domingo, 30 de março de 2008

Sem Palavras

Estou rouca. Desde sexta-feira que minha habilidade de conversar tem sofrido sérios reveses por conta de uma gripe que chegou devagarinho, me enganando, e agora me pegou de vez. Mesmo assim eu me recuso a me sentir gripada, sem alterar nada por conta disso.

Minha voz nao colabora, e quanto mais eu forço (porque afinal eu sou assim mesmo), pior fica. Ainda na sexta, depois de passar o dia falando que nem uma desmiolada e chegar ao fim do dia realmente afônica, apelei para umas receitinhas caseiras de gargarejo da vovó. Que coisa horrível! Agua quente com MUITO sal e limao. ARGH!!!....mas naquela altura eu estava desesperada, queria minha voz de volta. Mesmo porque sem esta eu nao poderia comparecer ao meu compromisso de sábado de manha, no qual o uso de minha voz era absolutamente indispensável.

O gargarejo funcionou, e eu acordei falando.

Mas nao adiantou muito... 2 horas depois (compromisso cumprido), a coisa estava feia de novo. Tosse, tosse e mais tosse. E pouca voz. Decidi partir para um regime de economia e me abster de falar bobagens. Algo praticamente impossível.
Pra ajudar, o meu irmao resolve aparecer numa visita quase surpresa, e como é de praxe, ficamos conversando até as 4 da matina. Oooo vidinha...

Acordei melhor hoje. Ainda rouca, porém em níveis mais aceitáveis. Essa porcaria de rouquidão já dura há tanto tempo que eu acostumei com essa minha voz desafinada e feia. Estranho, porque no primeiro dia eu me sentia uma dominada cpor ETs. Era como se eu tivesse sido abduzida e alguém tivesse morando dentro do me corpo, falando por mim, com aquela voz horrorosa. Agora eu nem lembro mais como era minha voz original... será que um dia ela volta?

Sem muita "filosofação", pois quero começar a ler o livro que eu acabei de comprar, essa história toda de voz me fez pensar nas questões que envolvem a expressao pessoal dos seres humanos. Ser privado de falar o que quiser, de poder falar, faz a gente reavaliar certas coisas. E pensar também se nao poderíamos ouvir mais e falar menos....

Nao existe liçãozinha de moral para este post. Só mesmo este devaneio óbvio e cliché. Lá vou eu... Freud me aguarda.

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