terça-feira, 27 de maio de 2008

Sinal?

Até semana passada minha rotina era relativamente bem clara. Acorda tal hora, vai dar aula. Vai pra aula de boxe, volta pra casa, lava o cabelo e vai pra outra escola. Dorme na casa de dona T às segundas, acorda e vai trabalhar. Mas desde ontem uma onda de mudança parece ter se iniciado.

Na verdade tudo começou no domingo, com minha aluna desmarcando a aula de segunda cedo. Daí mesmo assim eu mantive o despertador pra me acordar na hora, mas...o filho da mae nao tocou! Ou, segundo dona T, ele tocou sim, mas eu nao ouvi. Hunf! Duvido muito! Eu SEMPRE ouço o maldito despertador. E ontem eu nao ouvi! Acabei acordando às 10.15 da manha, como se fosse um primeiro dia de férias!....tem base?.... E daí, como meus planos de ir pro boxe já estavam arruinados mesmo, fui correr no parque. Sim, correr!!! Eu, um bicho gordo, fui correr no parque Beija-Flor, aqui mesmo no Jaó. E claro que, desnecessário entrar em detalhes, que eu me frustrei porque... quem nunca corre e nunca correu, NAO TEM FÔLEGO PRA CORRER!!!

Aí ontem, por uma questao mais de logística mesmo, acabei voltando pra casa em vez de dormir na casa de dona T. Acordei em minha caminha linda, dessa vez no horário combinado, e cá estou eu, aguardando o horário de ir trabalhar, quando a secretária da escola me liga e avisa que hoje nao tenho que ir pois a aluna ligou cancelando a aula. Hunf! (de novo)....mas agora, a dúvida cruel. O que devo eu fazer com tanto tempo livre?

A resposta mais óbvia seria....ir pro boxe, é claro! Queimar calorias!....mas...tô numa preguiça.... a vontade é de ir pra um café, com dona T...comer alguma guloseima que vai me engordar, tomar um café gostoso e jogar conversa fora. Oh, dear...

Mas...com tantas alteraçoes assim de última hora...será que é algum sinal para o futuro próximo que há de mudar drasticamente?

May God help me!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O fim...

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A viagem do Rio chegou ao fim. E junto com ela o maldito inferno astral que me acompanhava desde o início de Abril. Sim, pareceu castigo dos deuses, um mês e meio de inferno astral! Saí com a sensaçao de que eu paguei todos os meus pecados do ano anterior (e olha que tinha muito pecado pra pagar!) e ainda fiquei com bons créditos. Mas acabou, amém! E acabou em grande estilo. No Rio de Janeiro, com direito à sol, mar e farofa na praia...

Me considero uma pessoa bastante cética até. Nao acredito em Horóscopo, tenho dúvidas sobre fenômenos que nao podem ser explicados, ditos "sobrenaturais". Acredito em Deus, sim, mas isso também nao dói. E é verdade que nao se pode explicar Deus, mas e daí? Eu nao disse que sou 100% cética. Mas o fato é que há uns 4 ou 5 anos atrás alguém me apresentou o conceito de "Inferno Astral" e desde entao pude entender muita coisa dos meses de Abril da minha vida. Ohhh... Segundo a pessoa que me apresentou este conceito, inferno astral é aquele período mais ou menos um mês antes do seu aniversário onde tudo dá errado. É um inferno! Todos parecem te perseguir. Depois de entender o que é, notei que eu nunca gostei muito do mês de abril e dos dias que antecedem meu aniversário (apesar de gostar de aniversário). E por que seria isso? Porque estes dias sao sempre um INFERNO!

Como eu disse, esse ano a coisa saiu dos limites. Meu inferno começou no dia 2 de Abril e passou por altos e baixos. Marcado por muita paranóia, mudanças que ocasionaram um derramamento excessivo de adrenalina nos meus mais ou menos 2 litros de sangue, nestes longos dias que antecederam o 17 de Maio de 2008 eu achei que ia enlouquecer de vez. Se eu acordava bem, sabia que o dia ia terminar mau. Nao teve dia totalmente bom. O inferno alcançou seu clímax no dia 17 mesmo. Um dia cinza, sem muito o que fazer. Ou melhor, com muito o que fazer, mas nao exatamente relacionado à minha pessoa. Um golpe ao meu ego de filha única, acostumada a ser paparicada no dia do aniversário. Rolou uma depressaozinha. Reflexoes sobre a vida. Entendimento de que uma fase tava acabando, e outra, começando. Mas o dia finalmente acabou.

O dia 18 amanheceu lindo, maravilhoso. Solzao de rachar no Rio, visita à um pier (de mangue) logo cedo. Ok, cheiro de manguezal é nojento, eu sei, mas o lugar era lindo. Logo depois fui à praia de Grumari, uma praia de surfistas bem ao sul da cidade, onde só dá pra chegar de carro. Nada como umas ondas na cara, água de mar nos olhos e na garganta pra você sentir de novo que a vida é realmente bela. E foi ali, nesta praia, que eu percebi que o maldito inferno astral era finito.

Ok, ok...eu sei que a gente arruma desculpa pra tudo nessa vida, até para as desgraças. E talvez o "inferno astral" seja só mais uma delas. Mas...fala ae, quando tá tudo meio nhe na sua vida, é muito mais fácil ter algo ou alguém pra botar a culpa do que ficar se matando, tentando arrumar explicaçoes. Poe a culpa logo em algo que você nao sabe explicar, e pronto. Resolveu.

Inferno astral terminado, viagem do Rio maravilhosa com um fim delicioso, estou de volta à minha boa e velha Goiânia. Bem menos estressada e tranquila, nem a maldita pecuária tá me incomodando tanto como eu esperava.

Um bom feriado para vocês..... (eca, que frase de fim de jornal!)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Vou-me embora pra Pasárgada

Nao, eu nunca fui uma ávida leitora de poesias, mas sempre achei o negócio legalzinho. Também nunca consegui escrever nada de poemas porque pra mim, rimar é impossível. Só rimo quando nao posso ou com coisas que nao deveria. Exemplos dispensados.

Como a galera já sabe, vou hoje para o Rio de Janeiro, onde comemorarei a chegada dos meu 24 aninhos, essa idade tao gayzinha, como diria dona T. Sendo o Rio de Janeiro conhecido como a tal Cidade Maravilhosa, lembrei de um poema do Manuel Bandeira, "vou-me embora pra pasárgada", escrito nao lembro sob quais circunstâncias. Só lembro dakele outro que ele diz que vai "dançar um tango argentino", que ele escreveu logo depois de receber a fatídica notícia de que estava com tuberculose.

Enfim...vou-me hoje para a Cidade Maravilhosa deste país, agora com uma opçao a mais de mazela. Se você nao quiser morrer de bala perdida, tem a dengue. Já comprei meu repelente natural de citronella (tô mei cabrera, pensando se vai funcionar mesmo) e vou rezando pra nao morrer de bala perdida porque pow... que mortezinha indigna!

Postarei um update nos dias porvir....quem sabe até um post reflexivo no dia 17... hmmm...deu até medo!

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Vou-me Embora pra Pasárgada



Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.


terça-feira, 13 de maio de 2008

Post idiota e inútil!

* Se alguém souber de um salao 24hs onde existam cabelereiros(as), depilarores(as) e manicures disponíveis depois das 8 da noite, favor ME AVISE!!!! ... Afinal, nao posso ir pro Rio pegar dengue em má forma! O cabelo pede pra ser cortado, a sombrancelha para ser aparada, e as unhas, cuidadas. ....

* Dúvida cruel de leitura: o que seria melhor ler antes de dormir. Freud em "Moisés e o Monoteísmo", uma coleçao de artigos sobre "Realidade Social e Mito na Grécia Antiga" ou a Bíblia?.... hhhmmmm....

* Ai que preguiça!

* Venho, por meio desta, anunciar a (provável) adesao de Josie, um leitor macho (apesar do nome) que, hoje disse que passaria a visitar este mural de inutilidades. Welcome, Josie!

* O telefone tocou. É a T...no blog anymore.

=P

sábado, 10 de maio de 2008

Hora do Rush em Goiânia - ninguém merece!

Clipezinho que eu fiz.

Só pra ficar claro: as imagens loucas, difíceis de acompanhar, sao devidas à habilidade de dona T, que filmou tudo enquanto eu dirigia.


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Relato de uma história real

O relato a seguir é uma história real, que aconteceu comigo na sexta passada, dia 02 de maio de 2008, por volta das 17 horas.

*Por motivos de privacidade nomes nao foram citados. (uuuhhh...suspense!)

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Estava eu no Fran's café, um dos meus lugares preferidos de Goiania. Fui até lá pois na minha cabeça eu havia marcado com o Sr. A, amigo de longa data, com quem me encontro quase toda semana para falar de todo e qualquer assunto, desde que a conversa aconteça em Francês ou Inglês. Percebi logo que ia levar o bolo, mas aproveitei pra saborear minha smoothie de limao, que estava uma delícia. Quando finalmente terminei, levantei-me e me dirigi ao banheiro. No caminho encontrei L, uma garçonete do local. Conversamos um pouco, ela disse que tinha saído do emprego, que nao aguentou o horário - ela fazia o turno da noite, das 23 às 7. Trocamos algumas amenidades e finalmente fui ao banheiro.

Na saída, enquanto lavava minhas maos, L chegou para fazer o mesmo e me perguntou para onde eu ia.

L: Você vai pro rumo da 90?
F: Hmmm....na verdade nao, por que? Você precisa ir para lá?
L: É que eu estou com o meu pé machucado....precisava ir pro hospital. Você nao poderia me dar uma carona até o HUGO? (Hospital de Urgências de Goiania)

::::: Pequeno momento de tensao em minha cabeça:::::

Pensei comigo: eu nao conheço essa pessoa! Ela é uma garçonete com a qual troquei alguns minutos de conversa umas duas ou três vezes. E ao mesmo tempo nao encontrei nenhuma boa razao para negar a carona, já que eu tinha tempo e carro para levá-la ao hospital.

L: Sim, claro. Nao tem problema. Vamos.

Paguei a conta e fui me dirigindo ao carro, com L logo atrás, mancando.

Durante o pequeno trajeto até o carro me bateu um surto paranóico. "E se ela for uma assassina? Ok, nao, ela nao é uma assassina mas...e se ela estiver procurando algum idiota pra assaltar? E se no meio do caminho ela apontar uma arma pra mim e quiser levar todo o meu (pouco) dinheiro? Ou pior, e se for faca?" Eu nao conseguia parar de pensar que L poderia ser alguém muito mau. Entao decidi fazer o que fiz.

Logo antes de abrir o carro, parei e falei.

F: Olha, me desculpa mas...você se importaria de abrir sua bolsa pra eu dar uma olhada? É que eu sou meio paranóica com essas coisas de segurança e...

Ainda fico vermelha de me imaginar fazendo isso. Eu estava morrendo de vergonha, nao queria fazê-lo, mas... ao mesmo tempo eu nao queria das uma carona morrendo de medo. Sabia que as chances de L ser uma pessoa legal e inofensiva eram bem grandes, mas ainda assim....

Ela nao hesitou e foi logo abrindo a bolsa que, diga-se de passagem, tinha tamanho suficiente para esconder uma pequena arma ou faca. Ela ainda disse:

L: Ah, nao, nao tem problema. Hoje em dia é complicado mesmo, a gente nunca sabe com quem está andando. Eu nao me importo.

Eu dei uma rápida olhada, me sentindo meio ridicula, e abri o carro. Fomos do Fran's até o HUGO conversando sobre empregos, experiência em cafés, pessoas que frequentavam o Fran's essas coisas. Deixei L na porta do hospital, peguei o telefone dela e disse que ligaria eventualmente para saber como ela estava - ainda nao liguei! Me sentindo incrivelmente corajosa e arrogante continuei meu caminho até onde deveria chegar. Nao sabia mesmo se eu tinha sido cautelosa ou arrogante. Que diabos tinha me provocado tal surto paranóico e, o mais importante, como eu tive coragem de pedir que ela abrisse a bolsa?

Seria por que ela era negra? Meu preconceito havia chegado a tal ponto e eu nem percebi? Eu será que era apenas por que ela era pobre? Ou a combinaçao dos dois? Eu repetia pra mim mesma que isso nao tinha nada a ver, que era somente porque eu nao a conhecia, e se fosse uma outra pessoa, de qualquer cor, eu teria feito o mesmo. Será?

Logo contei a história para dona T. Ela achou um absurdo. Me chamou de "fruto dos problemas urbanos" e disse que se fosse ela que tivesse que abrir a bolsa, ela sairia do carro. E eu a chamei de "orgulhosa" e argumentei que em aeroportos e outras ocasioes nos Estados Unidos eu tive que ser revistada milhoes de vezes, e nao me senti menor por isso, dado que sabia que era tudo questao de segurança. No sábado, bebendo um chocomallow no Fran's, contei a mesma história para um grupo de amigos. A maioria disse que me entendia. Um outro amigo me chamou de "caruda" e disse que eu nao tinha legitimidade para fazer o pedido que fiz. Os que me defenderam disseram que minha legitimidade nasceu do pedido de L, que foi feito de supetao e, claro, me pegou de surpresa.

Eu ainda nao sei. Ainda me sinto mal por ter feito o que fiz. Ainda nao tive coragem de ligar para L. E se eu ligar...devo tocar no assunto e pedir desculpas? Devo fingir que nao aconteceu?

O que vocês acham? ...alguém, por favor, opine!

Ainda bem que eu tenho terapia hoje! O que será que minha terapeuta acha? Aposto que ela vai gostar de ouvir uma história diferente das minhas eternas filosofaçoes sobre meu relacionamento!....

domingo, 4 de maio de 2008

Aviso

Tô sem net em casa porque minha mae trocou de provedor e esqueceu de me avisar pra comprar outro modem - o modem da uol é travado e nao aceita outros provedores. Ah, esses modems narrow-minded....

Enfim, voltarei a postar assim que possível, e desde já prometo uma historinha interessante, para a qual aguardarei comentário.

Bjos (aos 3 leitores deste blog!)
 
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