é o melhor CD da carreira dela (da Laura), mas depois de ouvir as músicas over and over again, acabei gostando de várias. A profundidade das letras é notável. As minhas preferidas até agora sao:

- Primavera in Anticipo: toquinho legal, empolgante. Letra muito boa também. Ah, prefiro a versao só com a Laura, sem o viadinho do James Blunt.

- Il Mio Beneficio: cançao rancorosa. Fala do passado. Ótima letra, melodia nem tanto.

- Belíssimo Cosí: outra empolgadinha. Letrinha bonitinha... certeza que um dia ainda vou ouvir essa música e associar a algum ser humano.

- L'Impressione: outra dessas de exorcismo do passado. Letra e melodia ótimas!

- La Geografia del Mio Camino: talvez a que mais tenha a ver com a minha pessoa ultimamente. Adoro quando ela diz, "torno da me, perche ho imparato a farmi compagnia" (volto pra mim porque aprendi a fazer-me companhia).

....e acho que é só.

Ah, alguém assitiu House na quinta? Minina, que episódio!!! Adorei! Digno do comentário, "ai, se eu pudesse..."

Enfim... espero poder dormir mais do que 4 horas e meia hoje...quem sabe hoje a noite nao será feliz!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Maratona

Argh!... 4 festas pra ir hoje.... já fui em uma, ainda restam 3. Será que eu consigo? Hunf, e eu que achei que ia chegar em Gyn e nao ter nada pra fazer, hahaha!!!... À louca! (the crazy)...

Kiss and call me...porque hoje tem Festival das Fadas! E eu, como uma fadinha lindinha, devo comparecer. ;)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sobre o Desprezo, Perdao e afins...

Com o tempo a gente aprende que nao existe segredo, ou sequer nada que seja secreto. Cedo ou tarde as coisas sao descobertas. De propósito ou por simples acidente, a verdade acaba sempre vindo à tona, mesmo que já nao faça a mínima diferença. Isso vale para segredinhos entre amigos, casais, pais e filhos e agências de inteligência.

Sempre tive a impressao de que certas verdades me procuravam mesmo que eu nao as buscasse. Como uma pena que é levada pelo vento, leve e de pouca significância, esta pena aterrissa em algum lugar e, quem sabe, este lugar pode ser o colo de alguém que dá significado àquele mísero material que até pouco vagava por aí.

Quando, por qualquer razao, alguém nos machuca, dependendo da situaçao, da intensidade de sentimentos investidos, é natural avaliar a possibilidade de perdoar aquela pessoa. Se existe amor de verdade, a gente releva, repensa tudo, tolera, acha que um pouco mais de paciência pode resolver o caso. Ao mesmo tempo, há de se levar em conta o tamanho do machucado e da dor infringida.

Todo investidor sabe o tanto que é duro ver suas açoes em baixa. Assistir seus investimentos indo por água a baixo. O sentimento é de traiçao. Como se o mercado tivesse mentido! Em relacionamentos, de qualquer tipo, a analogia é válida.

De que valeu tanto amor? Tanto esforço? Tantas conversas, tantas tentativas, tanta entrega? Valeu muito pouco. O bem conseguido nao superou o mal que foi feito. O investimento passou longe de ser lucrativo. As mentiras lançadas ao vento caíram em meu colo e eu, que até pouco ainda via a possibilidade de perdao, começo a achar que nao é possível. O sentimento produzido passa a ser o de desprezo.

Desprezar alguma coisa ou alguém é, ao mesmo tempo, libertador e triste. Desconfio que esse meu desprezo nao faça muita diferença para o objeto/pessoa desprezado(a), mas ainda assim ele é presente em mim. Como chegamos a isso? pergunto-me.

Muitas histórias, muitas explicaçoes. Todas resumidas em uma única palavra, no plural. MENTIRAS. Uma série de mentiras contadas para quem nunca mereceu. Contadas por uma pessoa egoísta e insegura, que diz querer ser honesta, mas nao consegue superar a si mesma no inferno próprio que construiu.

Só me resta dar uma risadinha de pura descrença. Ou melhor, nem isso. A vantagem de ter velhas-verdades reveladas e de anular a possibilidade de perdao é que tudo se torna mais fácil, mais simples. Nao há mais o que pensar, o que considerar. A desonestidade de outrem faz com que o cenário ganhe um tom preto e branco e sem graça. Nao é mais necessário conjecturar sobre como perdoar. Esta possibilidade já nao existe mais.

FIM

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Livro de JÓ - Capítulo 7

Jó 7

1 Porventura não tem o homem duro serviço sobre a terra? E não são os seus dias como os do jornaleiro?

2 Como o escravo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,

3 assim se me deram meses de escassez, e noites de aflição se me ordenaram.

4 Havendo-me deitado, digo: Quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama até a alva.

5 A minha carne se tem vestido de vermes e de torrões de pó; a minha pele endurece, e torna a rebentar-se.

6 Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e chegam ao fim sem esperança.

7 Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem.

8 Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais.

9 Tal como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce ã sepultura nunca tornará a subir.

10 Nunca mais tornará ã sua casa, nem o seu lugar o conhecerá mais.

11 Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma.

12 Sou eu o mar, ou um monstro marinho, para que me ponhas uma guarda?

13 Quando digo: Confortar-me-á a minha cama, meu leito aliviará a minha queixa,

14 então me espantas com sonhos, e com visões me atemorizas;

15 de modo que eu escolheria antes a estrangulação, e a morte do que estes meus ossos.

16 A minha vida abomino; não quero viver para sempre; retira-te de mim, pois os meus dias são vaidade.

17 Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas sobre ele o teu pensamento,

18 e cada manhã o visites, e cada momento o proves?

19 Até quando não apartarás de mim a tua vista, nem me largarás, até que eu possa engolir a minha saliva?

20 Se peco, que te faço a ti, ó vigia dos homens? Por que me fizeste alvo dos teus dardos? Por que a mim mesmo me tornei pesado?

21 Por que me não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniqüidade? Pois agora me deitarei no pó; tu me buscarás, porém eu não serei mais.



Fonte: www.biblegateway.com

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sobre a Primavera e estranhos de viagem...

Conclusao meio óbvia: tô ficando velha! Argh!.... sei que tenho reclamado disso há algum tempo, mas é porque é verdade, pow! ...A gente sabe que tá ficando velha quando sai cedo da balada pra ir comer caldo! É o fim...

De volta a Gyn, as coisas começam a assumir seu lugar novamente. Tenho escutado o novo CD da Laura Pausini incessantemente. E pra ser sincera, nao fiquei muito fan do "Primavera in Anticipo" nao. A Laura veio com essa história de primavera antecipada e tal. É, pode ser que minha condiçao de pessoa amargurada da vida (ai!) nao tenha se identificado com a felicidade das músicas. Ou nao. Sei lá. As musiquinhas sao boas. No estilo conhecido da Laura. Ah, só achei que ela poderia ter experimentado mais, como fez no Resta in Ascolto. Mas tudo bem, é a Laura....a gente perdoa. E tem uma música que gostei demais, que foi a Primavera in Anticipo, a versao sem o James Blunt. Acho que o problema é comigo, de verdade. Nao rolou muita identificaçao com as cançoes....deve ter sido isso. Mas o bom de música é que elas sao meio atemporais. Nunca se sabe se num futuro - próximo ou nao - essa tal identificaçao vai acontecer. Entao talvez seja o caso de esperar....

Saudades do Rio. Saudades de Sao Paulo, tirando a parte que eu passo mal de bronquite sempre que estou por lá.

Ontem assisti o filme Efeito Borboleta. Eu, que nao botava muita fé, acabei gostando. Bastante. Veio de encontro com uma longa conversa que tive com um "doido", desses que eu encontro na rua. Na viagem do Rio pra SP um cara do ônibus puxou conversa comigo e acabamos batendo papo um tempao. Ele, um advogado famosinho até, autor de livros e tal, é todo filósofo, entendido do estoicismo e fan de Sêneca. Graças à recente leitura de Consolaçoes da Filosofia, que falava de Sêneca, inclusive, ainda passei por inteligente.

Enfim... a conversa foi uma viagem só, com o perdao do trocadilho óbvio. Ele falou sobre uma tal "equaçao" que existe. Basicamente é aquela coisa do karma. Como a natureza reage frente às nossas açoes. Como nossas decisoes afetam nao só a nossa vida, como a dos outros também. Falamos sobre como quem é correto em suas açoes e procura sempre evitar que os outros sejam prejudicados acabam, no fim, sendo recompensados. Pensamento este que vai de encontro com partes do cristianismo e outras doutrinas, como a budista também.

O papo rendeu muito e....o tio era muito bom de conversa. Evitei ao máximo falar sobre coisas muito pessoais, mas... foi estranho quando, do nada, comecei a chorar. Argh! Tem coisa pior do que chorar na frente de um estranho depois de uma conversa filosófica?...que saco! Desci em SP correndo. Agradeci o convite dele pra tomar um café e fui logo encontrar minha carona. De qualquer forma, nao consigo esquecer o que foi falado. Consolo de loser ou nao, tanta conversa serviu para reforçar algumas idéias. E alguns princípios que pretendo manter, como o de que, se necessário for, de me abster ou renunciar a coisas em nome de um bem maior. É, meio abstrato isso, mas... é mais complicado do que parece, quando se trata de uma pessoa impulsiva.

Well, well... a primavera tá acabando aqui nessa parte do mundo. É quase verao. É quase Natal. É quase o fim daquilo que eu chamei de "O ANO DA DECISAO"...
É, algumas decisoes certamente foram tomadas. Uma delas é que eu pretendo ser a pessoa mais correta que puder ser, e...que a natureza se encarregue do resto.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Mensagem

Recebi hoje por sms e gostei.

A natureza nunca tolera que o bem prejudique os bons.

Que assim seja.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

10 dias de Rio de Janeiro

Tá acabando. A temporada de Ylana na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro, como uma turnê ou musical, chega ao fim. Foram-se 10 dias...

Cheguei aqui há 10 dias, num domingo. Estava com um mau-humor difícil de explicar. A fina garoa que caía nao contribuiu para melhorar meu estado de espírito. Trancada num pequeno apartamento, sozinha e sem acesso a internet. Foi assim que tudo começou.

Os compromissos foram cumpridos. A chuva nao deu trégua, mas meu humor sim, melhorou. Reencontros, conversas. Muitas conversas. Caminhadas solitárias por uma cidade que, mesmo depois desse tempo, permanece, de certa forma, uma incógnita para mim.

Tempo pra mim. Tempo sozinha. Tempo pra pensar. Pensar no passado, presente e futuro, nao necessariamente nesta ordem. Mar, ondas, sol - ou a falta do mesmo. Pessoas caminhando, eu junto. Disfarçada de gringa eu descobri lugares e pessoas. Num exercício de introspeção forçado, todavia necessário, ouso dizer que descobri eu mesma, mais uma vez. Ou pelo menos o que restou daquilo que eu costumava dizer que era "eu".

Nao pertenço ao mar. O cheiro da maresia me causa repulsa, por mais que eu goste da praia de vez em quando. O gosto do sal me enjoa. Gostei enquanto da turnê, da temporada, mas agora é hora de seguir viagem. Mais afeita a cidades grandes, hiperativas, de ritmo frenético, lá vou eu para um próximo capítulo. Plantar raízes em outras terras, espero que férteis. Sozinha, livre e desencanada, sigo com a vida, em parte por nao ter outra opção, e em parte porque realmente quero.

Obrigada, Rio! Até a próxima!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Meme

Ai, ai....mais um dia de praia. Que lesêra danada!... To vermelhinha e cansada.... mas, a pedidos de dona Kell, vou responder um meme.

8 COISAS PARA FAZER ANTES DE MORRER

1. Encontrar o amor da minha vida.
- Tá, eu sei, super brega falar isso, mas... é verdade, pow! Imagina viver e nunca encontrar o amor da sua vida? Que podre!...por isso eu pretendo encontrar esta criatura assim que possível.

2. Ir num show da Laura Pausini e, se possível, tirar uma foto com ela.
- Certeza que esse desejo vem de uma gestalt mau fechada da adolescência, hehe...

3. Conhecer Israel.
- E claro, comer todas as azeitonas possíveis por lá!

4. Aprender a fala 10 línguas.
- Já falo 5, ou seja...só falta metade!

5. Ir no deserto do Atacama e andar de Lhama.
- Acho que esse desejo pode ser realizado muito em breve.

6. Dirigir um carro de Fórmula 1.
- Esse eu nao sei se vai dar pra fazer, mas....bem que eu queria! Demais...

7. Ter uma horta que eu mesmo plantei.
- E soube cuidar também!

8. Salvar a vida de alguém.
- Outro breguinha... que é verdade.

Pronto, respondido....agora vou deitar um pouco pra curar essa ressaca de sol e água salgada. Ai!

domingo, 30 de novembro de 2008

Hoje é dia de....

...PRAIA!!!!!! Sol lindo maravilhoso no céu, e eu tô indo pra praia....embalada por algumas musiquinhas da Laura, do CD Resta in Ascolto.

La la la....morram de inveja!

Kell, depois respondo o meme. Estou pensando ainda nas 8 coisas que quero fazer antes de morrer. Só decidi uma!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Me, Myself and I em Comfort Food and Places

Tenho andado muito sozinha aqui no Rio. Sr. T é um homem ocupado que, apesar de seu imenso esforço em passar tempo com minha pessoa, ele ainda tem compromissos a cumprir. Nao conheço muita gente nesta cidade, e os poucos que conheço também estao ocupados. Faculdade, trabalho, monografias, essas coisas.... ou seja, estou tendo todo o tempo do mundo para a ficar com Me, Myself and I.

Nao sei se é só comigo mas, eu tenho uma preguiça enorme de cozinhar pra mim mesma. Até pra sair pra comer, se tiver que ir sozinha, a tendência é procurar a solução mais prática, e nao necessariamente a melhor. A consequência disso tem sido que nos 3 últimos dias minhas refeições da hora da "janta" foram compostas por sanduíche, batatas fritas e refrigerante (light, é claro!). É, eu sei, alimentação trash total, mas que eu me permito, usando a desculpa de que é prático, barato e confortável. Sim, confortável! Além do mais, minha consciencia nem tá pesando muito pois tenho caminhado por todo lado, gastando assim as calorias.

Existe um peculiar sentimento de conforto na familiaridade encontrada na textura de uma batatinha frita crocante, ou no gosto azedinho de um picles imerso no "molho especial" de um Big Mac saboreado por volta das 18.53 de uma sexta-feira em Copacabana. Para quem está sozinho e, de alguma forma precisa se encontrar, comer algo conhecido é um consolo. Sentada na mesa do McDonalds, encaro minha mochila de frente. "Oi, mochila companheira! Vai batata ae?"....

Gosto muito de McDonalds. Dos produtos, mas, principalmente, da filosofia por trás deste restaurante. Além do mais, o McDonalds foi pioneiro na criação de espaços que eu denominaria "globais". Restaurantes como este e outros afins conseguem oferecer aos clientes, em qualquer lugar do mundo, uma atmosfera familiar. Um lugar onde seus clientes se sentem parte e, quem sabe, menos sozinhos, mesmo que nao conheçam ninguém. Convenhamos, mesmo que dinheiro nao fosse o problema, quem ia querer jantar no Fasano sozinho? Eu que nao! Já no McDonalds nao importa se você está sozinho, com o namorado ou com a galera. O ambiente comporta todos os tipos e humores.

Resolvi andar mais um pouco pela orla antes de voltar pra casa. Uma caminhada extra sempre faz bem depois de comer tanta porcaria. Conversando com quem realmente mora sozinho, percebo o quanto parece ser difícil segurar o ímpeto da auto-destruição, do feeling tô nem aí. Com alguns este ímpeto de manifesta na comida, outros na bebida, e por assim vai. Sem televisao ou ninguém pra ligar pra contar como foi o dia, deleito-me na leitura - e na escrita deste blog também, né! ... Chega de comida por hoje!... amanha quem sabe eu consigo jantar salada!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sonho de Consumo


Pensa numa mulher bonita com B maiúsculo. Agora pensa que esta mulher é hiper mega talentosa. E, pra completar esta pequena lista, imagine que além de linda e talentosa ela é gente boa. Voilà, senhores....conheçam Janine Jansen - lê-se Ianine Iansen - essa aí da foto ao lado.

Janine é uma violinista holandesa de 30 anos. Eu a conheci ano passado - nao pessoalmente, que pena! - quando comprei seu CD interpretando as 4 Estações, obra mais conhecida do Vivaldi. Fiquei impressionada com a sonoridade leve e intensa que Janine conseguiu dar a esta peça já meio saturada. Tipo, todo mundo, mesmo sem saber, um dia já ouviu nem que tenha sido um trecho de Primavera ou Tempestade. Vivaldi é o máximo mesmo, e a Janine, diminuindo ao máximo a quantidade de instrumentos com os quais gravou a obra, conseguiu meio que reinventar a coisa. Pelo menos em minha humilde opiniao de leiga metida a sabe-tudo. Além de que o estilo pessoal desta mulher é algo que....como eu posso dizer....algo com o qual eu me identifico. Talvez esteja aí a raiz da minha grande admiração - pra nao dizer crush!

Uma simples busca no youtube revela quem é Janine Jansen. Especialmente os vários vídeos dos bastidores da gravação de seu último cd, que foi de uma peça de Tchaikosvky. Ela é assim, meio espevitada. Faz careta pra tocar, e é como se ela sentisse cada nota que toca. Os movimentos corporais dizem tudo. Ela balança a cabeça, vira, mexe, só faltou pular!.... ha!...lembrei que a Vanessa Mae - outra violinista que arrasa - pula quando toca. A Vanessa também toca demais, só que, coitada, nao é tao bonita quanto a Janine. Se bem que...beleza é muito pessoal mesmo.

Enfim... o fato é que... se eu fosse violinista eu queria ser igual a Janine Janse. Linda, talentosa, famosa e, penso eu, rica também, hehe. Um verdadeiro sonho de consumo! Nao, mas...sério mesmo! Depois de passar um tempinho aqui vendo alguns vídeos dela, estou altamente inspirada.... ô meu Deus!

Fora isso eu andei hoje o dia inteiro, até os pés doerem. Andei do começo de Copa até o fm do Leblon. E daí, cansada horrores, me rendi a uma bela livraria do Shopping Leblon, onde comprei outro livro do Alain de Botton. Falarei dele depois. Foi bem legal passar o dia andando sozinha. Tô gostando mesmo. Amanha provavelmente darei uma de "Amelia" e vou limpar a casa, lavar roupa, essas coisas.... depois veremos. Ainda estou a procura de gente pra ir na praia comigo.... alguém se habilita?

Beijos, me liguem!!!... (a Janine podia tanto me ligar!... eu ia adorar ser amiga dela, juro!)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os caminhos da Cidade Maravilhosa

Saí pra andar no Rio. Andei, andei, andei....muito! Muito mesmo. Calçada, rua, areia dura, areia mole... o negócio era andar.

Depois da prova de hoje de manha fui andar um pouco pela Gávea. Ruas e ruas... enquanto ando tento formar um mapa mental das ruas e camnhos. Depois andei pelo Leblon, praia do Leblon. Muita areia. Claro, né! Duh!... andei na areia fofa e depois mais perto do mar, sentindo a água fria nos pés, que foi bastante refrescante. Eu adoro o Leblon!!! Ooo lugar pra ser bonitinho, viu! Andei até Ipanema. Neste ponto, já cansada horrores, parei e tomei água de côco. Nada mal. Achei que merecia um descanso depois de andar tanto, entao resolvi pegar um ônibus e vir pra casa.

Banho tomado e dentes escovados, a fome bateu. O que eu fiz? Fui andar. Desta vez, atrás de comida. Tava afim de comer alguma coisa bem trash, já que meu almoço foi super balanceado. Andei. E andei mais. Rua do Catete....parte interessante da cidade. Galera saindo do trabalho, butecos cheios. Meu, como carioca fala alto! Cervejas derramando nos copos, perguntas sobre futebol. Gente andando pela rua, outros com suas barraquinhas montadas, vendendo de tudo. Desde LPs de vinil super antigos a relógios por R$5,99. Lojas de móveis, colchões, lanchonetes... mais cerveja! Gente indo, vindo. Cheiro de milho cozido. Pipoca. As maioria das pessoas detém um ar de cansadas em seus rostos. Imagino que devem ter trabalho o dia todo e agora estao na (provavelmente) longa volta para casa. Mais lanchonetes, mais lojas, mais gente vendendo coisa. A situação beira o caótico, mas o clima é de tranquilidade. Os cariocas nao parecem ter a mesma pressa que os paulistas. Ou talvez seja só uma impressao errada.

O McDonalds surge, por detrás das árvores, de maneira esplendorosa! Já com bastante fome, me senti bem feliz ao ver o M dourado. Nao pensei duas vezes. Entrei.

Na volta a alma da cidade ainda podia ser respirada. A situação era basicamente a mesma da vinda, só que agora já era noite. E dessa vez achei ter visto mais mendigos do que o normal. No meio do caminho ouço a voz do Andrea Bocelli. Numa banca de revista o tio (dono) colocou o DVD do último show dele pra tocar e ligou o som num amplificador. Eu e um outro monte de gente paramos para ouvi-lo cantar "Canto Della Terra" com a Sarah Brightman. A letra dessa música é linda e...naquele momento a música parecia ser a trilha sonora do filminho da minha vida. Perfeito. Ai, ai.... *suspiros*

Andar no Rio tem sido como descobrir um país novo. Andar na penumbra de um fim de tarde foi como descobrir mais um pouquinho do meu Eu. Sentir mais um pouco de mim mesmo. Espero que momentos como este voltem a se repetir até o fim da minha estada.

Me despeço hoje com a letra da música, desta vez com tradução...ah, Cicci... se tiver alguma correção, me avise!


CANTO DELLA TERRA
(Canto da Terra)

Si lo so
(Sim, eu sei)
Amore che io e te
(Amor, que eu e você)
Forse stiamo insieme
(Talvez estejamos juntos)
Solo qualche instante
(Só um instante qualquer)
Zitti stiamo
(Calados estamos)
Ad ascoltare
(a escutar)
Il cielo
(o céu)
Alla finestra
(Na janela)
Questo mondo che
(Este mundo que)
Si sveglia e la notte è
(acorda e a noite já está)
Già così lontana
(assim, tao longe)
Già lontana
(tao longe)

Guarda questa terra che
(Olhe esta terra que)
Che gira insime a noi
(Que gira junto com nós)
Anche quando è buio
(Mesmo quando está escuro)
Guarda questa terra che
(Olhe esta terra que)
Che gira anche per noi
(Que gira também por nós)
A darci un po'di sole, sole, sole
(a dar-nos um pouco de sol, sol, sol)

My love che sei l'amore mio
(My love, que é o meu amor)
Sento la tua voce e ascolto il mare
(Ouço sua voz e escuto o mar)
Sembra davvero il tuo respiro
(Parece de fato o seu respirar)
L'amore che mi dai
(O amor que você me dá)
Questo amore che
(Este amor que)
Sta lì nascosto
(Está ali escondido)
In mezzo alle sue onde
(No meio das ondas)
A tutte le sue onde
(Em todas suas ondas)
Come una barca che
(Como uma barca que)

Guarda questa terra che
Che gira insime a noi
Anche quando è buio
Guarda questa terra che
Che gira anche per noi
A darci un po'di sole, sole, sole
Sole, sole, sole

Guarda questa terra che
(Olhe esta terra que)
Che gira insime a noi
(Que gira junto a nós)
A darci un po'di sole
(A dar-nos um pouco de sol)
Mighty sun
(Sol poderoso)
Mighty sun
Mighty sun

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bom dia, Rio!...

Alguém lá em cima ouviu meus clamores e parou a chuva. Até mandou um solzinho, meio ralo na minha opiniao, mas ainda assim é sol né!...melhor do que a situação anterior.

Ontem, depois de sair da prova, almoçar na Gávea e blogar um pouco, fui andar, exatamente como havia planejado. O problema é que tava chovendo. Garoa fininha. Entao pensei, "ah, vou assim mesmo". Comprei um guarda chuva vagabundo e lá fui eu, me aventurar pelas ruas dessa cidade molhada. Ai, ai!....

Pra resumir a história, digamos que eu andei feito um vira lata sem rumo. Jardim Botânico, Lagoa... gente, pensa num trem grande! Essa tal Lagoa é muito maior do que parece!... mas foi muito bom. Mesmo com metade da calça molhada, e mochila também, consegui preservar o cabelo seco e... isso é o que importa!....hehe, quem lê isso deve pensar que meu cabelo é aquela caca!... Quando cheguei em Ipanema a situação já tava meio crítica, e foi quando me rendi ao cansaço e peguei um ônibus de volta pra casa, onde eu tomaria um banho quentinho e me esquentaria debaixo das cobertas.

Após descansar um pouco, a chuva nao parava e eu, cada vez mais grilada, fui jogar paciência. Joguei todos os jogos de paciência e Free Cell que nao havia jogado nos últimos 2 anos!... Sr. T está com problemas em sua conexao de internet em casa, ou seja, me sobraram as cartas...
Mas teve bao...

Hoje, dia livre antes da prova de amanha, tirei a manhã de folga (mais!)... aproveitei pra tomar café com calma, sentar, conversar, essas coisas que nao dá pra fazer todos os dias. E agora, só alegria....pelo menos teoricamente, hehe... lá vou eu de novo pra zona sul, vencendo a dor da maldita cólica, tudo para apreciar o mar. Sim, eu sou goiana e nao estou acostumada com isso, entao.... só nao fala pra ninguém que eu tenho agonia de areia e não pretendo sair do calçadao, hehe....

Beijos, me liguem!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Começo de semana

"Darwin e a ciência da evolução" me encaram. Escrevo-lhes direto de um um cyber café localizado no Shopping da Gávea. Vim pra cá depois da prova.

A tal prova, diga-se de passagem, foi bruta. Brutissma!...nada da moleza do San Tiago Dantas. Eram 4 perguntas, das quais deveriamos responder 3. Logo de cara me arrependi de nao ter lido meus resumos por inteiro. Mas, too late now... mesmo assim consegui lembrar bastante coisas. Meu problema era conseguir lembrar a quem (que autores) pertenciam os argumentos. Argh!... um dia ainda vou escrever sem ter que citar outros. Que raiva!.... mas fui lá, fiz a prova. Escrevi um total de 8 páginas em 2 horas e meia. Saí da PUC a vim caminhando pro shopping.

Eu sempre digo que entre o Rio e SP eu prefiro o Rio porque pelo menos aqui tem sol e praia, neh. Pois é...a praia continua, mas esses dias nao tem muito sol nao. Desde ontem o tempo permanece nublado e chuvoso. Espero que isso mude muito em breve. De preferência amanha, quando eu estiver caminhando na praia, haha...

Andei pensando... esta é a 3a. vez que eu venho à esta cidade e, cada uma das vezes foi uma experiência diferente. Ainda me sinto muito turista por aqui, o contrário de Sao Paulo. Talvez por causa do sotaque, ou talvez porque a cidade é cheia de morros e a vegetação é super densa. Sei lá... o povo em SP anda mais rápido....me identifico com isso. Mas por enquanto ainda prefiro o Rio, hehe...

Vai ser uma semana bem solitária. Meu host é super ocupado e eu nao, hehe... mas tudo bem, nao estou reclamando. É claro que eu sinto falta de ligar pra alguém e falar, "argh, a prova foi bruta, blah blah blah..."...ou mesmo de ir batendo papo pela rua enquanto caminho. Ao mesmo tempo, nao é sempre que a gente consegue ficar sozinho com a gente mesmo. Talvez essa seja a maior missão desta semana.... será que eu consigo?

domingo, 23 de novembro de 2008

Pra pensar

"Acho que se a gente aprende a ficar sozinho, a gente aprende a ficar com qualquer um"....

Me disseram isso hoje..... será que é assim mesmo?

Linda e Loira + Sucesso?

Pouco antes das 9 da manha meu corpo se mexe lentamente na cama. Abro os olhos, verifico a hora. Mesmo depois da agitaçao de ontem nao consigo mais dormir. Meu cérebro nao deixa. E por isso que, ainda que uma certa preguiça - provavelmente causada pela ingestao de um certo destilado a base de milho - me tome os movimentos, eu levanto de uma vez.

Sem ressaca hoje. Só as lembranças de mais uma noite na balada, naquele "buteco", como diz Dona L. Gente dançando, o lugar pegando fogo. A tal DJ Ana Paula resolve, finalmente, às 2 da manha, dar as caras. E manda muito bem. Arrasa e faz todo mundo pular.

Ontem eu resolvi diversificar um pouco. Eternamente defensora da idéia de sair pra dançar de tênis, resolvi vestir meu vestido preto e sandália. De salto, sim! Sabia que ia rolar uma dorzinha no pé, mas... tudo pelo visual. Saí da mesmice, fiz maquiagem, e fui testar o efeito do vestidinho no Bar. Haha! E que efeito!...

Dona L adorou. Foi logo de cara dizendo que só tinha um problema: o vestido deveria ser mais curto pra mostrar mais minhas pernas (que causaram um efeito em Dona L maior do que eu esperava!). Prometi a ela que vou investir em algo do tipo. Estou pensando também em coisas do estilo....sainha!... É, quem diria! Nem eu acredito ainda.

E assim como um bebê que descobre a própria voz, lá vou eu descobrindo as saias, vestidos e sandálias....e o efeito que eles causam.

Nesta semana lá vou eu para mais uma rodada de provas. No Rio, desta vez... haha! O objetivo maior, além de passar nas porcarias das provas, é claro, é voltar uma "loirassa goxtosona", bem carioca....será que eu "dô conta"?...

sábado, 22 de novembro de 2008

O Que É O Sucesso?

O que é o sucesso?
Rir sempre e muito.
Ganhar o respeito das pessoas inteligentes
e a afeiçao das crianças.
Ganhar a apreciaçao de críticos honestos
e suportar a traiçao dos falsos amigos.
Apreciar a beleza.
Encontrar o melhor nos outros.
Deixar o mundo um pouco melhor, seja com
uma criança saudável, um pequeno jardim
ou uma condiçao social redimida.
Saber que pelo menos uma vida respirou
com mais facilidade porque você viveu.
Isso é ter sucesso.


Poema de Ralph Waldo Emerson, autor americano.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Linda e Loira...

Após descobrir o paraíso da depilaçao - um lugar onde este processo de tortura voluntária foi, pela primeira vez, agradável e praticamente indolor - resolvi vestir de mulher. Saia rosa, blusa preta, chinelinho bonitinho, óculos legal e até batom! Atendendo a pedidos, fui trabalhar vestida de menina.

Uma das razoes pelas quais eu nao gosto de usar saia é porque quando isso acontece, eu viro notícia. Todos que me enxergam fazem aquela cara de assustado, como se estivessem contemplando um ser extraterrestre em sua frente, e exclamam; "de saia?!?!?!"... e eu fico com aquela cara de, "é né..". Até o chefe ontem conseguiu me deixar numa posiçao muito desconfortável ao elogiar - em minha opiniao, excessivamente - meu traje. Enfim, c'est la vie, je pense...

Resolvi hoje que vou fazer um esforço mais consciente para ficar sempre assim, linda e loira. Algum motivo especial? Nao. Só o fato de que... é legal se arrumar pra gente mesmo de vez em quando.

Pra completar o dia, saí com as meninas do trabalho. Coisinha light, bem girls' night... muito bom. Cicci sugeriu que deveríamos fazer isso pelo menos uma vez por semana. Eu concordei.

Tá, chega de enrolaçao... é hora de estudar, porque segunda é a prova!

Frase do dia: "we live forwards, but understand backwards" - "vivemos para frente, mas entendemos para trás".

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Aquela Imagem Do Espelho

Ai, que canseira!... dormi mal e acordei azeda por isso. Odeio sonhar a noite toda. Coisas desagradáveis, situaçoes enroscadas. Nem a presença da Laura Pausini numa van (no sonho, tá!) adiantou. Argh!....nao é a toa que nao gosto de dormir de estômago cheio.

Mesmo acordando assim, num humor bem TPM, passei o dia bem de boa. Estudando, trabalhando... e claro, pensando. Fiquei pensando hoje sobre questoes relativas à segurança e insegurança pessoal. Incrível como estes conceitos realmente norteiam nossas açoes.

O que seria uma pessoa segura? Alguém que se conhece, sabe os próprios limites e fraquezas e também os próprios pontos-fortes? Alguém que, ao saber disso consegue dizer sim e nao na hora certa e deste modo acertar em suas escolhas? Nao sei exatamente como definir uma pessoa segura de si, mas... em meus devaneios pelo dia, imaginei que aquele que se sente seguro é quem consegue estar em paz consigo mesmo, seja no meio dos amigos ou sozinho em seu quarto às 10 da noite (por exemplo), enquanto se prepara para dormir. Estar confortável na própria pele me parece ser a maior expressao de segurança pessoal.

Levante-se e dê uma olhada no espelho. Você gosta de quem vê? E... nao estou falando de aspectos físicos. Gordo, magro, alto ou baixo.... muita coisa dá pra mudar. Mas... quando eu me olho no espelho, eu gosto da pessoa que enxergo? Eu gostaria de ser amiga desta pessoa? De ouvir o que ela tem a dizer e, quem sabe até pedir seus conselhos e opinioes? ....respiro fundo. Encarar o próprio EU nao é tarefa fácil. Exige coragem. E muita!

De vez em quando me pergunto por que, as vezes, é tao dificil ficar sozinho. Como a companhia de nós mesmos pode se tornar algo tao assustador?

Ok, um pouco da resposta é óbvia. É legal ter alguém pra conversar, trocar idéias, abraçar, e manter um contato físico. E mesmo porque ninguém é uma ilha, nem quem é bem sucedido no amor e na carreira e mora sozinho. Nao estou aqui defendendo um isolamento geral. Só uma pequena auto-análise, mesmo que seja uma coisa meio assim, "de buteco".

A dificuldade de estar em paz com a nossa própria pessoa é mais comum do que parece. Para alguns, é intransponível. De vez em quando a gente esbarra com alguém assim. Gente que nao dá conta de ficar sozinho. Tem sempre que ter alguém do lado. A insegurança, o desconforto pessoal, é tao grande que esta pessoa nao se aguenta e procura outra para se distrair, esquecer a si própria e fingir que está tudo bem, pelo menos até a hora de dormir. E pior, dificilmente quem é assim reconhece a condiçao.

Nao acredito que alguém possa se sentir seguro e feliz consigo mesmo todos os dias da sua vida. Ninguém tem auto-estima inabalável. Mas ao mesmo tempo, de que compensa viver se ficar sozinho no quarto é um martírio e tudo o que queremos fazer é fugir? Se evitamos olhar no espelho, porque os olhos de quem vemos nao esconde a verdade vinda de nosso interior, entao fica óbvio que algo vai mal. Muito mal.

Admitir que existe um problema, é metade da soluçao. No entanto, é importante entender que a falta de açao para que tudo se resolva, faz com que os status quo permaneça.

Talvez o segredo esteja na atitude que nos leva a transcender o imenso medo que temos de parar com o auto-engano e encarar quem somos realmente. Olhar para si, com honestidade e humildade, e reconhecer quem é esta pessoa, e continuar este processo através de açoes concretas que nos transforme em seres-humanos mais dignos, me parece uma receita de tentativa válida para que no fim do dia possamos conviver em paz com aquela imagem do espelho, e nao simplemente passar pela vida, nos agarrando naqueles mais fortes que nós.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Eu, a mulher sem razao

Hoje foi mais um dia que pode entrar pra galeria dos "perdidos", ou "esquecidos". Segunda-feira chata, com poucos momentos de exceçao.

Falei com o Sr. T, gentil como sempre, que vai me ceder seu apartamento quando eu estiver no Rio. Essa foi uma das poucas partes boas do dia. A outra boa parte do dia foi ver a cara da Cicci elogiando meu blog. Ela disse que eu tenho uma cabeça...assim, (nao terminou a frase, mas a cara foi boa, hehe). Fiquei tao lisonjeada que quase chorei, hehe.... ai, como eu sou ridícula! Nao sei o que é, mas ultimamente qualquer coisa tem me feito chorar.

Quase 10 da noite, longe da televisao e do prospecto de falar com alguém, mesmo que pelo telefone, começo a sentir a pressao dos dias que ainda estao por vir. A viagem da semana que vem, a responsabilidade. A vontade de fugir, que vem junto com a vontade de morrer. E falando em morrer... hoje eu fiquei pensando no que eu faria caso fosse cometer suicídio. Para onde iria, se deixaria um bilhete e, no caso, o que escreveria nesse bilhete. Cheguei à conclusao de que eu tenho vergonha de morrer assim. Imagina alguem no meu enterro dizendo, "ai, coitada! Que fraqueza de espírito, se matar aos 24 anos!"....

Hoje também eu esbarrei num velho email. Foi ruim. Muito ruim. Chorei horrores. Mas passou... se tudo der certo eu ainda aprendo a lidar com os erros dos outros, já que consertar mesmo eu só posso fazer com os meus.

Continuando a onda de postar letras de música, escolhi a "Mulher Sem Razao", com a voz da Adriana Calcanhoto. Essa música me lembra uma pessoa especial em quem pensei quando a ouvi pela primeira vez. Eu, que às vezes me rendo a boa MPB, me enxerguei nesta cançao, me vi como a própria mulher sem razao, que deve cair na real. Com a diferença que... eu desisto de ouvir meu coraçao. Vou ouvir é o meu cérebro mesmo. É lá que meu juízo deve estar guardado, em algum cantinho empoeirado e esquecido.


Mulher Sem Razao

Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou

Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar

Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
No final da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio

Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dá um pouco de atenção

Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não tá com nada
É uma festa na prisão

Nosso tempo é bom
Temos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar

Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto
Na escuridão do quarto

sábado, 15 de novembro de 2008

Invece No

Vou passar uns dias postando letra e vídeos de musiquinhas que recentemente têm feito minha playlist.

Hoje, neste sábado de ressaca de balada - que nao incluiu bebedeira, diga-se de passagem - começo com Invece No, da minha eterna Laura Pausini. Música nova, que demorei um pouco pra gostar. Achei o clipe tosquinho, mas....gente, é a Laura, e ela é tosca mesmo. Mas como sempre, apaixonei pela letra da música, que nao entendi logo de cara, e ainda, toda vez que leio, fico interpretando os possíveis significados. Ontem acho que tive um insight. É uma música de libertaçao... libertaçao de sentimentos, eu diria. ....vejamos...

INVECE NO

Forse bastava respirare
Solo respirare un pò
Fino a riprendersi a ogni battito
E non cercare l'attimo
Per andar via
Non andare via

Perchè non può essere abitudine
Diciembre senza te
Chi resta qui
Spera l'impossibile

Invece no
Non c'è più tempo per spiegare
Per chiedere se ti avevo datto amore
Io sono qui
E avrei da dire ancora
Ancora

Perchè si spezzano tra i denti
Le cose più importanti
Quelle parole che non usiamo mai
E facio un tuffo nel dolore
Per farle rissalire riportarle qui
Una per una qui

Le senti tu
Pesano e si posano
Per sempre su di noi
E si manchi tu
Io non sò riperterle
E non riesco a dirle più

Invece no
Qui piovono i ricordi
Ed io farei di più
Di ammettere che è tardi
Come vorrei poter parlare
Ancora ancora

Invece no non ho
più tempo per spiegare
E avevo anch'io
Io qualcosa da sperare
Davanti a me
Qualcosa da finire insieme a te

Forse mi basta respirare
Solo respirare un pò
Forse è tardi
Forse invece no


O vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=2Wyb5WTaAI4

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Running Away Will Never Make You Free

Goiânia está levemente diferente. Bastaram 4 dias fora para eu voltar e encontrar uma cidade chuvosa. Muito atípico! Os semáforos da T-9, antes muito bem sincronizados, agora já nao se comportam mais assim. Malditos! Outros semáforos, como um da 85 e outros na Araguaia também nao funcionam como antes. E, pra completar o show macabro, apesar de toda essa chuva nao faltou luz no Setor Jaó!.... weird!

Mesmo com estas pequenas mudanças no status quo, o resto parece normal. E... isto é ao mesmo tempo reconfortante e nao. A ilusao de estar na cidade grande, num ritmo intenso de vida, me deixou animada. Centrada também. Encarar a solidao no meio de 20 milhoes de pessoas nao é algo que me acontece todos os dias. E eu gostei. Voltei a gostar da solitude e a conviver bem com a solitudine. Tem algo de libertador em sentir-se só em meio à multidao. E por isso que voltar para casa, mesmo que os semáforos tenham mudado de sequência, provocou uma ponta de desespero.

Foi importante ir pra Sao Paulo desta vez. Ouvi de alguém que eu sou "sincera demais" e que "pessoas assim têm dificuldades no mundo corporativo". Minha resposta foi, "só no mundo corporativo?". É.... tá na hora de começar a aprender a mentir. Estranho isso... passei os últimos anos largando de ser vigarista e canalha, aprendendo a nao mais enganar ninguém, coisa que eu sei que fazia muito bem. Mas nao tá dando muito certo nao...
Essa mesma pessoa me disse que eu também precisava me definir melhor. Interessante que assim que ela falou a frase eu tive um insight. Daqueles que mudam a cabeça da gente, sabe! Incrível. Quase respondi, "valeu, acabei de entender tudo!". E eu entendi mesmo. Entendi um monte de coisa. Foi muito bom!

Continuo lendo "As Consolaçoes da Filosofia". Quase no fim já. Que livro bom! Nao lembro qual foi o último livro que me deixou assim, vidrada. Com dó de terminar porque nao vai ter mais!

Ai, ai....o estômago dói. Talvez a gastrite tenha voltado. Resolvi comer bem pouco por uns dias. A dor de ficar sem comida é mais suportável do que àquela provocada pelo sofrimento derivado da satisfaçao deste desejo tao primitivo.

Cheguei no trabalho hoje e logo de cara vi uma frase fantástica, dessas pra gente refletir. Li e adorei. Foi como uma resposta a questionamentos recentes.
"RUNNING AWAY WILL NEVER MAKE YOU FREE"...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sao Paulo - reflexoes

Sao Paulo é correria. As pessoas andam rápido, como eu. Gosto disso. Sabem pra onde vao e nao tem tempo a perder. Nem olham pro lado. Ignoram o céu cinza que paira sobre suas cabeças e seguem seu caminho.

Em Sao Paulo eu sempre como demais. Bem mais do que deveria. Talvez como uma compensaçao à frustraçao de ter que aguentar transito e outras coisas, eu desconto comendo. É pizza, sanduiche (aqui eles dizem lanche), coxinha, tudo o que vier.

Sao Paulo é cinza. Nao só o céu, mas os carros também. Observei isso na rua. O tanto de carros da cor prata e cinza, tudo blasé...argh...

Sao Paulo também é um excelente ambiente para aqueles que nao querem pensar. Aqui a gente se distrai fácil. É o transito e as dificuldades de transporte, é o cheiro do tiete ou quem sabe o charme de um café expresso apreciado às 6.30 da manha na Av. Paulista. O fato é que... pensar pode, tranquilamente, ficar em segundo plano.

E foi aqui em Sao Paulo que eu comecei a ler o livro "Consolaçoes da Filosofia", do Allain de Bottom, também autor de "A Arte de Viajar", que eu adoro. Livro este que veio em muito boa hora. Quase uma auto-ajuda filosófica, haha! Que nada... o livro apresenta idéias de filósofos que poderiam ser usadas para, quem sabe, nos consolar de certas coisas, seja impopularidade, frustraçao...até coraçao partido.

Sao Paulo me traz um mix de tristeza com esperança. Interessante como isso funciona. Acho que depende da hora do dia ou da parte da cidade em que eu me encontro.

Foi aqui em Sao Paulo que ontem, enquanto eu esperava minha prima na frente de um terminal de onibus, um estranho da rua chegou pra conversar comigo. Eu, por incrivel que pareça, dei papo para o estranho. Quase no fim da nossa conversa esse estranho virou pra mim e falou coisas da minha vida. Coisas pessoais. Que ele nao poderia ter adivinhado. Foi estranho, no mínimo. Fiquei impressionada....ainda estou... será que eu deveria estar impressionada? Nao foi simples coicidencia?....bem, a vida continua enquanto eu tento rebater o que o estranho me disse usando um pouco de lógica que ainda me resta.

Amanha eu vou embora de Sao Paulo... como será que vai ser voltar à Goiania?

sábado, 8 de novembro de 2008

Dèja-vu

Mochila e mala em cima da cama. Tira um terno do guarda-roupa, prova. Vê se as velhas roupas de trabalho ainda cabem. Sim, cabem. Ufa! Que alívio!...é sempre bom saber que você foi capaz de nao engordar no último ano.

Calça sport, camisetinhas, blusas. Blusa social, sapato social, rimel, batons, sombra. Tegretol, Ritalina, Trimedal e Nimesulida. E ah, claro! Rivotril...caso alguem precise. Nao posso esquecer a bombinha também nao. Vai que a bronquite resolve atacar de novo. Será que é tudo? É...

Mais uma viagem de provas. Para fazer provas. Mais uma vez que a vida parece me atropelar. Mais um dia que eu pego a estrada buscando o tal futuro. Dessa vez, sozinha. Sem o doce pensamento de que alguém vai esperar eu voltar. Quer dizer... se servir de consolo eu sei que meus alunos vao me esperar na quarta a tarde pra dar aula.

Respira fundo. De novo. Canta a musiquinha "american boy" da Estelle... pensa que é engraçado que você tenha se rendido a essa "música de preto". Nao só essa como aquela tal "forever" do Chris Brown também é legalzinha.

Dois livros na mala para passar o tempo. Muitas perguntas, muitas saudades. Sem muita empolgaçao. A pressao começa a bater. Até agora tudo foi relativamente fácil. O projeto era bom e tinha potencial. Aprovado! A prova de inglês foi fácil. Mas agora é pra valer. Tem prova de teoria, de livros, de idéias. Meu trabalho será provar, na escrita, que eu sei relacionar tudo o que li e, também, analisar. Será que eu sei analisar? Nunca achei que eu fosse muito boa nisso. Sempre achei que minhas análises eram meio "óbvias". Pois é... tá na hora de andar a "extra mile". Sozinha.

E é assim eu hoje eu viajo de novo. Mochila nas costas, cabeça fervilhando de pensamentos. Medo. Bastante medo. Pressao também. Vontade de sentir-me livre. O coraçao aperta. Dèja-vu.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sabedoria de boteco, acompanhada de uma leve dor de cabeça

Minha cabeça dói. E já fazem algumas horas que assim é. Resolvi nao tomar remedio. Coisa rara, pois eu sempre apelo e logo tomo remédio. Mas hoje nao. Hoje eu resolvi aguentar a dor de cabeça...

Sem muito o que fazer passo o olho no meu blog. Que desinteressante, penso. Talvez porque eu tenha resolvido parar de contar o que realmente se passa comigo. Sim, parei de expor muita coisa. Por que? ....sei lah...tem coisa que é melhor a gente nao falar.

Há dias venho querendo colocar umas citaçoes aqui. Das tantas leituras feitas neste passado recente, tenho anotado trechos de livros de teoria das Relaçoes Internacionais que, em minha opiniao, poderiam se aplicar perfeitamente aos indivíduos. Bem, grosso modo, as relaçoes internacionais nada mais sao do que relaçoes entre indivíduos de diferentes Estados. Ou seja, nada mais óbvios do que os relacionamentos apresentarem analogias.

Uma coisa que acontece muito na vida é a tal da incerteza. Raymond Aron, ao teorizar sobre a guerra, disse que "nunca será possível eliminar a incerteza que decorre da imprevisibilidade das relaçoes humanas". Mesmo que o indivíduo conheça todos os fatos, ainda existe espaço para o tal elemento surpresa. Aceitar esta idéia pode implicar em uma certa "liberaçao", fazendo com que a pessoa se liberte, pelo menos parcialmente, do medo daquilo que nao pode prever. Ou, pelo contrário, este medo pode ser completamente aprisionador (existe essa palavra?), pois sempre haverá quem nao tome iniciativa por medo de nao dar certo. Seja essa iniciativa relativa à vida pessoal, profissional ou quem sabe somente relacionado à iniciativa de fazer um arroz para o almoço.

Raymond Aron também colocou que "o insucesso é instrutivo porque é definitivivo e, por assim dizer, evidente". O que será que ele quis dizer com isso? O que o senso comum diria que "nao adianta queimar vela para defunto ruim"? O duro é saber se o defunto é, de fato, ruim. Ou até quando se pode apostar que uma situaçao de insucesso possa virar. Novamente esta idéia se aplica a várias esferas da vida.

Fecho a sessao das citaoes com Montesquieu, que em seu Espírito das Leis escreveu bem assim: "O direito das gentes se baseia neste princípio: as várias naçoes devem fazer-se mutuamente o maior bem possível, em tempo de paz, e o menor mal possível, durante a guerra, sem prejudicar seus genuínos interesses". Agora troque a palavra naçoes por pessoas, e teremos uma bela liçao de moral para relacionamentos humanos de qualquer espécie.

Tentando articular todas as três idéias apresentadas, eu diria que: a incerteza é inerente à vida e às açoes de todos os indivíduos, estejam eles conscientes ou nao deste fato. A taxa de sucesso advinda das açoes tomadas pelo mesmo, muito dirá sobre a habilidade deste indivíduo em lidar com os maiores ou menores graus de incerteza e, caso haja um superávit de insucesso, este deve ser visto como uma informaçao reveladora. No entanto, seja como for, as pessoas envolvidas devem, no fim das contas, ter em mente que na vida, de modo geral, deve-se buscar o maior bem possível quando estamos em paz, e fazer o mínimo possível de mal àqueles com quem nao estamos exatamente em paz.
Ok, ok....bem óbvia essa conclusao, né! Também achei, mas.... também pode ser revelador pensar sobre isso. No meu caso, me coloca pra fazer um balanço das minhas relaçoes, e a partir daí procurar possíveis soluçoes para problemas.

Racionalizei demais? Viajei demais?..ah, sei lah....deve ser esse tanto de teoria misturada na cabeça. Espero que tanta "viagem" de alguma coisa valha na próxima segunda, quando estarei em Sao Paulo fazendo a prova escrita da 3a. fase de seleçao para o mestrado do San Tiago Dantas.

That's all for now!

=)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Raios sem trovoes

A semana terminou comigo dentro do carro, ouvindo música e assistindo um show de raios, mas sem trovoes. Tava afim de ficar sozinha, entao fui até uma parte do Alphaville, que tem uma vista legal, e fiquei lá olhando pro céu, pensando na vida.

Foi uma semana interessante. Corrida, pois fui a Sao Paulo. Viagenzinha gostosa. Mesmo com a correria toda deu pra passar um tempo com os primos, dar umas boas risadas, redescobrir a bronquite que há 12 anos nao se manifestada. Fui recebida com honras (leia-se: lasanha!), e até fizeram adaptaçoes de horário para eu poder pegar carona até o centro. Realmente, hospitalidade nao tem preço. Cumpri minha missao, agora é só aguardar o resultado.

Enquanto isso a volta pra Goiania, bem... tudo na mesma. Um pouco de apatia. Excesso de tempo, talvez? Percebi que de modo geral eu organizo bem meu tempo. Faço tudo o que tenho que fazer bem rápido, dou um jeito de resolver tudo o que é preciso e dae me sobra tempo. E o que eu faço com o tempo que sobra? Pois é, discussao essa que vai ficar pra outro post.

Os raios estavam bem bonitos. Sempre gostei de raios. O clarao no céu é ótimo. Pensei bastante na vida. Passado, presente, futuro. Pensei também em coisas que a terapeuta sugeriu que eu pensasse.... ai, como eu tenho preguiça de encarar certos fantasminhas!

Enfim, sábado é um dia feliz e amanha lá vou eu de novo ficar de babá do Sr. Jean Paul.
Alors, mes amis... ce ça!

sábado, 25 de outubro de 2008

Coisas para as quais eu nasci (ou nao)

De vez em quando na vida a gente se depara com situaçoes nas quais pensamos, "poutz! eu nasci pra fazer isso!". É o tipo de coisa que te dá tanto prazer que nos faz também desejar fazer daquilo (whatever it is) um meio de vida. E, do mesmo modo, outras coisas ou situaçoes simplesmente nao parecem ter sido feitas para nossas vidas.

Hoje passei a maior parte do meu dia falando francês. Francês, pra mim, foi uma língua difícil de ser parida. Eu nao gostava, rejeitava a idéia de ter que aprender uma linguinha tao boiola. Achava os franceses enjoados e metidos (ainda acho que muitos sao mesmo), e também nao acreditava que eu tinha nascido pra falar francês. Bem, ainda nao acho que eu tenha nascido pra isso, hehe....mas... cheguei a uma conclusao interessante hoje.

Eu nasci pra falar inglês, é verdade. Mesmo quando eu ainda nao falava esta língua fluentemente, eu conseguia me enxergar sendo fluent in English. Com francês isso só aconteceu hoje. Como toda a língua exige uma atitude, um personagem um pouco diferente, acho difícil me enxergar falando francês como uma parisienne, bebendo um capuccino à beira do Sena, usando uma echarpe colorida e charmosa e um óculos de lentes bem grandes, enquanto folheio a última ediçao da Vogue. Foi mal galera, mas isso é papel pra outras. Nao que eu nao possa, nao que eu nao consiga. Acredito que se eu realmente quisesse, eu poderia fazê-lo, mas sempre faltaria alguma coisa. Uma leveza de imagem que eu nao tenho.

Seguindo a mesma lógica, sei que nao é todo mundo que consegue andar nas ruas de Washington DC ou Virginia Beach como se fossem dali. Como se ali tivessem nascido e nunca saído. Mesmo os EUA sendo um país tao diverso em sua formaçao, o papel de um "americano médio" ou "típico" me é tao natural quase como fechar os olhos e dormir. Morei no Canadá mais tempo do que nos EUA, mas nunca me senti dali. Talvez tenha sido a tal influência francesa do Quebec. Já os Estados Unidos....desde a primeira vez que pisei naquele território, era como se eu estivesse voltando pra casa, e nao visitando. Dedu-se, portanto, que eu nasci pra falar inglês e isso é incontestável. E, que por melhor que eu um dia fale francês, nunca será tao bom, tao natural como é o inglês.

Depois de refletir sobre essas bobeirinhas e também passar muito tempo ouvindo coisas do tipo, "você tem cara de americana", "você passa por holandesa ou alema facinho!", lembrei da Dona T. Ela é uma das poucas pessoas que nao entra nessa onda de querer adivinhar de que eu tenho cara. Pra ela eu sou goiana. A goiana véia. E...pensando bem, eu gosto de ser goiana véia. Ando pelas ruas dessa cidade como se fossem o quintal de casa, queimo no calor desgraçado de outubro sem reclamar muito, e adoro tirar a jaqueta do guarda-roupa pra usar nos dias de chuva! Êêê Goiais, caba nao... que mané ficar adivinhando o que eu poderia ser ou ter sido. Eu nasci pra ser goiana, entao o jeito é encarar o papel. Ihul!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Da série: Coisas Que Realmente Nao Têm Preço

- Chegar em casa às 3.30 da tarde, no maior calor dessa Goiânia véia, e se jogar na piscina do quintal.... completamente priceless.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Nettoyage

A situaçao é bem simples. E a soluçao, em tese, também é. Meu HD tá cheio, muito cheio. Mas muito cheio mesmo. Tipo... no momento pouco mais de 6 gigas se encontram livres. É muito pouco! Nao sei como, mas nesses ultimos 3 anos consegui juntar um monte de documentos, dos mais variados. Música e fotos compoem a grande maioria. Depois vem os muitos documentos de word, programas, etc... Mas a coisa chegou no limite. Nao dá mais.

Até agora rejeitei a idéia de reformatar a máquina por um simples detalhe. Gosto do meu Windows em francês e, como nao tenho mais o CD de recuperaçao para poder recuperar o Windows nessa lingua, eu teria que abrir mao deste detalhe que, pra mim é importante. É, eu sei que é pura viadagem, mas... a viadagem é minha, o "pobrema" é meu....e o computador também.

Resolvi, portanto, fazer cópias em DVD da maioria dos arquivos, e entao deleta-los para abrir espaço no HD. Vocês têm idéia da chatice que é isso? Grava DVD.... dae confere a gravaçao. E ae deleta arquivo por arquivo pois, nao dá pra mandar um DELETE geral. E o medo de perder alguma coisa?.... meu Deus, por que é tao dificil a gente se livrar do passado, hein? Por exemplo, tem umas fotos que foram tiradas há mais de 2 anos atrás e...pelo menos há mais de 1 ano eu nunca tinha olhado mais esses álbuns. Ou seja, na prática essas fotos sao inuteis, certo? Mas nao. Nao consigo simplesmente apagá-las. Tenho que fazer uma cópia e ter certeza de que a cópia prestou. .....talvez porque o passado seja a referência de quem somos....ou de quem fomos antes de ser quem somos. Faz sentido? Sim ou nao o fato é que aos pouco vou me "livrando" de arquivos como estes.

Antes de ir embora, um comentário óbvio e nada a ver. Ou, e esse calor em Goiania, hein? Credo, ninguem merece!!!

Ah, Nettoyage em francês é Limpeza. Exatamente o que tenho tentado fazer neste meu HD. Tudo para manter o Windows nessa linguinha viadinha....

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A-lonely

Chegou em casa, acendeu a luz e trancou a porta. Contemplou o vazio, como sempre. Foi até a cozinha, que ainda cheirava à comida. Coisa rara. Normalmente aquele cômodo estava organizado e limpo. Sem sinal algum de vida.

Subiu até o quarto. Nada muito diferente. As coisas continuavam como ali ficaram desde a última vez que as viu. Calor. Abre a janela, mas nao adianta. O jeito vai mesmo ser o ar condicionado.

Tarefas corriqueiras tomam o seu tempo. Lava a louça, limpa o fogao, tira o lixo. Enquanto isso a TV ligada "enche" o ambiente. A Rihanna canta, a especialista em cachorros ensina outros a lidarem com os animais, e a apresentadora da CNN parece ter a voz preocupada com a nova queda das bolsas asiáticas. Mas nada chama a sua atençao de verdade. Novela. Isso, a novela! Essa deve ajudar à esquecer um pouco aquele momento. ....mas nao...

Apela e liga pra alguem. O alguem nao está disponível. Acontece....

A saudade aperta. Mas....saudade de que? Nao sabe. Saudade de...alguma coisa. Porque o vazio só parece aumentar ultimamente....

Foge para a internet. Quem sabe nao tem alguem pra conversar no MSN?.... e olha que até tem. Mas... a preguiça é maior. A falta de vontade de falar, ou falta do que falar é maior. Continua ali, mas offline. Para que ninguém note sua existência.

Rivotril... este, que tem auxiliado nestas horas. Porque ainda é melhor dormir do que ser tomado por todos estes sentimentos ainda acordado. 0,5mg já ajudam....apesar de que a vontade mesmo era de tomar umas 2mg.

E por fim o sono chega....como uma deliciosa embriaguez... o corpo fica leve, as lágrimas, ainda inexplicadas, secam.... e a vontade dormir vai aos poucos se tornando cada vez mais imperativa.

Quem venha quarta-feira...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Una Storia Seria

Entao eu voltei a falar italiano. Sim... susperei a raiva que essa lingua maledetta me trouxe e considerei o óbvio que, é só uma língua, muita gente fala e nao dá pra chutar o balde porque um ou outro ser humano da mesmo origem te causou raiva. Graças à Cicci agora falo quase todos os dias.

Sem maiores comentários, resolvi postar a letra de uma música da minha cantora italiana preferida, Laura Pausini, que diz extamente como eu me sinto nesta noite de sexta. Nada deprê.... algo simplesmente light... descuidado, nao preocupado. Perfeito para acompanhar minha combinaçao esdrúxula de vinho, pepsi twist e rum vagabundo....

A música se chama "Una Storia Seria" e faz parte do álbum La Mia Risposta, de 1999.


UNA STORIA SERIA

Butti un sorriso nel caffé (você sorri para o café)
mi guardi ma non pensi a me (me olha, mas nao pensa em mim)
e tu lo fai d'abitudine lo sai (você faz assim pelo hábito, sabes)
parole noi, parole mai (palavras de nós, sem palavras)
in questa storia (nessa história)
che si trascina un pò da sè (que se arrasta assim)
UNA STORA SERIA per me (UMA HISTORIA SÉRIA, pra mim)

E qualche volta io vorrei (e de vez em quando eu queria)
che tu non fossi come sei (que você nao fosse como você é)
ma un pò più grande lo sai (um pouco maior, você sabe)
un pò più vero (um pouco mais verdadeiro)
un pò più mio (um pouco mais meu)
un pò più dolce (um pouco mais doce)
come voglio io (como eu quero)
meno distante da noi (menos distante de nós)
un pò più amante (um pouco mais amante)

Anche il sorriso va via (e até o sorriso se vai)
monotonia, mancanza di energia (monotonia, falta de energia)
non siamo più riconoscibili perdendoci a passi immobili (nao somos mais reconhecíveis, nos perdendo a passos imóveis)
in questa storia (nesta história)
che si fida ancora di te (que ainda confia em você)
UNA STORIA SERIA per me (UMA HISTÓRIA SÉRIA pra mim)

E ti confesso che vorrei (e te confesso que eu queria)
che tu non fossi come sei (que você nao fosse como é)
ma un pò più grande lo sai (mas um pouco maior, sabe)
un pò più vero (um pouco mais verdadeiro)
un pò più mio (um pouco mais meu)
un pò più dolce (um pouco mais doce)
come voglio io meno distante da noi (como eu quero, menos distante de nós)
un pò più amante (um pouco mais amante)

E ti confesso che vorrei (e te confesso que eu queria)
che tu non fossi come sei (que você nao fosse como é)
ma un pò più amante lo sai (mas um pouco mais amante, sabe?)
perché anche l'anima si sa (porque até minha alma sabe)
a volte lo sai non ce la fa (que às vezes, vc sabe, nao consigo)
a stare sola, o no (pra ficar sozinha, ah, nao)
e allora vola e allora vola. (entao voa, entao voa)


Nao levem a música ao pé da letra. Mas o clima de descrença da música é ótimo!

Enquanto isso o vinho, o rum e a pespi vao invadindo minhas artérias, como uma anestesia. Ubbriacca la mia mente di te, eu canto.... Viva!....em breve estarei nos braços de Morpheus...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Feliz Ano Novo = ShanahTovah!

Ao pôr-do-sol de hoje, 29 de Setembro, inicia-se o Rosh Hoshana, também como o "ano novo judaico". Sem entrar no mérito do que significa ou nao esta data, ou como ela surgiu, quero falar sobre a idéia de "ano novo" em termos mais gerais e nao religiosos.

No último dia 1 de Janeiro iniciou-se o ano de 2008. Que ano chato, meu Deus! Nao me recordo de ter tido um ano tao difícil. É claro que a gente passa por momentos difíceis na vida, fases, etc. Mas quando esse tipo de coisa dura muito, muito tempo, enche o saco. Eu estou doida para que 2008 acabe logo. 2009 deve ser melhor...

Ano Novo parece ter esse efeito. De reavaliaçao da própria vida. O que eu fiz neste ano? Viajei, trabalhei, namorei? Contribuí para o mundo de alguma forma? Ou, numa escala menor, as minhas escolhas e atitudes contribuíram para a minha própria felicidade?...... todas estas sao perguntas que, hoje, para mim, sao difíceis de responder. Nao porque nao haja resposta, mas porque as respostas nao sao exatamente as que eu gostaria de ter.

Junto com o clima de auto-análise, coexiste o clima de promessas. Se bem que nesse quesito eu prefiro o termo em inglês, as famosas "new year resolutions". Tô aqui tentando lembrar quais eram as minhas resoluçoes no dia 1 de Janeiro. Eu nao escrevi, ou seja, só lembro da idéia geral. Mesmo porque nesta data eu estava muito doente para pensar em qualquer coisa séria.
Portanto, neste ano de 5769, teria eu alguma resoluçao a fazer?

Sim. E apesar da resposta ser relativamente simples, o cumprimento da mesma nao é. Eu só quero voltar a ter paz e ser feliz como era antes. Eu acredito que somos capazes de construir nossa própria felicidade, que seria uma consequência de nossas escolhas e atitudes. Num passado recente eu, muitas vezes mas nem sempre de boa fé, fiz escolhas que recentemente me trazem angústia e sofrimento. Nao quero dizer com isso que eu virei uma pessoa infeliz e depressiva mas, estes momentos tem se igualado e em alguns dias até superado aqueles felizes. E pra mim isso nao tá bom. Eu quero uma equaçao desigual aonde a minha paz e felicidade supere o resto.

Nao adianta culpar os outros pela nossa infelicidade. É claro que as pessoas, e as interaçoes entre elas geram efeitos, e esses efeitos apresentam resultados diversos. Mas no fim do dia nós somos responsáveis por aquilo que cativamos, por aquilo que escolhemos. Entao será que o segredo da felicidade é assumir a responsabilidade pelas nossas escolhas e encarar as consequências das mesmas?.....talvez....no dia de hoje eu acredito que sim. E hoje eu escolho ser feliz.

Shana Tova para todos!!

(só pra deixar claro, a pronúncia da expressao acima é: Shaná Tová)....


P.S. É bem provável que o A Fim De Que passe uns dias em recesso....só avisando...

P.S.2. Ah!!! Lembrei! No começo de 2008 eu disse que este seria o "ano da decisao".

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Redençao!

Pronto!.... já posso morrer feliz! Hoje finalmente consegui tomar aquele chocolate que eu estava desejando (viva o gerúndio) desde domingo!.... E sim, o chocolate da Blend foi aprovado e com sucesso!!!... Textura certa, sabor certo também, longe de ser muito doce. Two thumbs up! Mas é claro que o melhor foi a companhia.... ;)

Rapidinhas:

* Só pra constar - e continuar no gerundismo - estou adorando esse clima "friozinho" desses dias. Adoooro poder andar na rua sem suar e me sentir nojenta.

* Me disseram hoje que eu preciso me vestir melhor e fazer maquiagem. Será?... vou considerar a idéia, mas...eu respondi dizendo que pra me vestir de "adulta" eu preciso ter uma vida de adulta primeiro. O que nao é o caso até agora.

* Se eu tivesse uma lâmpada e um gênio me concedesse três desejos nesta noite, estes seriam:
1. Ir morar no Rio, com contas pagas e apartamento nas imediaçoes da zona Sul.
2. Ter poderes telepáticos.... peraí, será que eu ia querer isso mesmo?
3. Falar Hebraico.

* Essa semana aprendi a falar uma palavra muito engraçada em Italiano. FUTA! Significa RAIVA. A moda agora é falar, "che futa me dai!" ....em português, "que raiva me dá!".
Comentário: adoooooro!


Ai, ai, que sono....

domingo, 21 de setembro de 2008

"Roça Asfaltada"

Olha, só pra deixar claro, eu sou das goiana mais goiana que existe! Sim, eu tenho sotaque, puxo o R, falo "porrrrta" e "porrrrteira", mas tem dia que eu me irrito com a "goianice" dessa cidade.

Há alguns muitos anos atrás o Sr. Roberto Carlos se referiu à esta cidade como uma "roça asfaltada". A expressao ficou bem conhecida por aqui. E o Roberto Carlos passou também alguns muitos anos sem fazer show na cidade, hehe... mas o fato é que... tipo, de novo, eu sou daquelas que mais defende Goiania, saca? (Olha eu falando que nem uma típica goiania-cocotinha).... mas hoje eu me irritei.

Para nós, goianos de carreira, um domingo chuvoso é algo raro. Muito raro! Portanto, deve ser celebrado. Ainda mais depois de uma semana tao calorenta. Depois de jogar futebol (viva!), lavar o carro e passar a tarde estudando, achei que merecia tomar um chocolate quente. O clima estava propício. Poderia tomar meu chocolate sem suar bicas. Entao passei na casa de Dona T, e lá fomos nós, em busca de um bom chocolate quente.

A Blend tava fechada.... o Fran's, lotado. No caminho discutimos sobre como a cidade comportaria outro Fran's.... o Doce Café nao abre de domingo, e uns outros dois cafés novos ae também nao. Apelei até pro Pao Shop que, adivinhem, estava lotado também! Foi entao que Dona T sugeriu que eu desse uma chance pro Café au Chocolat, lugar que eu nao gosto e nunca gostei. Acho o Menu de lá super feio e, se nao bastasse, tipo, nunca tem o que eu quero! Sempre que eu ia lá, pedia chá gelado de cereja, ou blueberry, e nunca tinha! Ok, se é pra nao ter as coisas, entao NAO COLOQUE NO MENU!!!! É simples! Mas, na falta de outra opçao, resolvi ir ao tal Au Chocolat.

O pedido era simples. Um chocolate quente. Só isso, mais nada. Hahaha....mas adivinhem, senhores....ELES NAO TINHAM!!!! Quase perguntei pro garçom se eles nao tinham vergonha de nao ter um mísero chocolate quente! Mas imaginei que a culpa nao era dele e que ele provavelmente nao ganha o suficiente para se importar. Acabei pedindo um petit gateau e um chá. Esqueci que Dona T nao curte petit gateau, ou seja, tive que comer o trem quase todo sozinha. E nem tava lá muito bom nada. Só a calda de morango por cima do sorvete que tava boa mesmo. O chá....tipo, chá de monin nao é chá de verdade. Fiquei lembrando que no Fran's eles sempre tem uma cestinha cheia dos chazinhos...

Lesson learned! A próxima vez que me bater a louca por chocolate e todos os cafés que eu aceito ir estiverem lotados, eu volto pra casa, derreto o chocolate, misturo com o creme de leite e vou ser feliz vendo TV!....

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sobre os Problemas e o Sucesso

Esta semana, de poucos post, tem sido uma com questoes filosóficas importantes. Entao, por que nao falar disso?

1. O sucesso de muitas coisas pode ser medido em sua capacidade de resoluçao. Esclarecendo... pode-se medir o sucesso de um relacionamento (amoroso, de amizade, etc) se as partes envolvidas foram hábeis o suficiente para resolver os problemas de maneira efetiva. Veja que estou falando de resoluçao efetiva, e nao de simples "contornos" ou "fugas". É aquele velha história que, "o casamento fica mais forte depois da crise", como disse a professora TM (ex-orientadora de monografia).
- Tenho pensado nisso. Acho que é assim mesmo.... os resultados falam por si mesmo. Resta agora analisar a minha própria capacidade de resolver meus próprios problemas. Hmmm!!...esse deve ser outro problema! hehehe...

Entao, faz sentido?

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sobre o Amor e as Plantas

Essa semana foi corrida. Além das atividades normais, fiquei envolvida na preparaçao das festividades dos 25 anos de casamento do "tio" e da "tia". Fomos pra lá e pra cá nessa Goiania véia quente, atrás de paninhos bonitinhos para a mesa, tacinhas de plástico, frutas, paes, docinhos, etc. Ufa! Mas valeu a pena. E como valeu!... o café-da-manha surpresa foi, de fato, uma surpresa. E depois teve o jantar também. Planos mirabolantes para despistar os "noivos", hehe.... super divertido! Pra completar, editamos um filme com fotinhos dos dois desde a época de namorados. Bem cheesy, mas ficou legal. Foi um su-su-sucesso! No fim da noite eu e Dona T estávamos um caco. Caí no sono em 5 minutos, mas foi ótimo!

E depois, no dia seguinte, quem teve uma surpresa foi eu. Ganhei um dos melhores presentes da minha vida. Um pé de manjericao!!! Sim, sim, sim!! O tal manjericao que eu falava há meses. Comentei com praticamente todos que me conhecem que eu queria ter um pé de manjericao em casa. Pra que? Porque eu adoro manjericao. Tem coisa melhor do que uma pizza margherita com manjericao fresco em cima? Ou um molho ao sugo no macarrao com aquelas folhinhas verdes e cheirosas....aaahhh...delícia! Fora que nao é qualquer pessoa que pode, por exemplo, servir uma massa qualquer em casa e, mesmo que o molho seja daqueles comprados pronto, você diz: "oh, só um minuto por favor! Vou lavar as folhas de manjericao para colocar no prato". Hahaha...vou arrasar agora, gatos! Ui!

Enfim....essa história toda da plantinha me fez pensar naquela metáfora óbvia sobre o amor e as plantas. Lembro que até a professora de Contabilidade da facul uma vez ficou falando disso! Argh!... mas o negócio tem sim o fundo de verdade. Eu cheguei em casa carregando o vaso do meu manjericao como se fosse meu filho. Hoje, a primeira coisa que fiz ao acordar foi ver como estava meu "queridinho". Coloquei água e depois coloquei no sol. Afinal, planta precisa de sol! Agora a noite cheguei em casa e fui lá, mais uma vez, checar o manjericao. Fiquei igual boba, olhando pra plantinha, cheirando, curtindo meu momento....ah, o cheiro! Adoooro o cheiro de manjericao! ...

Talvez a grande reflexao dessa semana seja justamente essa, de amor. Nao tem nada melhor nesse mundo do que amar...e demonstrar amor faz a gente amar mais ainda...

domingo, 7 de setembro de 2008

Receita para um Domingo Feliz

Chegue em casa às 9.30 da manha, depois de já ter acordado discutindo a relaçao. É claro que, para o dia ser bem feliz mesmo, sua casa vai estar cheia de primos (crianças) insuportáveis, falando alto. Você dá uma risadinha pra todo mundo e corre pro quarto.

Ae você olha pra sua cama, cheia de bagunça, e pensa: "depois eu arrumo isso". Ligue o computador. Dê aquela olhadinha básica no Orkut e no Gmail. Responda scraps. Discuta mais a relaçao por telefone. Fique com raiva de estar grilada por bobeiras e nao poder explicar de onde vem tanto estresse! Deduza que tanta chatisse só pode ser TPM.

Vá até a cozinha atrás de coisas para comer. Abra uma caixa de chocolates, escolha um Ouro Branco e um Sonho de Valsa e pense, "eu também sou filha de Deus!". Olhe para a apostila do concurso para o qual você tem que estudar. Pense no seu projeto de mestrado que precisa de consertos (muitos!). Sinta-se desesperada por dentro, com vontade de sair correndo, gritando e se descabelando enquanto chora. Pense entao que talvez seja melhor escrever asneiras no blog.

Converse com aquela criatura a qual você estava à pouco discutindo a tal "relaçao". Mande uma mensagenzinha no celular e faça as pazes. E continue vivendo seu Domingo feliz!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O Calor de Goiania

Mais cliche impossível, né! Pero... é o assunto do momento. Todo mês de agosto e setembro, nesta cidade, o calor insuportável vira o assunto do momento. Ah, junto com a falta de chuvas, é claro! Mas antes de entrar na onda de todo mundo e reclamar, queria refletir um pouco sobre esse CALOR. Ou melhor, sobre como as pessoas encaram os efeitos deste.

Meu carro é vermelho e, nao sei se é somente psicológico, mas parece que o bichim esquenta o dobro! Entao imagina como é sair do trabalho ao meio dia e encontrar o seu carro vermelho que, pelas últimas 4 horas esteve ali, tostando no sol! Nao tem preço.... (já que estamos num post cliché mesmo...). Eu passo por esta situaçao todos os dias mas, acreditem, nem reclamo tanto. Pelo menos nao externalizo essa frustraçao. Eu sei que tá quente e que eu nao posso fazer nada pra mudar isso, ou seja, por que vou reclamar?

Dona T é um caso clássico de quem é afetada pelo clima. Deixe-me explicar melhor. Dona T é um réptil - como ela mesma se descreveu, ou seja, fica na temperatura do ambiente. Entao por exemplo, quando estamos no carro no meio da tarde, a coitada sofre horrores! Reclama da temperatura umas 1000 vezes, fala que nao aguenta mais. Fica de mau humor. Aí, quando finalmente paramos em um café, com ar condicionado a vontade, ela fica com frio. A mao gela, os pêlos do braço arrepiam. Incrível! Um ser mutante!....enquanto isso, eu nao reclamo do calor. Me recolho ao meu quadrado e curto o suor, argh! Nao, eu nao gosto de suar, mas....o que eu posso fazer? A minha teoria para explicar o sofrimento de Dona T é que ela nao sua. Ah nao ser em condiçoes muito extremas. Ou seja, o corpo nao libera o calor. E ah, tem também o tecido adiposo, que eu tenho mais!!!

Enfim, já perdi a inspiraçao pra terminar estas viagens sobre o clima "castiguento" de Goiania. Uma hora de papo no MSN com amigos e amigas me fizeram perder o fio da miada. No entanto, terminemos nossa mensagem de hoje (ai, que religioso!) dizendo que o pôr-do-sol desta sexta está lindo, pelo menos aki da janela do meu quarto, no momento a 24 Centigrados , graças à maravilha moderna de nome Gree!
 
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