domingo, 28 de fevereiro de 2010

Abalo: Caught in a Bad Earthquake PARTE I

Data: Sábado, mais ou menos 3 e pouco da manha, ano 2010.
Local: Bunkers (boate gay), Santiago-Chile.

Ooooooo...caught in a Bad Romance... (música começa)
"Ah, eu adoro essa música!"
"Eu também, Bee!".
Os dois amigos pulam e conversam.

Música para. Luzes se apagam. E a terra treme....


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A noite começou muito bem. Eu e Gabo fizemos um penne ao molho branco com abobrinha que ficou um arraso. Logo chegou R e começamos a curtir uma musiquinha e a tomar piscolas (pisco + coca). Fui para o quarto me arrumar e saímos.

Resolvi que nesta noite eu nao iria beber muito. Pisco é bem pesado, deixa bebado muito rápido, entao fui com calma. Beberiquei um pouco e bastou. Enquanto isso, Gabo e R se acabavam. Piscolas, música, gente. A boate enchendo. E chegou a hora do show e as drags apareceram. Figuras bizarras, dançando, dublando. Veio a drag mor e fez piadas. Sorteou premios, falou com a platéia. Tudo muito engraçado.

R pediu licença para ir ao banheiro e saiu. Enquanto isso Gabo e eu ficamos na pista, e logo começou a tocar Bad Romance, de Sra. Gaga. Adorei. Há mais de hora eu estava com sono e querendo ir embora. Quando a música começou, pensei: "ótimo...danço mais essa e caio fora". Vieram os primeiros acordes. Lembro que eram um pouco diferentes, no piano. E a voz de Sra. Gaga soou forte: Oooooo caught in a Bad Romance...ah, ah, a a a a...rama-ra ah ah ah...Ga-ga, uh lá lá...

A música parou.
As luzes se apagaram.

Por um milésimo de segundo ainda pensamos que pudesse ser um efeito bizarro, algo assim, revoucionário. Até que veio o tremor.

Tremeu forte. Peguei na mao de Gabo e fomos para o lado. Instintivamente entendi o que estava acontecendo e sabia que estar embaixo daqueles globos espelhados nao era boa idéia. Virei para ele, na maior calma do mundo e disse: "Bee, fica calmo. Isso é um terremoto, acontece de vez em quando, tá bom?". É isso mesmo. Falei como se eu já tivesse vivido a situaçao inúmeras vezes. Por que? Nao sei. Segundo meu teste do Roschard eu sou assim, possuidora de uma tranquilididade invejável em horas de extremo perigo e adrenalina.

Nao sei por quanto tempo tremeu, mas foi intenso. R logo chegou para nos encontrar, com uma carinha assim, meio assustada. Uma vez mais, de forma assim, meio instintiva, tomamos o caminho da porta. Acabara a balada.

(No momento em que escrevo estas palavras, outra réplica - tremidinha residual - acontece!).

Sugestao de músicas para acompanhar o post:
Bad Romance - Sra. Gaga
Earthquake - Botinhas...mais conhecida como Little Boots
Abalou - pIvete Sangalo
Message in a Bottle - The Police

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aviso

Amigos, amigas, ex-amantes, ex-de toda espécie, perdidos do mundo virtual, leitores... Passei aqui rapidinho para justificar minha ausencia. Nao é falta de querer escrever. É excesso de atividades que tem me tirado o tempo e o animo.
Desde sexta (19/02), meu amiguíssimo Gabriel Henrique está aqui em Santiago. Portanto, todos os dias saio vamos turistar por ae, o que tem sido excelente. Eu, que nao havia turistado muito pela cidade, tenho conhecido coisas lindas e interessantes. Ontem mesmo fomos a vinha Conha y Toro, e foi ma delícia, literalmente. Hoje vamos conhecer uma das casas do tal Pablo Neruda.
Enfim, nesta próxima segunda-feira ele se vai, e as coisas devem voltar ao "normal". Aí volto a postar com mais frequencia. Ah, só pra constar: odiei a eliminaçao de Angélica no BBB. Todo mundo sabe que eu tava torcendo por ela.

Ok, é isso...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Comentários sobre algo que eu nao queria admitir

Eu poderia falar do meu primeiro dia de volta a Santiago. Poderia contar detalhes supostamente interessantes da viagem, elogiar o serviço de bordo da companhia aérea, falar das saudades e do prazer dos reencontros. Poderia contar como passei o dia de hoje fazendo coisas desinteressantes como arrumar o guarda-roupa e limpar o quarto. Poderia estar roubando...ou matando também. Pero No! Hoje eu vou falar da Elenita, a eliminada de ontem do BBB10.

Primeiro que eu tenho que começar admitindo que eu nao só estava acompanhando do tal BigBrother Brasil 10, como estava gostando e pior, votando!!! Para que fique claro: isso, para mim, é igual a fazer meu outing, revelar um lado obscuro, admitir um vício. Eu, Ylana, 25 anos, brasileira, solteira (namorando!), me deixei levar pela atraçao irresistível dos barracos da décima ediçao deste famoso reality show. Tanto que ontem, assim que tive acesso a um computador, logo depois de chegar, fui direto no site da Globo ver quem tinha saído.

Nao, eu nao estava torcendo pra Lena. Achava ela chatinha, mas gostava dos barracos. Ela sempre teve uma linguagem superior e eu gostava disso, mas fiquei com a impressao que ela poderia ter usado mais o próprio intelecto para proveito próprio. Meu lance com a tal Elenita rolou agora pouco, quando vi a entrevista de eliminaçao que ela deu. Essa entrevista que acontece no chat do site, mas que eles gravam também. Aí sim ela pareceu uma pessoa sana e muito inteligente, além de sincera. E sem entrar no mérito se a sinceridade é sinonimo de falar merda ou nao (futuro post), resumo dizendo que me identifiquei com essa doutora.

As razoes sao óbvias. Ela é doutora. Eu quero ser uma. Ela é gorduchinha. Eu também. Além desses dois fatores, ela tem essa mistura nerd+porra loka. Gosto disso. E pronto, já basta. Doutora Elenita, em sua entrevista, disse que nao daria uma aula sobre o BigBrother. Eu já acho que ela deveria escrever um livro sobre sua experiencia. Aposto que venderia. A diferença entre Lena e eu é que se eu estivesse em seu lugar (delirium da vergonha mode on) eu teria encontrado uma maneira menos bélica de jogar. Claro que isso depende das outras pessoas da casa, mas nao faz meu tipo brigar tanto. Neste quesito imagino que eu seria mais como a Angélica.

E é isso. To grilada que nao poderei acompanhar o resto dos babados. Ainda tenho que ver quanto custa e que tipo de material fica disponivel, caso eu assine a Globo.com. Poutz, a que nível eu cheguei!!! Lama total... Eu, Ylana, 25 anos, metida a intelectual...e telespectadora do BBB10. Pronto, podem mandar a corda que eu me enforco!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

De Novo...

Correria de última hora pra comprar presentes (porque eu sou brasileira e nao nego!), bagunça de roupas e coisas pelo quarto, mala aberta, telefone tocando, decisoes sobre o que levar e o que deixar. Esse filme eu já vi. E nao foram poucas vezes.

Me lembro bem do dia em que mudei de volta para o Brasil, depois de ter morado no Canadá por mais ou menos um ano. Logo pela manha meu pai me ligou, com a voz toda animada. Eu, nada feliz, disparei a chorar. Daddy tentou oferecer consolo e nunca esqueci de suas palavras: "Minha filha....voce escolheu essa vida de cigana. Entao tem que aguentar. Cigano muda. Um dia tá aqui, noutro tá lá. E agora tá na hora de voce voltar pra casa".

Ir embora é sempre doído. Dói mesmo, assim, por dentro. E nao adianta quantas vezes voce vive isso, é sempre a mesma coisa. Claro que a gente pega o jeito, e pelo menos já sabe o que esperar, mas a dissonancia cognitiva razao vs. emoçao nao deixa nunca de ser real. Por mais prática que eu tenha, nao é mais fácil deixar os amigos tao querida, e a família que eu tanto amo. A sensaçao é sempre de que nao deu tempo o suficiente de estar com quem se gosta.

Poucos dias atrás saí com Dona Let. Conversamos muito sobre o lance de amizade e relacionamentos virtuais. Lembro de sair desse encontro - um almoço, na verdade - me sentindo privilegiada de viver em tempos onde internet é algo barato e comum. Sem esta, tudo seria mais difícil. Sem internet eu ficaria sem notícias dos amigos, e gradualmente perderia contato com eles. Orkut e Facebook vieram pra facilitar muito a vida nesse sentido. Assim como o Skype, que me permite falar com Mom and Dad todos os dias. A saudade aperta sim, e sempre vai apertar, nao adianta. Mas nao consigo deixar de me sentir grata pela tecnologia que me permite enganar um pouco esse sentimento.

O duro de morar fora, nem que seja uma vez na vida, é que o coraçao da gente nunca mais fica em um lugar só. A saudade passa a ser constante.

No entanto, dores sentimentais à parte, me sinto feliz também. Voltando pra casa=Santiago, as coisas voltam também ao normal. Voltarei a comer coisas mais saudáveis, a subir morros, ler coisas para minha dissertaçao (artigos academicos). Voltarei a trabalhar e ter responsabilidades. Ter menos mordomia me faz bem, devo admitir. Volto a conviver com meus amigos de lá, os chilenos, os americanos, os bolivianos, etc. Volto também para aquela criatura que tanta paciencia teve comigo e disse que amanha me espera quando eu chegar. Saudade...vontade de ver... Esses quase dois meses de Brasil foram um teste. Teste esse que falarei mais no futuro.

E é isso...o sono bateu. Melhor ir dormir logo e aproveitar minha última noite naquela que já foi minha cama de todos os dias, espaçosa e confortável, no meu quarto massa e com ar condicionado que eu adoro!

Encerro o post com a seguinte sitaçao de Paulo Leminski: "Haja Hoje para tanto Ontem."

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A ...A Gripe

Cheguei do Rio há duas semanas. Sim, duas semanas. De lembrança, trouxe uma gripe horrenda, dessas que nao saram. Dá-lhe mel, açafrao, limao, tudo o que normalmente se faz para acabar com uma gripe chata. Nada adiantou. Por sorte, semana passada ao ler o resultado de uma ressonancia magnética cerebral (de rotina), descobri que estava com sinusite. Tudo parecia fazer sentido! Papi ligou para um médico amigo, que prontamente receitou um antibiótico. Na mesma hora providenciei.

Uma semana se passou e eu já me sentia bem melhor, mas a tosse a constante limpaçao de nariz continuava. Por pura insistencia materna+paterna, fui para o plantao da Unimed, morrendo de vergonha de perder o tempo do profissional de saúde que iria me atender.

Entrei no consultório de "Dra" Fulana. Contei minha história. Ela ouviu meu pulmao e fez perguntas. Respondi todas.

"Dra". Fulana: Entao, seu quadro me faz acreditar que voce tem a Gripe A.
YO: Ahn??? Gripe Suína? Mas eu to bem, nao morri!
"Dra". Fulana: Existem umas variaçoes mais leves da Gripe A, e pelo o que voce me contou, acho que vale a pena tirar a dúvida. Aqui está seu pedido de exame (hemograma).

Na recepçao, Papi, com sua sutileza de elefante, comentou em voz mais alta do que o necessário, sobre as suspeitas da médica. Pronto! A recepcionista simplesmente colocou uma caixa de máscaras no balcao, como se quisesse dizer, "Oooo minina catarrenta, nao to afim de morrer. Poe essa máscara ae!". Nao tive opçao. O jeito foi colocar a máscara e ficar ali, fingindo que nao havia nada fora do normal, enquanto aguardava o resultado. Minha mae já queria ligar e avisar meus primos, com quem passei o dia. O cenário catastrófico estava montado!

...Cerca de 45 minutos depois...

YO: E ae? Voce vai me dar tamiflu?
"Dra". Fulana: Nao será necessário. Só um antibiótico mais potente.
YO: Devo avisar família e pessoas com quem tive contato recentemente?
"Dra". Fulana: Nao se preocupe. Essa gripe é contagiosa somente nos primeiros 5 dias. Já era.

E é isso. To pensando em como bancar a bonita e saudável na alfandega pra nao ter que ficar me justificando na terça, dia em que voltao pra casa=Santiago. Nao acho que terei problemas.

Do mais... nenhum grande plano para o último dia em Gyn City. Já sofri demais com saudade antecipada durante a semana que passou. Quero ir embora logo. Amanha é dia de refazer os estoques de remédio (Tegretol e Rita), comprar uns últimos regalos - nao esquecendo que hoje foi Valentine's Day no Chile, e... isso requer um presente.

Mas é isso... ao que tudo indica, inclusive o hemograma, vou sobreviver...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Alocka!

Alocka! Sim!
Blog de roupa nova. Enjoei daquela coisa laranjada, eca. Queria algo simples, mais cinza, que combinasse justamente com meu estado "aburrido" dos últimos dias.
Muitos pensamentos, muitas idéias, muita vontade de falar e contar histórias. Muito auto-controle também. Pra compensar a falta de inspiraçao, paladar, olfato e vontade de viver. Depressao? Nah...deve ser só uns dias assim, meio blue...deve passar. Semana que vem volto pra casa (Santiago) e sei que as coisas vao melhorar. Ter alguém esperando no aeroporto sempre me anima. Ainda mais quando o alguém passou esse tempo é uma fofura e teve uma puta paciencia comigo.

Sem mais para o momento, vou-me.
 
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