domingo, 7 de junho de 2009
Ella Baila Sola
A solidao deve ser um dos sentimentos mais paradoxais que alguém pode experimentar. Hoje, caminhando pela cidade, pensei muito nisso. Lá estava eu, num domingo frio e sem sol, caminhando por ruas vazias. Estudei sozinha no meio de um monte de gente. Depois almocei da mesma maneira. Fiz compras e voltei pra casa, também vazia. Livre e tranquila, assim vivo os minutos que o dia de hoje me presenteou.
Ontem cheguei a uma conclusao - importante para mim. Depois de um banho de realidade, que veio no meio da balada de sexta a noite (show do Café Tacuba), me perguntei por que eu estava de mau humor. Eu passei a semana toda andando nas nuvens, no mundo da lua, vendo o mundo em cores vivas. Até sexta a noite... quando botei os pés no chao e a realidade me pegou de jeito. Já era hora de voltar.
Confesso que aproveitei minha semana emocional - assim vou chamá-la. Antes disso vivi 7 meses (sim, eu contei!) de quase pura racionalidade. Até que uma onda violenta me pegou de jeito e eu levei "um caldo". A semana toda foi estranha, fora do normal. Era como se eu nao tivesse controle sobre mais nada. A onda me levava e a única opçao que eu tinha era deixar rolar. Isso significou estudar menos, dormir mal, ficar ansiosa, sair cantando pela rua, sorrir para estranhos - e nao estranhos, respirar fundo por bobeira e outras muitas coisas idiotas. Resumo tudo em duas palavras: teve baum.
A volta a realidade/racionalidade me fez concluir uma coisa boa. Estou pronta para outra. Pensando na situaçao, me senti pronta pra gostar de alguém de novo. E isso é engraçado... porque há duas semanas, se tivessem me perguntado se eu queria isso - gostar de alguém - eu teria dito que nao. E meio que do nada, poucos dias depois, eu me contradigo. A combinaçao olhos+sorriso misteriosos me fez chegar nesse lugar, aonde "gostar" será um sentimento bem vindo. Pensei em agradecer a criatura provocadora disso tudo, mas... tem coisa que é melhor ficar sem dizer.
Nao pretendo de repente colocar saia, fazer chapinha e ir para a balada mais próxima procurando criaturas para gostar. Nao é meu estilo... Pelo jeito vou continuar bailando sola, respirando a liberdade e a leveza de caminhar comigo mesma pelas ruas vazias. Respiro o ar frio e sorrio para mim mesma... Porque é melhor quando as coisas seguem seu ritmo próprio.
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9 comentários:
vc está muito clarisse nesses tempos tilenos...
acho que sou o contrário, estive tentando ser mais positiva, mais colorida, e sorrir pra todo mundo, mas não sei o que há de errado comigo, isso não durou mais de 3 mêses. é uma luta doida que poucos entendem...
quanto a me apaixonar, faz 1 ano que nenhum olhar me 'prende', e ainda não sei se estou preparada... como eu disse antes, não sei oq há comigo :/! kkkkkk
boa sorte com o coração!
beijo
Eu tive que ir a Paris, ver um amigo se agarrando com um ucraniano sem nocao, escutando What goes around, comes around (isso quando eu pensava que nunca gostaria de ouvir sr. Timberlake), bar fechando a 1 hora da "tarde" rss, e bebendo com algum camarones, morador de canadá e entao dj em na dita ciudad... de repente minha ficha caiu e tudo fez nocao. Pelo melhor ha de vir! =D
Chapinha? Pra que hein?
oh red wine!
agora eu lembro de vc tb enTão..
bj bj bj
Pulando de blog em blog eis que me deparo com o "A fim de que...". É bem difícil encontrarmos alguém que escreve tão bem e quando encontramos nos aconchegamos no poder das palavras. A leitura do seu blog flui e estou feliz por ter me deparado nele! =)
Cheguei aqui através de um coment seu em outro blog.
Amei seu cantinho.
Bjs
Drih
Também cheguei aqui através de um comentario seu em outro blog, e que coisa boa ler suas palavras...Vc sabe lidar com elas super bem...
beijinhos :*
Lembro que me disse que gosta de "feed back"...
Adoro passar por aqui, parte que foge da rotina, estas linhas dos blog´s e o seu em especial tem uma ironia encantadora e muito sensível
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