domingo, 27 de abril de 2008

Aonde eu moro...

....tem uma padaria chamada Quitandinha. Na verdade a Quitandinha é mais do que uma simples padaria. É uma "venda", pois o setor onde habito é uma mini cidade do interior, com sua própria lógica, separado do resto de Goiania. E como toda cidade do interior tem uma "venda", nós também temos uma.

A Quitandinha é ótima! Além de ser também um ponto de referência, lá eles vendem um pão delicioso, baguetes e mini-baguetes (que o povo do Mr. Espeto compra pra fazer baguete ao alho), quitandas diversas como nhoque doce, pao de queijo, bolos e salgados muito bons, além de refrigerantes, sucos, água, nescau, arroz, sorvete, picolé e coisas que uma "vendinha" tem. Ah, não lembro de ver camisinha sendo vendida por lá. Acho que deixaram este item a cargo da farmácia.

Mas então, como eu ia contando, hoje de manhã eu acordei, mais cedo do que pretendia, e fui à Quitandinha. Como meu pai nao deixou as frutas já picadas para eu comer e eu sou um poço de preguiça, resolvi que meu café da manhã seria saudável e gostoso. Fui comprar um enroladinho.

A Quitandinha tem um problema...o atendimento lá nao é grande coisa. E o povo do Jaó às vezes tem um problema. Como este setor um dia já foi tido como um setor de pessoas relativamente abastadas, de vez em quando você topa com uns tipos meio narizinho empinado. E eu sempre dou o azar de topar com esses tipos enquanto estou na fila (imensa) esperando ser atendida. Por isso hoje resolvi que estas pessoas, caso estivessem presentes, mereciam ter algo pra olhar - ou falar. Fui comprar meu enroladinho trajando o meu pijama. Pra dizer que nao fui como acordei, tive o cuidado de passar um Listerine na boca (porque ninguem merece mau hálito) e coloquei um sutiã, porque também ninguém merece ficar "acendendo farol" em público tão cedo. Mas me mantive sem calcinha - porque eu durmo sem calcinha mesmo, e nao me dei ao trabalho.

Essa coisa de sair na rua sem roupas íntimas é realmente libertador. Esta nao foi a primeira vez que fiz isso. A primeira vez foi em Londres quando, aguardando a calcinha secar para pode usá-la a noite no vôo para o Brasil (minha bagagem havia sido retida na noite anterior), saí em busca de alimento trajando minha calça, camiseta, tênis e ah, o sutiã também. Ainda nao consegui sair sem sutiã em público. Esse sim vai ser difícil! Mas...o fato é que eu sempre penso que apenas pessoas com seios fartos e bonitos devem ter esta audácia, de se livrar do sutiã. Como nao é este o meu caso, mantenho esta peça e me livro da calcinha. Qualquer conclusão derivada desta lógica fica ao critério do leitor.

Mas como eu ia dizendo... fui mesmo pra Quitandinha de pijama e sem calcinha. E com moedas no bolso, e nada mais. E ah, com a cara de sono-chapada também. Desde que a médica aumentou minha dose de remédio eu tenho acordado bêbada - e agido um pouco como uma. No entanto, tudo deu certo no final. Consegui meu enroladinho - quentinho e delicioso, paguei pra tia do caixa, saí com cara de chapada, peguei o carro e voltei pra casa. Ainda no caminho vi de longe o pai de uma colega andando de bicicleta e achei legal um pai andar de bicicleta. Provavelmente pensei isso porque meu pai nao anda de bicicleta e....eu acho que ia ficar engraçado ver meu pai em cima de uma, hahahaha....

E assim começou meu dia, que ainda nao terminou.

4 comentários:

Aline disse...

Ah sim! A famosa Quitandinha Jaó. E o enroladinho foi uma excelente escolha! Palavra de quem já esperimentou 'any' enroladinhos: nenhum chega aos pés do nosso idolatrado!

Espero que eu não esteja inclusa na lista de pessoas pseudo-abastadas e metidas a besta existentes no nossa cidade de interior (vulgo Jaó).

E quanto à calcinha: eu tenho hábitos opostos aos seus (se é que você me entende)! haha ;)

Kell disse...

(PALAVRÃO!!!) Eu aqui numa fome de dar dó e venho aqui nesse blog e leio a palavra mágica ENROLADINHO, que é melhor coisa do Goiás, junto com a pamonha, claro!
E pessoas de seios fartos nem sempre têm essa facilidade para se livrar de uma peça tão básica. Somente as despudoradas... Hahahahahahahahahahahahaha
Quando você der o ar de sua graça por essas bandas, já faça a gentileza de trazer o enroladinho. Com côco por cima, garçonete. e leite desnatado bem geladinho.
QUE FOMEEEEEE!
Beijos!

Renata disse...

Quitandinha é o único lugar do Jaó que se alguém me mandar ir eu consigo chegar sem erro, mas nunca comi lá não (nadica), sempre vou pra lá como ponto de referência.

Cara, nunca saí sem calcinha...Já perdi ela no meio do caminho, mas aí acho que é outro departamento né? Agora sem sutiã eu já saí, tenho pouquíssimo material a ser apreciado. Não curto minhas bolinhas de tênis livres... De pijama é um problema que eu tneho com a minha mãe, eu acho sonhart tão bonitinho que saio direto trajando. Hoje mesmo fui ali no restaurante de macacão, blusa da sonhart e sem listerine (estava mau humorada...nem ia conversar)

Se mu pergunte, remédio de quê frô? A Aline Batoré só conhece gente louca...Deus a livre!

Unknown disse...

Caraaacas! O que que a Renata tá fazendo aqui? õ.O
Não tente achar semelhanças entre eu e essa pessoa! E a louca da história aqui é única e exclusivamente você, Renata Jamanta! ;D

 
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