quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mingau Lady

Tudo começou domingo a noite, pouco antes de dormir. O lado direito da garganta tava meio doendo e inchado. Pensei, "Ah, nada que nunca tenha acontecido antes" e fui deitar. Que erro! Naquela mesma madrugada, em meio a sonhos bizarros e sem explicaçao, acordei sem conseguir engolir e com muita dor.

Desde entao foram muitos remédios e um médico. Injeçao, antiinflamatório, antibiótico. Encontrei a vizinha na rua e ela me disse que extrato de própolis é bom. Nem pensei direito e comprei um. Tudo para acabar com essa dor horrível!

Nunca vi coisa mais feia. Sério mesmo, visao do inferno daquela única amigdala inchada, do tamanho de uma bola de tenis. E se fosse só isso, eu nem reclama tanto. O duro é que espalhou pro resto do corpo e as juntas começaram a doer, a febre apareceu e a energia que abundou durante todo o fim de semana, sumiu. De repente parecia a semana entre Natal e Ano Novo do ano de 2007, quando estive em condiçoes precárias bem similares. Mas neste ano o problema era nausea e estomago. Dessa vez veio na garganta.

O que mais me chamou a atenção desta "perrenguêra" toda é a variedade de comidas líquidas que podem ser feitas. Como eu simplesmente nao consigo engolir nada sólido, o jeito foi apelar para sopas e mingaus. Dona Ana, também conhecida como Vovó, adora um neto doente. Me pôs deitada no sofá, com direito a cobertinha e travesseiro, e fez mingau de aveia, de maizena, sopa de fubá, sopa de ervilha, caldo de feijao e sopa de legumes - e todas as variaçoes derivadas. Nao posso acordar das imensas e entendiantes sonecas, que lá vem ela com um pratinho de algum mingau/sopa pra eu comer. Argh! Já nao aguento mais...

Estou muito, muito BORED. BORED TO DEATH. A televisao tá chata - aberta e à cabo - nao to afim de ler nada, e só hoje recobrei o animo para mexer na internet. Com sorte Dona Let, sempre uma muito boa companhia, está tranquila no trabalho, e assim ficamos de papo no MSN.

E assim é a vida...depois de cancelar dois dias de agenda, hoje resistirei e vou receber Sr. Thiago e Dona. Náira em minha humilde casa. Farei coisas em tortilha para eles e...bem, enquanto eles saboream as deliciosas tortilhas recheadas de tudo, eu certamente vou comer MINGAU!   =/

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Home is Sweet Home

Pronto, cheguei. Quer dizer... desde sexta to aqui já, suando no calor de Goiania que, hoje, deu trégua.

Chegar em Goiania é sempre especial... sempre tem filé mignon com arroz branco me esperando - junto com outras 20 pessoas entre familiares e amigos. Tem meu gato, o Bafao, que adora ver minha mala aberta pra se enfiar ali. Tem eu desesperada tirando tudo da mala e jogando na cama, distribuindo os presentes, desempacotando os 5 vinhos e os 3 piscos enquanto falo sem parar. Conto da viagem, do voo que estava vazio, de que eu acordei as 3.30 da manha e nao dormi nada e que li 5 capítulos do livro que trouxe. Explico que ganhei de presente a gravata que estou usando, abraço todo mundo, sorrio, tiro foto. Passo na cozinha e pergunto se minha tia e minha avó precisam de ajuda e depois vou em cada rodinha de conversa e socializo com quem ali está. Olhando no olho de cada um pergunto como vao as coisas, lamento as mortes do ano (foram muitas!), conto alguma história engraçada pra manter o nível de descontraçao. Até que finalmente é hora de comer...


O resto do fim de semana segue o mesmo ritmo. Gente entrando e saindo da casa, desde cedo. Tem pao especial, café brasileiro que eu adoro. Nao to nem ae e desço de pijama mesmo, com cara amassada. Dou papo pra todo mundo e peço licença. É hora de fazer uma "apariçao oficial" na igreja aonde frequentam uns amigos com quem eu cantava quando criança. Apareci de surpresa. Levei meia hora para chegar do carro ao lugar aonde me esperava Dona L. Muita gente que há muitos anos eu nao via. Dispenso a atençao devida a cada um, dou abraços, risadas, anoto telefones e prometo que vou ligar para marcar uma saída.

Sábado a tarde é só festa. Eu completamente sem sono... até que minha tia resolve, já no fim da tarde, que é hora de eu aprender a fazer Hallah, o pao de sábado.

"Mas tia, só pode comer Hallah no Shabat. Nao posso fazer isso hoje!"

"Nao to nem ae! Terça eu faço a cirurgia de reduçao do estomago e ae nao vou poder fazer Hallah sexta que vem. Vamos logo, se mexe!"
E ae a gente vai amassar o pao... melhor exercicio do dia! Cansei tanto que brochei de sair.

Domingo seguiu o mesmo ritmo. Comida, gente, calor, vinho e piscina...ah, a piscina! Como tava boa essa! Bebi horrores de vinho, e ao sentir que o alcool estava subindo, tirei a roupa e pulei na água - óbvio que desde a hora que acordei já coloquei bikini!
No fim do dia, quando se foram todos... eu já estava acabada. Minha opçao foi me jogar em cima da cama e tirar uma soneca revitalizadora.

Segunda trouxe o panico de férias que eu sempre sinto. NADA PRA FAZER!!! AAAHHHH....SOCORRO!!! Entro em panico sim ao pensar que nao tenho nenhuma obrigaçao, nenhum compromisso, nenhum horário, nada. E por isso saio correndo buscando algo que me ocupe, porque meia hora pela cidade e já me sinto louca, com medo do tédio.

Essas ruas que tao bem conheço, esses caminhos que faço sem pensar, as paisagens que nao sao novidades. Me confortam e me assustam ao mesmo tempo. Tudo é familiar.... provocam memórias, várias delas....e por isso geram esse feeling difícil de explicar, que é o tédio junto com o conforto de voltar "pra casa". Entre aspas porque já nao sinto que a casa seja minha. O que um dia foi meu quarto é hoje um ambiente tao organizado e esterelizado (thanks, mom!) que nao tem minha cara. Só os livros da prateleira e algumas fotos mantem a evidencia de que um dia aqui vivi. E por isso em 5 minutos bagunço tudo...para que assim volte a ter identidade. A MINHA identidade.

E eu poderia passar o resto da noite fazendo um ensaio sobre identidade familiar, nacional, etc....mas nao vai rolar. Porque tanto agito resultou em uma, sim só UMA, amigdala muito inflamada e uma dor no corpo sem explicaçao. Entao é hora de admitir o cansaço, mesmo que custe... e ir dormir mais cedo. Curtir minha cama grande e o silencio. Just enjoy my sweet home.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Contraste

Quando eu era criança o dia 24 de Dezembro demorava chegar. Desde o início do mes, quando entrava de férias, começava a empolgaçao. 24/12 era o dia em que chegava meu "irmao", o Éverthon. Chegava com sua respectiva família mais ou menos na hora do almoço. Mal engolíamos a comida e íamos para a garagem jogar futebol, volei e conversar. Mais tarde no dia, depois de cansar de tanto jogar bola, montávamos a árvore de Natal - quando Moms, vencida pelo cansaço da minha insistencia, desenterrava a tal da árvore de algum canto e fazia a alegria minha e do Éverthon. E assim terminávamos o dia, arrumando os presentes debaixo daquela coisa velha e empoeirada, e escolhendo a roupa. Tivemos fases de usar "roupa chique" e outras de nao estar nem ae. Lembro de me sentir hiper cool quando, em 2004, usei a roupa mais velha que tinha pro Natal. Ah, tao confortável! Especialmente naqueles dias, que foi quando comecei a tomar Tegretol (pra epilepsia) e passava o dia "bebada".

Dia 24, a véspera de Natal, sempre foi sinonimo de preparaçao. Enquanto eu jogava bola na garagem, minha vó, tia, tio, mae e pai corriam de um lado pra outro. Sempre tivemos convidados. Muitos deles. Sempre tivemos vinho. O suficiente para que desde os 8 eu começasse a misturar com coca para acostumar com o gosto. E assim eram as coisas...

A gente cresce e o Natal perde a graça. Falei disso no post anterior. No entanto, no meio da bagunça de hoje, nao sinto nostalgia. Claro que curti muito a infancia e adolenscencia...mas passaram! E confesso que prefiro estar aqui no meio das malas, com roupa na máquina sendo lavada e sabendo que minha ceia será resumida a, no máximo, um arroz com strogonoff - que eu mesma vou fazer! - do que sentir aquela obrigaçao de cozinhar pra um monte de gente, arrumar a casa pras visitas, essas coisas. Passar o dia do Natal viajando será uma nova experiencia. Espero que nessa abençoada data (mode Cleycianne on) os aeroportos - os 4 por onde terei que passar - estejam menos cheios; que os voos saiam na hora e, por fim, que tenha um assento livre do meu lado para eu poder esticar as pernas enquanto leio. Preciso chegar descansada pois...este ano, a festa lá em casa acontece no dia 25, aonde um filé gostoso me aguarda, junto com mooiiita gente!

E vamo lá....porque a casa nao vai limpar sozinha...


P.S. Na foto, o céu "natalino"  do Chile...adoro!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Tal no Natal

Entao é Natal, diz a Simone por aí há muitos anos. Argh...se tem uma coisa que me irrita é andar em loja tendo que escutar essas musiquinhas malditas.Oh, céus, pra onde foi meu espírito de Natal? Aquele, que te faz correr igual louca atrás de presente, cumprimentar as pessoas com um sorriso e essas coisas? Hmmm... acho que pra mim isso acabou junto com a adolescencia, ou seja...a long time ago!

Uma coisa que eu tava pensando esses dias era no tal do Papai Noel. Por que as pessoas fazem isso com as crianças, hein? Coitadas das pobres criaturinhas...! Eu nao lembro de ter acreditado em Papai Noel e acho que isso foi saudável. Tá aí uma mentira sem necessidade. O mesmo nível de expectativa ao redor do presente e da data pode ser criado sem alimentar essa ilusao de que um velho gordo vai sair por ae dando presente. Isso mesmo, sou oficialmente contra o Papai Noel....ou como dizem aqui no Chile, el viejito pascuero. É, porque no Chile nao é Navidad, é Pascua!!! Hahahaha...Sério mesmo.

Sempre nessa época rola aquelas reportagens de Jornal Nacional (argh, odeio também!) sobre como aumenta o índice de suicídio durantes as festas de fim de ano. Hmmm... nunca estive particularmente deprimida nessas datas, mas estes últimas dias notei que Monsenhor A anda cabisbaixo e com o olhar deprimido. Assumiu que nao está bem. E é só ver alguém assim que eu fico toda emocionada, com vontade por no colo e passar a mao no cabelo. Mas é meio difícil...ele tem 1,97 de altura... Pero...organizei a agenda para dar mais atençao ao pobrecito. Dispensei os outros dois convites e resolvi ficar em casa no dia 24 a noite, para fazer nossa própria versao de janta de Natal. Deve ser qualquer coisa entre pizza e carne com salada, hahaha! Afinal no dia 25, de madrugada, me mando pra minha Goiania véia.... voo Santiago-SP as 7.30 da manha = Armadilha de Satanás!

Poutz, nem lembro porque comecei a escrever esse post. Só lembro que era pra ter sido algo mais inteligente e reflexivo do que saiu.... ah neim. Faltou falar de presente, né?

Pois é...eu tava pensando esses dias, tentando entender porque o Natal perde a graça quando a gente vira adulto. É simples! Quando crianças, temos que esperar pelo Natal pra receber presentes. Mas basta ficar adulto e ter um mínimo de independencia que isso já era. Quer um CD? Vai e compra. DVD? Mesma coisa. Perfume? Melhor me dá o gift card... E nem me venha com cartoes porque, apesar de bonitinhos, o destino deles é alguma caixa que vai cair no esquecimento em menos de um mes. Hahaha...Jesus nasce e a gente se inspira a dar e receber presentes. Os judeus, pra nao correr o risco das crianças se revoltarem contra Hashem nesta época, trataram de comemorar o tal do Hanukah e inventaram 8 dias de presentes - porque festa de judeu de verdade é assim, dura vários dias.   ....ai, ai, ai...

Credo, esse texto deve tá muito desconexo...but who cares?

Chega!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tributo a/o Melhor Amigo(a)

E dae que o Pedrim me encontrou no Skype e veio me cobrar satistaçoes. Num post anterior, num desses memes, ele grilou quando no item Best Friend eu contestei "I don't currently have one". Porntanto, o post número 300 vai em forma de um tributo ao Pedro, meu melhor amigo.

Eu nunca gostei muito de definir esse negócio de melhor amigo. Pensando no assunto, consigo me lembrar de tres melhores amigas que tive na vida. Uma da infancia, uma da adolescencia e outra da adolescencia-vida (quase) adulta. Mas sempre terminamos. Por razoes distintas cada uma dessas garotas seguiu com suas vida e deixamos de ser isso, melhores amigas. Com duas delas, Celise (da infancia) e Posh (Jordana, da adolesencia), ainda converso e tenho contato. Nos vemos sempre que possível e tenho um grande carinho pelas duas. Mas o fato é que tanto eu quanto a Dona Let, que tá na minha lista Top3 de amigos, concordamos que essa é uma posiçao que pode mudar com o tempo, e isso é normal. Dona Let e eu, por exemplo, temos sido amigas há 10 anos (sem contar o tempo que já nos conhecíamos de antes). Nos vemos quase nunca e falamos mais quando estou fora do país. E isso nao faz diferença nenhuma...

Mas o Pedro, bem....o Pedro....ele é muito especial. Fomos formalmente apresentados por Dona Let, um dia antes do vestibular da Católica, ou seja, fins de Novembro de 2001. Conversamos no ICQ, acho que foi, e nos conhecemos cara a cara no ano seguinte, quando aquele muleque tímido chegou em mim na segunda semana de aula e perguntou: "Voce que é a Ylana, né? Entao, eu sou o Pedro, nao sei se voce lembra, amigo da Letícia". Tao tímido que me deu vontade pegar no colo, passar a mao no cabelo e falar que tava tudo bem. Hahaha...

Pedrim já passou a mao na minha cabeça quando eu sofria por (des)amor e no mesmo dia me levou pra afogar as mágoas numa boate gay. Discutimos por horas - muitas horas! - sobre política. Demorou, mas eu o convenci que ser marxista nao dava futuro, e que o negócio era se render ao capitalismo. Ele internalizou tanto a coisa que hoje em dia prega que o Estado, como instituiçao, é uma falácia. Juntos fizemos um bolo de aniversario para a Letícia - desses recheados e tudo, sem ter a mínima experiencia. Ele leu a receita, lavou a louça e ligou 1000X no celular dela, que nao atendeu nem deu as caras lá em casa. O bolo, que ficou uma delícia, foi posteriormente apreciado numa tarde quente de Goiania, no estacionamento da Católica, com direito a parabéns-pra-voce e velinha pra soprar.

Academicamente ele sempre foi superior a mim. E nao é só questao de notas. É inteligencia mesmo. Foi ele quem pegou no meu pé até eu entender que citaçoes sao importantes e devem ser colocadas nos textos, assim como fazer um esquema antes de começar a escrever. Juntos descobrimos as PMC (private military companies), minha primeira paixao academica, e passamos outras muitas horas brigando porque eu defendia as malditas, e ele achava que era o terceiro cavaleiro do apocalipse.

O post facilmente viraria um livro se eu começasse a contar as histórias. Mas a idéia é somente expressar meu amor pelo Pedrim. Morro de saudade desse filho da mae que hoje vive em Berlim e virou desses brasileiros metidos que vivem no exterior. Sei que ele vai passar a vida reclamando, como sempre fez, e quando for minha vez de reclamar, vai me chamar de velha e amarga. Com sorte ambos emvelheceremos falando dos problemas da vida juntos.

É possível que eu faça disso uma série e comece a escrever posts sobre todas as pessoas que convivem/conviveram comigo e que eu adoro. Gostei dessa de expressar publicamente meu amor pelas criatura por quem tenho tanto apreço. Thiago, Naira, Dona S, Kell, Dona Let, Will e Everthon (manim), sua hora chegará. O Pedro foi primeiro porque...porque ele reclamou primeiro! hahahaha....

Recado: Pedrim, meu bem...voce sempre será meu amante traidor, e eu, a patriarca da família! ahahah (vibe Famiglia Maccaroni, lembra?).

Photo: fotinho paparazzi, odiada por nós dois...digna de uma capa de Caras:  "Patriarca Maccaroni admite romance com Miguel Luis". (kkkkk...internal joke!)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Um Pouco de Narcisismo

Aproveitando a onda de bom humor, retomada no meio da semana passada, vou responder mais um meme que vi por ae. O meme das 6 coisas aleatórias sobre voce. Porque todo mundo adora falar de si, e neste caso nao sou exceçao. Mas só gosto de falar de mim quando to feliz...entao, vamos lá.

1.Meu sonho era ter uma cicatriz bem fininha na regiao do apendice. Acho mega sexy. Se alguém ae tiver, me avisa!

2. Sou meio obcecada por escovar os dentes. Culpa da minha prima Kell, que também é e me influenciou. Pensa em duas pessoas capazes de se divertir muito comprando escovas de dente, fio dental, listerine e afins...

3. Tenho uma atraçao inexplicável por pessoas narigudas. Me amarro numa napa!

4. Gosto de dormir de bruço, e com o travesseiro em cima da cabeça.

5. Sempre espirro de manha. Sempre.

6. Morro de medo de intimidade emocional.



Aeee...viva meus queridos alunos que cancelaram minha última aula do dia. Assim eu tenho tempo de ficar um pouco a toa. Estranhamente, desde que entrei de férias, estou mais ocupada.
Aahhh...acabo de me dar conta de que daqui há 10 dias to indo pro Brasil. Me aguarde, Gyn...

Bju, me liga
Besos, llamame
Kiss and call me
Baci, chiamami
Bisous, apelle moi!
...limite dos meus conhecimentos, hehehe...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

É Besta, Mas É Divertido...

1. What is your hobby: I have many. Lately it's cycling or hiking (up hills) and playing drums.
2. Where is your cell phone: no idea... =P
3. Your father: cool guy. Taught me his pilot skills.
4. Your mother: drives me crazy with her OCD, but she's great.
5. Favorite band: I don't think I have one...but I really like U2, Nightwish and Nickelback.
6. Missing someone: lots of family members and some special friends.
7. Your favorite drink: Water. Forever and ever!
8. Your dream/goal: there many....you gotta be more specific.
9. Your pets: Bafao...my cat who's in Gyn.
10. What kind of city did you grow up: a cool one... =)  ..Gyn's a great place to raise kids.
11. What is your fear: hmmm...failure. I'm terrified of failing.
12. Where do you want to be in 6 years: Where? Again, be more specific... but lying on my bed with someone special sounds good to me.
13. Where were you last night: watching House at home (I like the word play in this sentence).
14. Something you are not: skinny
15. If you could be anything, what would you be? Singer, hahaha...maybe a writer, really. O soccer player?
16. Your best friend: I don't currently have one...
17. What do you want to learn: speak Russian and Hebrew, amongst many other things.
18. What are you wearing: pants and t-shirt...and flip flops.
19. How would you describe your high school years: A lot of fun. Military school was awesome!
20. Your mood: right now? I'm pretty happy.
21. Your hair: perfect for me. It doesn't require a lot of care...
22. Your life: my opinion might change depending on the day, but I'm generally happy with my life.
23. Favorite cartoons: WoodyWoodpecker, South Park, Family Guy...
24. Favorite movies: Forrest Gump.
25. Your favorite store: don't know if I have one...
26. One place you go over and over:Way's Gyros...they have an amazing greek salad!
27. What do you like to eat: LOL...so many things, you wouldn't imagine...
28. Favorite place to eat: Nobody ever heard of specificity?
39. What are you reading: 1808 and Guns, Germs and Steel.
30. What do you want for christmas: to travel home safely...that's all...oh, and a big filet mignon steak on my plate!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Blah Blah Blah... (Post desorganizado sem noçao)

Como resolver problemas de relacionamento? Existem dois postulados básicos: conversar... ou, a "mais fácil" e mais comum, ignorar tudo e ver se desaparece. Eu sempre fui dessas que defende que tudo se ajeita na conversa. E foi assim que eu consegui um bom desconto na hora de subornar um guarda uma vez, hehehe... mas sou obrigada a concordar que as vezes é melhor ficar quieto e fingir que nada aconteceu. Conversar/discutir desgasta e simplesmente nao compensa.

Essa maravilhosa conclusao chicheresca/lugar comum/óbvia vem da recente conversa que tive com Sr. Marido agora pouco, enquanto comíamos uns paes-de-queijo que fiz. Ele, que se vai nesta sexta, está em clima de despedida, e ao mesmo tempo está meio brigado com Monsenhor. Ok, talvez brigado seja uma palavra meio forte. Estao assim...como se diz....sendo machos. Existiam alguns problemas...nao conversaram entre si e a coisa ficou tensa. E hoje a vaca foi brejo. Claro, pra quem sobrou a mediaçao? Yo!

Esse post acaba de perder seu sentido... acabei começando a conversar com um colega que foi me explicar sobre a cultura carioca e esqueci o que eu queria dizer com esse blah blah blah de falar na hora certa. Ainda bem que é tudo óbvio.

A outra conclusao do dia, já twitada, é que preciso de alguém para me colocar rédeas. Sim, as palavras burra, potranca e cavala me vieram a mente...Entendam como queiram. Mas é isso... Ui, vááários pensamento sado na minha cabeça....socorro.

Ainda nao subi nenhum morro essa semana. =/   ...estou sem companhia ...se quisesse ir sozinha já teria ido, mas o sol da tarde me brocha.

1808 é um livro muito bom...tem me mantido bem ocupada.

E pra fechar...hoje tive minha primeira aula de bateria. AMEI! Deu vontade comprar uma bateria e virar dessas meninas sem rumo na vida, que fica mexendo com banda... jah pensou? Pensei na Caroline Corr, do The Corrs, toda linda e sem medo de bater as baquetas...

P.S. ...Acabo de lembrar que tenho episódio de House pra ver... =)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Canseira

Ontem, depois de descobrir a versao chilena da 25 de Março, fui pro Alto Las Condes - shopping da elite santiaguina. O melhor de tudo foi passar um dia sem gastar 1 centavo, hehehe...tá, mas isso é detalhe. O legal é que aproveitei que o Cinemark deu a louca e colocou The Reader (O Leitor) em cartaz. Nao perdi a oportunidade.

O Leitor é daqueles filmes que te fazem sentir um merda no final. Um merda intelectual, mas ainda assim, merda. Enquanto toca a musiquinha final e sobem os créditos, voce pensa, "life sucks". Fiquei tao tensa, tao emocionada com a história toda que fui embora morrendo de dor de cabeça e num ataque de fobia social. Só queria chegar em casa e ir pro quarto, pensar na vida... Claro que a "culpa" nao é só do filme. Eu que ando meio assim, contemplativa dos momentos, analisando, dissecando, tentando entender. Porque já que nao tenho que me preocupar mais com papers e provas, entao o negócio é me complicar pensando.

O filme é muito bom. O que mais me chamou a atençao é a temática de como alguém pode ser marcado o resto da vida por certos momentos. Coisas do passado que nao se vao, que nao se apagam, e influem na sua conduta, personalidade. E aí fiquei pensando o quanto isso também é óbvio. Se tivéssemos a capacidade de esquecer o passado, passaríamos todo o presente numa eterna busca por identidade, símbolos aonde nos encontrar. Porque apesar de o passado nao nos definir por completo, somos o que somos porque existimos antes, e essas experiencias nos formaram. Tá, tá...ficou meio freudiana demais essa explicaçao...e meio determinista, concordo. Mas tem um sentido sim... Nao dá pra entender ninguém sem entender o passado dessa criatura. Falta algo...

E falando em entender...eu ando meio cansada de tentar entender tudo. As pessoas, o mundo, eu mesma... Ontem bateu uma puta canseira de viver. Preguiça mesmo. E nao é falta de amigos, coisas pra fazer e com quem se divertir. Isso, baruch Hashem, tá sobrando. Argh! Tá faltando terapia na minha vida, deve ser isso...

Já que estou sem paciencia para tudo e todos - com exceçao quando o assunto é subir morros - e sem vontade de viver, creio que o melhor é aproveitar as férias para colocar a leitura em dia. Se bem que amanha tem um Bat Mitzvah que, óbvio, tou sem um pingo animo pra ir. Só de imaginar aquele tanto de gente feliz, cantando, dançando, sorrindo....aargh!! Gente de D-us, o que aconteceu comigo? Eu nunca fico de mau-humor assim, desse nível....  =/  ...será que passa? Toda mulher é bipolar. Só pode!

E bora ouvir roquinho...porque tem dia que nem Laura me entende. Só Nightwish...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Na Zona

Há tres semanas atrás eu estava no topo do mundo. Meus pais tinham acabado de me visitar e nos divertimos muito. O trabalho ia bem, faltava pouco para terminar o segundo semestre no IEI, e havia interesses amorosos se desenvolvendo. Hoje o cenário é outro. É como se minha vida de tres semanas atrás fosse uma daquelas bolinhas que vendem em loja de presente pra turista, que voce sacode e fica "neve" voando pela pequena redoma. Eu nem diria que a neve está voando, e sim que a bolinha caiu e quebrou.

A primeira peça a cair foi a mudança familiar. Meu avo, em 10 dias, caiu e morreu. Assim, meio de repente. Ao mesmo tempo veio o stress normal de fim de semestre, desta vez exacerbado pela situaçao anterior. Dois papers para escrever, sendo um deles o projeto de dissertaçao. Dois outros trabalhos chatos e uma prova, também chata. Tudo isso acontecendo e eu sem a mínima cabeça pra pensar na crise dos partidos políticos do Chile, no conflito com o Peru, na maldita soberania internacional ou mesmo em como eu vou conciliar a teoria de utilidade esperada com a teoria de prospecçao numa análise de conflitos internacionais. Honestamente, em alguns momentos nada disso importava.

O trabalho, que parecia uma peça firme, ontem "fez o favor" de cair. Por uma questao burocrática/técnica, nao podem renovar meu contrato. Nao quero ser eu a dar a notícia aos meus alunos que, também há 3 semanas, fizeram a proposta para que eu assinasse com a empresa para todo o ano que vem.

Fiz as provas, entreguei os trabalhos. Escrevi o projeto e acredito que tenha ficado bom. Tenho falado bastante com a família e mudei radicalmente de planos. O Reveillon, que seria celebrado em Buenos Aires, ao lado de tres amigos queridíssimos, ficou pra próxima e lá vou eu pra casa, passar tempo com a vovó. Certeza que o objetivo dela é me fazer engordar todos esses kilos que perdi nessas últimas semanas. Nao sei como exatamente, mas dizem que minha presença "em casa" será importante.

Ontem, antes de deitar e dormir, me dei uns minutos para observar o céu. A lua estava cheia, linda, iluminando de maneira singular a cidade. Me lembrei de Schopenhauer, que diz algo no sentido de que nossos problemas se tornam insignificantes quando vistos desde uma perspectiva cósmica. Ou seja, quanto mais alto voce sobe, menos importante a coisa fica. E aí tudo mais ou menos fez sentido...

Parte do processo de envelhecer é encarar as sucessivas zonas de desconforto nas quais nos metemos, querendo ou nao. Tenho a impressao de que quanto mais dessas zonas voce encara na vida, mais esperto fica. Estes espaços sao físicos, intelectuais e emocionais. Ha, lembrei da teoria dos tres tabuleiros de análise das relaçoes internacionais, hahaha...tres é um número tao cabalístico. Ok, focus! O fato é que, racionalizaçao dos infortúnios ou nao, senti que estes últimos dias foram, para mim, o equivalente a um empurrao, o que me jogou para longe da minha zona de conforto. Se tres semanas atrás eu estava on the top of the world, agora estou na porta de outro mundo, bem diferente do anterior, aonde me entendo no idioma, mas ainda nao sou fluente.

Hoje, após entregar o projeto de dissertaçao, decidi aproveitar o resto do dia num clima meio assim, de férias. Nessa onda de zona de desconforto, decidi subir o morro Santa Lucia, no centro da cidade. Estava lá por perto e sempre quis ver o castelinho que tem no topo, entao o momento pareceu certo. Esse negócio de subir morro tá viciando. Mas a lógica é simples. Subir um morro (desconhecido), andando ou de bicicleta, é a mesma coisa que enfretar novas situaçoes. Dá uma p*** preguiça, ainda mais se está super calor. Além da preguiça, pode acontecer de voce nao conhecer a trilha. E no final, lá no topo, com o sol torrando o que sobrou de cérebro, voce toma o último gole de água, e admite para si mesmo que a vida sem adrenalina nao tem graça.

Essa semana recebi um email que começava bem assim: "nossa, que vida agitada hein?". Sim, que vida agitada....ainda bem!

=)

domingo, 29 de novembro de 2009

Auto-superaçao


O dia amanheceu nublado. Uma porcaria. Eu, que já nao andava muito feliz, tentei manter o bom-humor. Banho quentinho de manha, café gostoso e estudo. Tratei de terminar um paper.

Mas brincar de Poliana nao adiantou muito. Me deu frio. Depois fome. Depois tristeza. Ninguém no MSN com quem eu quisesse conversar. Me senti a chatice em pessoa, junto com a tristeza que começou aumentar. No desespero por concentrar-me, apelei para métodos nao convencionais e há um ano esquecidos. E assim voltei pro computador.

Sabe quando as vezes aparece alguém pra salvar seu dia? Uma coisa assim, meio angelical. Aquela pessoa que te entende, sabe do que voce precisa, mesmo voce dizendo que nao. Hoje me apareceu Monsenhor A.

Depois de um tempo de convivencia e amizade, nos conhecemos mais ou menos bem.O filho da mae é psicólogo, daqueles que te observam e analisam o tempo todo. No começo dá nos nervos mas, se voce é uma pessoa que gosta de se conhecer cada vez mais, isso pode ser muito bom.

Monsenhor obviamente sacou que eu nao estava bem. Sentou no sofá, ouviu minha ladainha ...ficou calado quando eu nao queria falar. E ae me convidou pra sair. Fazer o que? Ir na feira, nada mais. E depois... bem, depois veio o desafio. Subir o morro San Cristóbal de bicicleta.

Ele me vinha enchendo com essa idéia há algum tempo. E eu fugindo, morrendo de preguiça e medo. Morro de medo de nao conseguir. Tá que sao apenas 300 metros....parece pouco. Mas o caminho é longo...e bem íngirme. Andando ja é difícil, imagina de bicicleta. Mas eu tava tao nem ai pra vida que topei a aventura. De shortinho - exibindo as coxas a la Roberto Carlos - e luvinha nas maos, pra proteger, lá fui eu.

A melhor parte desse tipo desafio é (re)descobrir que somos capazes de alcançar certos objetivos que antes pensávamos ser impossíveis. Eu realmente nao acreditava que teria forças para chegar no topo. Saí de casa pensando que se chegasse até a metade já tava bom. Mas pedalei duro... até o topo. Eu já sabia que nao gosto de perder, mas as vezes me esqueço que tenho essa força extra, que te faz superar a dor e a falta de ar. E por isso é tao importante ter pessoas ao nosso redor capazes de identificar quando precisamos deste estímulo, gente que sabe quando esquecemos quem somos e nos ajudam a lembrar.

Um mote con huesillo (bebida típica a base de suco de pessego) foi meu premio por conseguir. Isso e a vista linda que o morro tem, lá do alto. Lembrei de quem eu sou, do que sou capaz. Tudo graças a endorfina produzida por tanto esforço e o trabalho psicológico de Monsenhor.

E é isso...nada de novo para acrescentar. Só que de vez em quando é bom fazer algo que a gente tem certeza que nao vai conseguir....e aí consegue. Perfeito para fechar a gestalt dessa semana horrorosa que passou.

* Na foto, a vista do topo do morro.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Assustando o Chileno

Esses dias, num café, fazendo trabalho em grupo no qual continha um ex-ficante chileno, rolou a seguinte conversa:

Ex-ficante, LFM: Voce sabe dirigir? Tem habilitaçao?
Y: Sim.
LFM: E voce dirige no Brasil?
Y: Claro! Dirijo aqui também de vez em quando.
LFM: Ah é? Voce comprou carro?
Y: Nao... pego o carro do meu roomate.
LFM: Ah...pensei que alguém passava na tua casa e te levava pra passear.
Y: É, as vezes rola... (sorrisinho maroto)
LFM: E quem é ele? Eu conheço? (pagando de ciumento)
Y: E quem disse que é ELE?    (risadinha safada)
LFM:  ......   (cara de aaannnhhh???)


* Café espresso Juan Valdez: + torta: $ 0  (gratis, porque o outro colega insistiu em pagar).
* Zoar com a cara do Luis Felipe Morandé, distinto varao de uma poderosa família chilena: Nao tem preço!!! hahahaha

domingo, 22 de novembro de 2009

I Did It My Way

Depois de um fim de semana bem divertido chego de volta em casa. A missao é estudar, pois amanha tem prova final da matéria que eu menos gosto. Antes de armar a parafernália de textos e anotaçoes, abro o computador, vejo emails e chamo a família no Skype.


De vez em quando a vida atropela a gente. É normal, é cíclico. Em geral esses atropelamentos tem a ver com perdas. É uma relaçao que termina, um animal que morre...ou uma pessoa querida que se vai. Neste fim de tarde, ao falar com meu pai, ele me deu a notícia que eu já meio esperava. Disse simplesmente, "Ylana, seu avo já apresenta sinais de morte cerebral. Agora é questao de tempo".

Este avo, pai do meu pai, era o "seu"Adao, o avo com quem fui criada. Nao que eu nao amasse o "seu" Bruck, mas a diferença era óbvia. Enquanto eu via o "seu" Adao quase todos os dias, o "seu" Bruck (falecido há exatos 71 dias), eu via uma vez por ano e olha lá. E pra completar passei a vida ouvindo de toda a família o quanto eu era parecida com "seu" Adao. Minha mae nao cansava de dizer que eu era impaciente, respondona, ansiosa e ranzinza como ele. Também apontavam as covinhas que eram iguais, a brancura da pele, o gosto por viajar e a disposiçao por viver. Essas sao apenas algumas das características que eu dividia com ele.

Acho que eu deveria ter uns 12 ou 13 anos quando, ao me ensinar ingles, ele me disse: "Nao vai demorar nada pra voce falar muito melhor do que eu". Eu nao acreditei, mas segui estudando com o mesmo interesse até o dia que me dei conta que de fato eu já falava melhor do que ele. Mas meu vo era esperto. Me ensinou minhas primeiras palavras em italiano, espanhol e frances. Brigava sempre que minha avó lhe oferecia pao de ontem e falava, "de velho basta eu". Ele também sabia das minhas aprontaçoes pela vida. Reforçava sempre que eu deveria mesmo aproveitar, mas desde que andasse com gente igual ou melhor. Nao me criticou quando coloquei piercing e nao falou nada enquanto minha avó me dava bronca a respeito de uma pessoa com quem namorei. Ele ficava na dele, jogando palavra cruzada o dia inteiro. Ultimamente até fez conta de Skype e sempre me ligava. Inclusive essa é a última vez que o vi. Assim, pela webcam. Ele e minha avó, no sofá. Conversamos sobre quando eles viriam pra cá me visitar.

Em uma certa ocasiao fui com ele e minha avó num velório. Ele virou para a moça, filha do falecido e com a maior falta de noçao do mundo disse: "Isso é normal, querida. Os próximos somos nós". "Seu" Adao era assim mesmo. Sincero demais. Chegava a ser inconveniente. Nunca teve paciencia para o sofrimento alheio e tenho certeza de que se ele me visse chorando agora iria brigar.

O complicado de perdas desse tipo nao é para quem se vai, e sim para quem fica. Nao existe coisa mais incomoda do que ter que lidar com sofrimento dos outros quando voce já está sofrendo. Está decidido que nao vou pra casa, para enterro nem funeral. Nao vejo sentido. Mas a família está carente. E agora, o que faço? Cancelo os planos que tinha para o ano novo, peço que me substituam no trabalho e vazo para Goiania? Certeza que ele seria contra isso, haha.... se bem que lembro de quando eu morava em Montreal e ele pagou minha passagem para que eu pudesse passar o Natal e Ano Novo em casa. Muito cliché dizer isso, mas sao tantas lembranças...

Ontem, durante a festa do casamento que fui, tocaram MY WAY, do Frank Sinatra e isso me fez lembrar de "seu" Adao. Ele quem me ensinou a gostar dessas músicas "de velho". Adorava Ray Coniff e Frank Sinatra. Essa música, My Way, é a cara dele e foi super propícia para o momento. E assim termino o post, com as letras da cançao que, imagino eu, descrevem mais ou menos bem o senhor Adao Rodrigues.

I've lived a life that's full -
I've travelled each and every highway.
And more, much more than this,
I did it my way.



* A foto, que nao é a melhor, tiramos neste último Reveillon, que passamos juntos lá em Goiania. Ele, eu e Dona Ana (vovó).

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Enigma

Saca só as instruçoes que recebi por email. Tudo isso pra tomar um cafezinho...


"Pues, perfecto entonces.... a las 15.45 en la estacion de Republica! No tengo ni idea cual salida es preferible, (nunca he estado alli) asi que nos encontraremos afuera de la salida con menos letras de todas. Si hay dos salidas con la misma cantidad de letras, pues la salida que viene primero en el analfabeto :-) Si son dos otra vez, pues, entonces es la misma salida, asi que te has dado la vuelta y ya eres "confused". Si de verdad hay dos salidas del mismo nombre, nos encontramos en la salida con escaleras mecanicas. Si los dos tienen, la salida con la escalera mas larga. si son iguales, digamos la a donde va toda la gente...pero en todo caso afuera de la estacion...Demasiado germanico?

besitos!"


Quem conseguir descobrir qual é a maldita saída, por favor me avise!

Simple But True

Uma simples frase que resume a onda dos últimos dias:


"When it rains, it pours"...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sobre Irritaçoes

Sou uma pessoa facilmente irritável - irritante também, diriam alguns. Frequentemente coisas das mais mínimas "me tienen pa el pico" (me deixam P***). O fato é que praticamente todos os dias me irrito com algo ou alguém e eu gostaria muito de poder controlar essa situaçao e me sentir menos desse jeito, porque ficar irritada também me irrita!

Hoje por exemplo. Chego em casa depois de trabalho - umas 10 e pouco da manha - e o Sr. Marido está tomando banho no meu banheiro. Haaaaa....começou! Já reclamei disso aqui antes, mas nao fica velho. Odeio que invadam meu espaço sem minha permissao. O pior é que ele sabe que eu grilo, mas nao tá nem ae. Fico puta porque já que quer tomar banho ae, entao que levante mais cedo e faça isso antes de eu chegar! Simples! Assim ninguém se estressa.

Outro exemplo, minha mae. Mom and Dad estiveram de visita aqui em casa recentemente e devo dizer que apesar de todo amor do mundo que tenho por eles, os dois sabem me irritar como ninguém! Moms, que nao nega a raça em certas ocasioes, é mestre em me criticar. Um diálodo recente:

M: Ylana, e essa bucha redonda de lavar louça? Isso nao presta, compra outra quadrada!
Y: Mae, bucha é bucha! Tanto faz se é quadrada ou redonda.
M: Tanto faz nada. Olha isso, que horrível!
Y: Deixa aí que eu lavo, já que a bucha te incomoda tanto!

Tem também a dose dupla, Mom + Dad.

M: Entao voce vai passar o ano novo na Argentina com aqueles seus amigos gays?
Y: Sim. Depois quero ir direto pro Rio e ficar uns dias lá.
M: Isso vai sair caro, hein!?
Y: Nao se preocupe, nao vai sair um centavo do seu bolso.
M: É bom mesmo, porque nao vou financiar farra nem safadagem sua!
Y: Dá pra gente mudar de assunto já que a despesa nao é sua?
D: Ylana, respeita sua mae.
Y: muda, olhando fixa para a tela do computador e abstraindo...
D (rindo): Filha, porque voce é assim custosa? Por que nao arruma um namorado, casa e tem filhos?
Y: Vou fingir que nao ouvi.

Continuando com exemplos irritáveis, temos Marido (de novo!), tentando disfarçar que nao morre de ciúmes do fato de que Monsenhor Ariel me deu nao só permissao, como total liberdade para usar seu carro quando eu quiser. Entramos no carro sexta a tarde e...

MaRido: Ai meu Deus, eu nem tenho seguro de vida e acho que esse cinto de segurança nao vai bastar.
Y: fazendo a linha "to nem ae", calada...
MaRido: É sério! Alguém ae atrás tem alguma corda pra eu me amarrar aqui? To com medo de morrer.
Y: Mais uma piadinha idiota e eu te faço voltar desse supermercado engatinhando com uma maça na boca! (olhada de morte).

Mas acho que a irritaçao campea dessa semana foi a maldita cera de depilar. Pra essa nao tem diálogo, só monólogo da minha pessoa xingando coisas feias - que nao falaria aqui, tampouco perto de outros humanos, hehe. Auto depilaçao nao é de D-us, nunca foi nem será. É uma atividade para pessoas muito fortes, masoquistas ou simplesmente insanas (com um viés preguiçoso) - Yo. Só digo que o pior nem é a falta juízo de se meter a fazer uma coisa dessas, se auto depilar, e sim fazer a coisa malfeita, pelas metades por falta de cera. Maldito dia que passei na frente da farmácia e nao lembrei de comprar essa m****.

________________________

Milhoes de outras coisinhas me irritam. Coloquei mesmo só algumas recentes que me lembrei.

Enquanto isso, entre um e outro evento irritável, a vida continua. As aulas sao dadas e os papers pedem para ser escritos. A roupa limpa acumula no quarto pedindo para ser passada. E eu? Continuo nessa onda de dormir menos e produzir mais - intelectualmente. A cabeça parece caldeirao de bruxa fervendo, de tanta idéia. Ao mesmo tempo a falta de paciencia está no mais alto dos níveis por esses dias, mas a proximidade do fim do ano me consola. E ae será só alegria...os livros serao lidos, as horas serao dormidas...

Chega!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Piada de Nerd (muito Nerd!)

Dona Y, durante uma palestra sem graça, passa o seguinte bilhete para o "marido".

Pergunta: Aonde fica o Bundestag?
A. Berlin
B. Frankfurt
C. No Carnaval do Rio de Janeiro, por toda a parte...


Marido responde: kkkkkkkk...voce nao vale nada!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

E Daí?

Céu baixo. Nuvens que cobre a cidade e fazem as montanhas de mais de 5 mil metros desaparecerem completamente. A temperatura abaixa.

Obrigaçoes que sao cumpridas. O caso de direito é discutido numa infinita linha de emails trocados por todos dos grupo. O paper é escrito. O artigo devidamente exposto e criticado, assim como pediu o professor. A teoria é revisada.

Sangue na boca, gosto de ferro, argh! Suor que escorre pelo corpo....

De volta ao computador, e mais uma vez eu entro "na fila de espera"*. Monsenhor chega em casa mais cedo.

Sorrisos, propostas, grana, planos. O suor secou.

Rum com coca, nao sao nem 5 da tarde e eu tenho aula daqui um pouco.


E daí?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"Quem é o gostosao daqui?...."


"....sou eu, sou eu, sou eu!!"...assim fala a maldita musiquinha na minha cabeça. Nesstes últimos dias este apartamento tem sido marcado por uma onda de música sertaneja, forró e outras coisas "menos piores" mas bem locais. Locais do planalto central do Brasil, leia-se Goiaaaiis. Das melhores e mais famosas duplas sertanejas, as mais podres. Das letras mais romanticas e poéticas, as mais nojentas. Dos cantores mais bonitos, aos mais feios. Nessa onda que começou de zueira no último sábado, tem provocado efeitos.

Caros leitores, saibam voces que nao há coisa mais certa do que uma música sertaneja/forró. Ao contrário da fama de "música de corno", as sertanejas atuais falam de tudo. Amor romantiquinho, amor desgraçado, fila andando (nao a do supermercado, duh!), sexo (muito!) e outros assuntos mais. O "bom" desse estilo é que nao exige muito da cabeça. Na segunda estrofe da música voce, por pura intuiçao, já sabe as outras notas e começa a cantarolar. Ao fim da mesma música a letra já entrou na sua cabeça. Se tocar uma segunda vez voce cantará como se tivesse escutado o negócio desde o berço! Nem compara com uma Fleurs du Mal (que eu amo) da Sarah, que além de quase impossível de cantar para uma contralto como eu, nao é exatamente o tipo de coisa que dá pra sair por ae cantarolando. Por exemplo, hoje passei a tarde cantando com o "marido". Computador ligado no som, baixo ligado na caixa e cifras. Musiquinhas com direito a segunda voz e duetos. Uma delícia....belo jeito de matar o tempo e nao estudar pra aula de Direito Internacional. Convençao do Mar de 1982? E eu com isso? hahahaha...

Obviamente nao estou aqui anunciando minha saída do closet (ui) e renegando minha vida passada de música clássica, Laura, Sarah e Nickelback - entre outros. Realmente nao sei que tá passando comigo...um bom humor sem motivo, sorrisos fáceis e sensaçao de que o coraçao de gelo pode ser derretido. Bom, né? hehehe...Será que é excesso de tequila e pisco no sangue? Oops!  =P

É issae...fica a sugestao da música Sonhos da Valéria Costa cantora Pop Goiana. Nao, ela nao é sertaneja, mas se nao me engano é do babado, igual a Nila (Branco), hahahaha...e daí né? Preferencias sexuais a parte, termino o post com um pedaço dessa cançao, que cantei umas várias vezes hoje, com um sorrisao na cara.

"Eu vejo cores, eu vejo flores.
É o que vejo dentro de mim.
Eu tenho sonhos e não escondo
O que sinto dentro de mim"



P.S. Ah, thanx to Dona Ice, do No News At All, por me apresentar outras baladinhas hiper fofas esses dias.

P.S.2. Na foto: Marido, Thiago, Eu - na última sexta a noite. Eu sei, imagem nada a ver...mas pow, tá nós dois com cara de "goiano na boate"...tudo a ver com sertanejo! hahaha

P.S.3. Esse negócio de ver cores e flores, hahaha...ficou parecendo papo de quem tomou chá de cogumelo! kkkkkk

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aooo Diazinho!

Saio de casa e começo a caminhar rumo ao trabalho. Cinco passos ou menos e a calça começa a cair. A blusa levanta. O fone de ouvido cai enquanto eu tentava ajustar a calça. Fecho a jaqueta na esperança de esquecer da droga da blusa que nao desiste de levantar e deixar a mostra as banhinhas brancas. Finalmente, quando acho que controlei a situaçao, vejo que a jaqueta fechada me deixou com aspecto de gorda. Tudo isso ao som de Devil Wouldn't Recognize You da MaNdonna. Abro a jaqueta e decido que lutar contra a blusa é melhor do que passar de gorducha. Já bastam as banhas que existem, nao preciso de nada aumentando o fato.

Fleurs du Mal começa a tocar e logo chego ao trabalho, pensando que o incomodo todo passou. Grande engano! O elevador demora a chegar e fica cheio. Estou convencida de que tou desenvolvendo claustrofobia, porque ODEIO elevador lotado, com pessoas invadindo meu espaço pessoal (vital)! Escapo no 11 andar e a secretária do meu aluno já me avisa que ele está doente e ligou avisando que nao iria trabalhar. Fico feliz, mas logo me lembro que a saga calça caindo + blusa subindo + pedreiro "elogiando" vai começar de novo.

Chego em casa, e pensando que agora sim, finalmente as coisas se estabilizaram....NAO!!! Meu banheiro está ocupado. Por quem??? Marido, que disse que levantou com frio e precisava tomar banho. Seguro a vontade de perguntar, "o seu banheiro nao tem chuveiro?". Mas acho que pela minha cara ele entendeu.

Aaaahhh!! O que será que esse dia ainda me reserva? Tudo isso e nao sao nem 10 da manha ainda.... =/

domingo, 18 de outubro de 2009

Fleurs du Mal

Por onde eu começo? Pelo óbvio, digamos. Ou seja, pelo show da Sarah.

Nesta último sexta fui ao show da Sarah Brightman. Como era de se esperar, foi MA-RA-VI-LHO-SO! Sarinha me fez arrepiar tudo o que era possível de ser arrepiado. Fiquei louca. Claro que num show desse nível a platéia era composta de tiozaos e tiazonas (40 +), casais gays (cada bee fofa) e eu, perdida por lá, com cara de criança em manha de natal.

Sarinha abriu o show com a música Fleurs du Mal, do novo CD Symphony que, confesso, fiquei conhecendo só a semana passada quando "me preparava" para o evento de sexta. Symphony foi lançado ano passado, quando eu vivia outra dimensao e me desliguei de muita coisa que eu gostava, inclusive este gosto musical particular, clássico-pop, se é que podemos chamar assim. A música Fleurs do Mal (flores do mal - referencia a poesia de Baudelaire), a primeira do repertório, tem elementos góticos fortíssimos. Orgao de tubos, guitarras, bateria forte, violinos, essas coisas... As outras músicas foram apresentadas com o mesmo zelo e qualidade. A voz de Sarah foi perfeita. Nao errou em nada. Cantou como o anjo da música (angel of music) que é, fazendo o público levantar-se várias vezes para aplaudi-la.

Logo depois da fase adolescente-maluca-fan de Laura, entrei na fase Sarah Brightman, quando "voltei as origens" de criança que só ouviu música clássica até os 11/12 anos de idade. Amo o jeito que a Sarah consegue misturar os estilos classico-pop-rock. Ela nao tem limites. Faz o que quer com a voz e nao tem medo de experimentar. Adooooro!

Laura Pausini e Sarah Brightman sao dois amores para mim. A primeiro, puramente passional. A segunda, racional. Ambos uma delícia. Por isso em cada um desses shows entrei num estado de puro extase. Curti ao máximo, vivi cada nota. E agora é só esperar a próxima oportunidade.

O resto do fim de semana foi bem tranquilo. Nao faltou o que fazer. Aproveitei parte do domingo vendo filme cult de graça e depois bater papo com minha nova amiga projetista (do cinema, hehe), Dona M. Ela me mostou como se coloca o filme (de 35mm) na máquina, como liga, e explicou tudo. Nem grilou com os 2 milhoes de perguntas que eu fiz. Ainda pediu pro colega ir e comprar coca pra gente. Uma graça, nao? Adoro bastidores!...

É isso ae... lhes deixo com o link para ver Fleurs du Mal e Symphony. Vale a pena. Veja AQUI.

P.S. Parte da letra que eu apaixonei: 
Les fleurs du mal unfold
Comme les fleurs du mal
Dark demons of my soul
Un amour fatal
Been tryin' hard to fight
Comme les fleurs du mal
Les fleurs du mal inside
Un amour fatal

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pensamentos de Fim de Tarde

Gosto de prestígio na boca, série policial na TVe reflexo do sol batendo na montanha. Cheguei do cinema morrendo de fome e detonei com o resto de beringela ao sugo que fiz pro almoço. O filme? The Brothers Bloom, que eu, honestamente, esperava mais. Nao é que seja ruim. Só nao é tao bom quanto eu queria que fosse. A Rachel (Weisz) está linda, arrasante como sempre. Sua atuaçao foi muito boa. Papel interessante, que de fato exigia alguém de qualidade. Mas nao gostei do final da história. Achei bobinho.

No caminho de volta para casa me peguei com pensamentos de velha amargurada. Ontem vi dois filmes (brasileiros) e num dele saí implicada com o final. Por que? Porque é feliz! Ae começa a auto análise: Por que eu prefiro finais tristes? Falta de ilusao da vida? Falta de esperança? Amargura interna? Hmmm...duvido que seja esta última possibilidade. E ainda para completar a onda rabugenta, me irritei profundamente com as pessoas lerdas e descuidadas do shopping. Por que as criaturas pensam que só porque estao no shopping "passeando" podem agir como vacas que pastam tranquilas? Nao prestam atençao em nada, sao todos devagar demais. Justamente como vacas. Nada melhor para me deixar com vontade sair que nem louca, gritando SAI DA FRENTE, BANDO DE IDIOTA!!!! Quer dizer, seria algo mais do tipo, VETE DE AHÍ, WEONES!!!... (versao chilena da coisa).

O fim de tarde me trouxe a lembrança que o feriado também se acabou. Que pena! Só nao lamento mais porque aproveitei bem o tempo, mesmo nao tendo viajado, como queria. Estudei horrores ontem e hoje, li tudo o que era necessário. Assisti vários filmes, encontrei amigos, saí pra dançar e me senti poderosa. Ui!... I have my days...

E agora é isso...sentar na cama, assistir reprise de House e, como a morte, aguardar pacientemente a hora de dormir para começar outra semana amanha.

P.S. Estou tao rabugenta quanto o House...mas nao tao genial.  =/   ...a vida nunca é completa, huh?

sábado, 10 de outubro de 2009

Nova Cara

Pronto! Essa é a nova cara desse blog! Viva!

Passei um bom tempo procurando um template que me agradasse, chamasse atençao. Quase mudei tudo e coloquei um visual de gatinho, com bichanos por todo canto. Mas ae pensei melhor e lembrei que tenho uma reputaçao(?) a zelar.

A cor laranja foi mantida. Nao sei porque, mas adoro essa cor. Estranho, porque há alguns meses entrei numa era lilás...vai entender.

Ainda nao aprendi a mexer muito bem neste novo modelo. Por exemplo no Menu acima aonde tem as opçoes HOME, BLOG, FORUM, ABOUT e nao sei mais o que, nao sei como mexer nesse negócio. Futriquei de todo jeito pra ver se conseguia colocar as devidas informaçoes nas devidas opçoes, mas nao. Nenhum sucesso até agora.

Enfim, é isso. Sem grandes novidade para contar. Passei o sabadao em casa mesmo, dormindo um pouco, falando no MSN - coisa que há tempos nao fazia! - e depois cumprindo com minhas obrigaçoes de marida - ir ao supermercado. Quase me descontrolei e fiquei a ponto de gritar com o marido enquanto fazíamos compras. Mas o superego - ativo quando nao estou bebada - nao deixou, e eu só alterei a voz mesmo. Nao quero estragar meu clima gostoso de fim de semana que começou com jantar e balada gostosa na sexta, sábado relaxante e deverá contar com um domingo nerd.

Beijos, me liguem... (fazia tempo que nao me despedia assim, haha!)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Porque Faz Bem - de vez em quando

Nada de tao interessante pra contar. Quem le meu twitter sabe muito bem q minha vida se resume em dar minhas aulinhas todos os dias, definir o cardápio do dia (de acordo com minha disposiçao pra esquentar a barriga no fogao) e ir as aulas (do mestrado). Cada dia na sua rotina, com seus horários, suas expectativas. Tudo permeado pelas irritaçoes - provocadas por pedestres idiotas/lentos e pessoas folgadas que eu pareço atrair!

Nestas últimas semanas andei me perguntando se meu coraçao havia congelado de vez. Há tempos nao me sinto atraída por ninguem. Como eu expliquei pro Monsenhor, "nem homem, nem mulher, nem cachorro". Uma das partes mais legais do meu dia é quando estou voltando pra casa, a noite, e passo no mercadinho ali debaixo aonde o gato da dona está sempre marcando presença. Adoro aquele gato. Todo poderoso, imponente, sendo alisado pelos fregueses da tia e do tio do mercadinho. Pensando nisso comecei até me aceitar assim, nessa versao fria e desinteressada.

Hoje o dia foi um pouquinho diferente. Aula-almoço com uns alunos, palestra com professor importante - que inclusive dá cursos na Corte Internacional em Haia, pira!? Logo depois me dirigi ao Centro Cultura La Moneda, para ver A CASA DE ALICE. Tá rolando a III Semana de Cine Brasileno por aqui, e fui prestigiar a abertura. O filme me fez chorar. E nao foi pouco. Chorei horrores! A teoria do coraçao gelado se foi lágrima abaixo.

Sem enrolar muito, só devo dizer que foi bom. Chorar, de vez em quando, faz bem. Libera tensao. E no meu caso, me lembrou que eu também sou humana. Saí da sala de cinema tao feliz que dei um abraço na Carla Ribas, a atriz, que estava presente. Me senti compelida a agradecer pela experiencia. Fiquei tao tocada pela história - de uma personagem em particular - que mesmo depois, indo pra casa, o Sr. A (vulgo, marido), nao podia me lembrar de algumas cenas que eu chorava. Em pleno metro! Começou a ficar constrangera a situaçao.

A trama nao tem absolutamente nada a ver com nada da minha vida. Mas a interpretaçao e os sentimentos do filme sao muito fortes e complexos. A liçao que eu tirei do filme é que cada um tem que enfrentar seu próprio inferno sozinho. Fugir nunca vai resolver nada. Como eu disse nesse blog numa ocasiao anterior, running away will never make you free. .

Só sei que vou dormir até mais leve hoje.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Io Canto

Sim, ontem foi o tal show da Laura Pausini que eu vinha falando há tempos. Esses dias me dei conta que participar deste evento (ir num show dela) era uma das coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer. Ou seja, um item a menos na lista!! =D


O show foi lindo, maravilhoso, ótimo, fantástico, amazing!. E olha que eu estava meio que tentando manter meu nível de expectativa bem baixo. Falei pra mim mesma que ela seria estrelinha e chata, que nao cantaria bem ao vivo e que tudo seria uma grande decepçao. Mesmo assim paguei 40,000 pesos (uns 150 reais) pra ficar perto do palco. Mais especificamente, do lado da mesa de som. E valeu cada centavo!

Fui sozinha, como já sabia. Adorei a experiencia. É claro que é legal dividir uns momentos asism com alguém, mas tipo...eu sou fan...muito fan...e gente que é muito fan, quando vai em show, grita, descabela, canta todas as músicas, essas coisas. Imagino que se tivesse ido com alguém que nao sentisse o mesmo, eu teria me reprimido um pouco. Por isso ter ido sozinha foi perfeito. Subi na cadeira, gritei, cantei, descabelei. Só nao chorei, hehehe....

Conheci o Sr. Pai da Pausini, o Fabrizio. Assim que achei meu lugarzinho, do lado da mesa de som e camera e tal, vi que tinha um senhor de cabelos brancos que me pareceu familiar. Fiquei observando e matutando se era ele mesmo, até que levantei e fui lá perguntar. E era! Conversamos um pouco. Pedi pra ele mandar um recado pra filha de que eu havia esperado 13 anos para ver esse show e que tava muito feliz. Simples. Ele perguntou de onde eu era, e esses blah blah blahs de sempre...o Sr. Pausini foi super gentil e até foto tiramos!

O show começou praticamente na hora. Só 15 minutos de atraso - ela entrou no palco era umas 9.15pm. O ambiente super familia, ninguém fumando nem bebendo. Adorei chegar em casa e minha roupa e cabelo ainda prestarem. Tinham gente de todas as idades também. Os efeitos especiais, vídeos, teloes, etc foram na medida certa. Modernos, mas nada pirotécnicos, que saísse do estilo. Laura cantou umas músicas "temáticas". Uma com mensagem ecológica, outras que tinham a ver com exorcismo de demonios (internos). Cantou também uma música chilena típica, que fez a galera bem feliz. Terminou o show, voltou pro bis. Saiu do bis e povo (eu incluída) continuava gritando. Até que ela apareceu novamente e conversou um pouco com a platéia. Agradeceu milhoes de vezes aos fans e pediu que a platéia cantasse para ela algo típico do país. E eu fiquei caladinha enquanto o povo cantava "Si te vas a Chile"....

Li uma reportagem que ela nao ganhou nada pelo show. Claro que nao fez caridade. O que passou foi que o que ofereceram pelo evento dava pra cobrir só as despesas básicas - logística, músicos, essas coisas. Ela mesmo nao cobrou cache. A notícia foi confirmada pelos próprios produtores. A resposta de Laura a isso? Simplesmente disse que está num ponto da carreira aonde nao tem mais problemas financeiros e pode cantar só pra se divertir. Achei legal...

Ontem tive um insight. Todo fan sente uma certa "conexao" com o "ídolo" e isso se dá pela identificaçao da mensagem das músicas com algum estado emocional de quem ouve. Imagina quantas pessoas nao ouvem a mesma música e tem o feeling de que a letra foi "escrita pra mim"? Essas pessoas que movem multidoes parecem ter um poder incrível. Fiquei impressionada pensando em como deve ser entrar num palco e ver arenas lotadas de pessoas te "adorando". Eu nao teria coragem...morro de vergonha!

Enfim...desnecessário dizer o quanto me diverti. Bateu uma tristezinha no fim do show... Depois dessa turne Laura vai tirar um break de 2 anos, ou seja, quando será que poderei ve-la ao vivo de novo? E digo ao vivo, nao no DVD, hehehe....Mas nao importa. Como eu disse no começo do post, uma coisa a menos pra eu fazer antes de morrer. Acho que a próxima agora é ir pra ilha de Páscua....ou dirgir um carro de Fórmula 1?....Ou me preparar para o show da Sarah Brightman, dia 16 desses mes... =D

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Notícias Que Fazem Meu Dia


To a toa, lendo o Uol, quando vejo: "Rachel Weisz quer ser um ícone lésbico". Arrasou, Rachel! Uma pesquisa realizada pelo tablóide ingles The Sun, revelou que esta nossa colega(!) é a atriz mais desejada pelas lésbicas. Aqui a notícia:

Apesar de nao me identificar como lésbica, eu também voto na Rachel. Sou fan dessa mulher há mais de 10 anos - desde que assisti o filme Reaçao em Cadeia. Depois de ver as 2 Múmias, apaixonei geral e agora faço questao de ver todos os filmes em que ela está. Nao sei o que é...o olhar pacífico, a cor maravilhosa desses olhos, os dentes da frente levemente tortos? Talvez seja o ar de girl next door, realmente nao sei. Ai, ai (suspiros). Além de qualquer atributo de beleza física, Dona Rachel é uma ótima atriz (eu acho, né!) e inteligente. A doninha fala alemao (mae austríaca) e é formada em Cambridge (nao lembro em que!). Detalhe: seu pai é judeu, e apesar de isso nao fazer dela mais uma de "nós", ela foi educada nesta filosofia.
Tá, chega. Quem quiser saber mais é só dar um Google.

Ah, antes de ir...uma vez conheci uma menina que se achava parecida com a Rachel. Pra fazer a criatura feliz eu até disse que concordava. Hahahaha (gargalhada)....a Rachel é única, meu bem.

Bateu aquela vontade de ver A Múmia....


=D



P.S. Ah, consegui fazer umas 17 horas de jejum para o Yom Kippur. Tá bom, né? Pow, foi minha estréia. Dae, pra terminar bem, cheguei em casa e me acabei num prato de arroz (requentado!), ovo frito e pedaços de queijo. Tava tao, tao, tao gostoso que nao dá nem pra explicar...

domingo, 27 de setembro de 2009

Yom Kippur - O Dia do Perdao

"O Dia do Perdão, o mais santo do calendário judaico, é também chamado de Dia do Arrependimento. Marcado por jejum e preces, é o dia de pedir perdão ao próximo e a D'us. O destino de cada um é selado neste dia". (Fonte: http://www.chabad.org.br/datas/index.html). 


De hoje a noite até amanha é o Yom Kippur. Como explicado acima, é o dia de se arrepender. Minha amiga M. Cohen explicou assim: "Sabe como os católicos tem que se confessar toda semana? Entao, a gente passa 10 dias depois do Rosh Hashaná fazendo a lista dos pecados, e chega no Yom Kippur fazemos o jejum de 24 horas e nos arrependemos". Srta. Cohen arrasou na explicaçao. Ficar 24 horas sem comer deve fazer qualquer pessoa pensar nos erros cometidos e provocar bastante arrependimento. 


Eu sempre achei essas coisas uma "canseira só". Nunca jejuei. Pra nada. De fato, sou contra o jejum. Adoro comer. Mas confesso que esse ano estou pensando em aderir a idéia. Tá que eu ainda vou trabalhar e tal e nem sei se vai dar pra ir na sinagoga amanha (fui hoje pelo menos!), mas...vou tentar me abster de alimentos e pensar nos meus pecados. O duro é que ando me achando bem santinha. Ainda bem que as preces dessa data incluem os pecados intencionais e os nao intencionais. Hmmm.... Ah, de acordo com a tradiçao, deve-se pedir perdao para alguém que voce sabe que machucou.


Interessante o Yom Kippur cair bem nesse finalzinho de fim de semana. Sexta-feira/sábado tarde da noite/de madrugada, passei um tempao no telefone com Dona S. Conversamos sobre algumas coisas do passado. Esclarecemos histórias cabeludas. Creio que chegamos muito perto de entender o que passou de verdade, já que antes havia uma personagem interlocutora que transformava os fatos em mentiras, das mais bizarras. Nosso papo rendeu, e dormi muito bem depois.


Sábado foi gostoso também. Passei um bom tempo lendo sobre o arrependimento e tal, mas a tarde me juntei com Jess e mais uma galera na Parada Gay. Ou melhor, aqui em Santiago nao tem isso...aqui tem "Marcha de la Diversidad Sexual", hahaha... Minha primeira vez apoiando minhas queridas amigas beeshas y sapas, assim, tao publicamente. Me diverti horrores, cantando, pulando e literalmente levantado a badeira do Arco-Íris (comprei uma pequenininha, hehe)...Encontrei amigos, conheci mais gente. E terminei comendo chorrillana num bistro super lindinho.


O domingo chuvoso foi de reflexao também. Grilada pela falta de açao do meu grupo de estudo, liguei pra Jess e fomos comer pizza. Comemos muito. Falamos também. Contamos piadas...e causos da vida. Passado de novo. Burradas. A velha pergunta, "como eu fiz isso um dia?"....arrependimento. Acabei o dia na sinagoga, cumprindo o dever religioso.


Será que vou conseguir passar todo esse tempo sem comer? Provavelmente nao. Mas o importante é que vou tirar essas próximas horas para pensar nas pessoas a quem devo desculpas sinceras. Uma já me vem a mente. E como eu gostaria de lhe escrever um email e pedir perdao! Confesso que nao tenho coragem. Duvido que ele me perdoe um dia. Honestamente, nem sei se ele deveria. Fui a pior amiga que poderia ter sido, sacaneei, traí sua confiança da pior maneira possível. Ah, mas eu me arrependo...como me arrependo! Esse ano ainda nao tenho coragem de lhe escrever....vai ficar no pensamento, no inconsciente coletivo. Quem sabe ano que vem...



Bom Yom Tov!

sábado, 26 de setembro de 2009

Rápida

Só pra desejar um Shabat Shalom a todos. Sei que poderia fazer isso por twitter, mas como to querendo mudar a cara do blog, deixei pra adicionar o feed do tal microblog quando eu fizer a reforma por aqui. Ah, descobri o Woofer hoje, o anti-twitter. Hilário!..

É isso... Shabat Shalom! Porque sábado é dia de descansar, já dizia Deus há muito tempo atrás, hehehehe...  =P

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Life at Home"

Hoje, durante o intervalo da aula, Sr. P (amigao!) me perguntou: "so, how's your life at home?". E sabe quando bate aquela vontade de contar tudo o que te incomoda e porque, e falar mal de quem voce vive? Pois é, segurei tudo isso e só falei que ando rezando por mais paciencia. Sr. P também é colega do Sr. Marido (de quem estou precisando falar) e, mesmo sendo mais amigo meu, prefiro nao fazer fofoquinha a toa. Ai, que saudade da terapia!

Niezstche, meu mestre, em certa ocasiao disse:  "Odeio quem me rouba a solidao e nao me oferece verdadeira companhia". Entao, mestre...concordo com voce. Oh, meu padim Ciço, (mode nordestina/on). Quem me conhece um pouco sabe o quanto AMO ficar sozinha. Sou feliz em ficar na minha. Mas é claro, a vida nos oferece surpresas, junto com provaçoes. Há mais ou menos um mes e meio, o antigamente conhecido como Sr. A se tornou o Sr. Marido. Havia um quarto desocupado aqui, entao Sr. A/Marido mudou pro apartamento onde moro e passamos a dividir nossa vida. Além de estudarmos juntos, passamos a fazer compras juntos, ir ao shopping para comer, pegar o onibus e o metro, conversar o tempo todo...sempre juntos. É claro que eu sabia que a lua-de-mel tinha data de validade, mas esperava que terminasse sem animosidade.

Há algumas semanas tenho percebido que ele está competindo comigo. Na verdade foi Monsenhor - psicólogo experiente - que me confirmou esta impressao. Monsenhor me disse que Sr. Marido, com problemas de segurança em alguns aspectos chave da vida, inconscientemente se coloca como meu rival. De fato, tudo fez sentido. Todas as discussoes idiotas, as respostas defensivas, as provocaçoes. Argh!

Pensei/tenho pensado como resolver o problema. Bem que eu queria simplesmente chegar e falar mais ou menos assim: "Entao, meu bem... sua insegurança no campo amoroso e profissional, somados a sua imaturidade, estao causando problemas. Para satisfazer seu ego voce me ataca, me provoca...e eu, por mais que tente abstrair e relevar, eventualmente respondo as provocaçoes...e isso nao faz bem para a nossa relaçao. Nao gosto de brigar. E também nao quero me sentir mal porque estou indo bem no trabalho e tiro notas mais altas que voce. Nao me acho melhor que a sua pessoa, sempre estive e ainda estou disposta a te ajudar a se desenvolver". Ah!! Meu sonho era conseguir fazer isso, colocar as cartas na mesa, abrir o jogo de um jeito honesto e maduro. No entanto, conhecendo a peça, sei que nao chego nem na metade desse discurso ensaiado. Em menos de 10 segundos eu receberia uma resposta defensiva e agressiva ao mesmo tempo, que provavelmente me deixaria *puta* com a situaçao, a ponto de sair do recinto. Igual quando ele começou a discussao idiota sobre Israel X Palestina.

Alguém atira em mim, por favor...agora! Antes que eu comece a contar as coisas que quero contar...tipo como ele manifestou com o olhar a raiva que sentiu ao ver que tirei nota mais alta na prova de Direito Internacional II mesmo tendo estudando bem menos. Tá, eu sei que é difícil ficar feliz pelos outros porque somos humanos e egoístas por natureza...mas pow, como "esposa" a coisas deveriam diferentes, nao? E eu pensando que a amizade deveria superar certas barreiras da vida....

Ai, ai, ai...já que nao faço mais terapia (ooo saudade) e tenho vergonha de encher o saco dos amigos com essas questoes - e também porque tentei incluir a criatura no meu circulo de amizades, ou seja, meus amigos o conhecem - fico eu aqui, reclamando publicamente, no Blog. Coisa mais loser de fazer... =/   ... (mode auto-piedade/OFF)...O pior de tudo é que eu tenho por princípio publicar tudo o que escrevo.

Pra terminar...aceito conselhos sobre como resolver isso. Dona S, sempre paciente e sábia, já me deu uns toques importantes. Mas creio que preciso de mais ajuda!  =/

domingo, 20 de setembro de 2009

Presa no/do Tempo

A semana que passou foi bem interessante. Nesta útlima sexta-feira o Chile comemorou sua independencia. E aqui o pessoal leva essa coisa de independencia a sério. Tem um monte de Fondas, que sao festinhas públicas (tipo feirinhas), com comidas típicas, gente dançando aquelas dancinhas chatas (e típicas), banquinhas vendendo artesenato, essas coisas. Além disso, a semana do tal feriado parece com Semana Santa, no sentido que todo mundo entra num clima de lerdeza sem precedentes. Até os professores, hehe. Bom pra mim. Isso significa que desde quinta estou sem fazer nada. Nada assim, de trabalho ou estudo pelo menos.

Aproveitei esses dias pra ir pra casa da Jess e ver filme, discutir sobre a condiçao de ser mulher, andar pelas partes da cidade que nao conheço muito bem (tipo o Centro!), esbarrar numa festa pátria na frente do Palácio La Moneda e ficar lá, gritando Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile e coisas do tipo. Também fizemos um churrasco no terraço - com direito a arroz e salada bem brasileira - e depois saí correndo pra comemorar o Rosh Hashaná (ano novo judaico). Festa sem parar. Chega domingo e eu preciso ficar em casa, em cima da cama, vendo TV e futricando em bobeiras como Orkut e Facebook. Ah, e Twitter agora...

Sempre me dá um aperto no coraçao quando eu tomo consciencia de que cada segundo é único, nao voltará a acontecer. Bate um certo desespero. Ainda mais para alguém como eu, meio escrava do relógio. Calculo meu tempo para nao chegar atrasada nem muito adiantada, para nao dormir demais nem de menos, para aproveitar bastante, mas com moderaçao. Uma eterna tentativa de controle. Porque o tempo, contado pelos relógios, é a própria síntese do controle. É o controle sem controle. Por mais que os minutos e as horas estejam ali, marcados e determinados, ainda resta a quem consulta (olha que "horas sao") decidir sobre o que fazer.

Ai, que pensamento mais cliché! O eterno sofrimento por equilibrar e decidir sobre o melhor uso do tempo que nos é otorgado pelo simples fato de estar vivo.

É isso, acabou o tempo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Dos Acasos da Vida

A tendencia de viver uma vida agitada é ligar o piloto automático do quotidiano. Levanta, come, se veste, trabalha. Volta pra casa, estuda, faz almoço, trabalha de novo, vai pra aula de yoga, vai pra aula. Vem pra casa de novo, toma banho, janta e dorme. E no outro dia as coisas se repetem, mais ou menos do mesmo jeito. Até que um acontecimento ou outro nos lembra que essa coisa chamada vida é algo dinamico, vivo!

Sexta a tarde, antes de ir pra sinagoga, resolvi dar uma olhada no orkut - hábito cada vez menos frequente! Vi uma foto do meu avo - "seu" Bruck, do Rio Grande do Sul - publicada no orkut de uma prima, e cliquei pra ver os comentários. E foi quando, devido ao que estava escrito na foto, descobri que ele tinha morrido naquele dia mesmo.

Grande surpresa. Poucas horas antes eu tinha comentado com o "marido" que talvez no fim do ano eu desse uma esticada lá no Sul, pra ver a parentada de lá. Foi estranho pensar que "seu" Bruck já nao existia mais.

Liguei pro meu pai pra saber o que tinha acontecido. Depois pra minha mae, que já estava em Porto Alegre, se encontrando com a horda familiar que se reunia para tomar as devidas providencias. Ouvi Moleh Rahanim, uma reza hebraica fúnebre. Nao fui a sinagoga e fiquei em casa, vivendo aquele momento.

Se nao bastasse, ao conversar com minha mae, descobri também que a irma de uma querida amiga também morreu. Eu nao ha conhecia muito bem, mas lembro-me de passar momentos inesquecíveis ao seu lado. Ela era casada e além do marido, deixou duas filhas adolescentes. Uma pessoa de quem sempre me lembro alegre, sorridente, comum ótimo senso de humor. Nos encontramos poucos dias antes de eu me mudar aqui pra Santiago.

Como era de se esperar, passei algumas horas da sexta a noite refletindo. Refletindo sobre o cessar da existencia, o que é isso, como funciona. Um dia alguém que voce nao ve há tempos simplesmente dá o último suspiro de vida e o simples conocimento disso faz com que o sentimento se altere. De repente bate o sentimento de falta, de saudade...de uma pessoa em quem voce nem pensava todo dia. Estranho isso. Difícil descrever.

Após um par de horas depurando isso tudo dentro de mim, saí do quarto com a cabeça erguida. Jantei com Monsenhor A, "marido" e Maca, nossa nova amiga. Bebemos vinho, rimos. No sábado saí pra caminhar. Subi o Cerro San Cristóbal. Mais de uma hora subindo um morro e no topo, é claro, uma linda vista. Senti os deliciosos momentos de um fim de semana vivo, bem vivido. O acaso da morte também serve para nos lembrar de sentir nossa própria vida, pois esta tampouco é eterna. Tanto meu avo, José Bruck, como a Norma, eram pessoas de quem me lembro sempre com um sorriso. Pessoas que me fizeram sentir a vida como algo feliz.

Sou meio cética. Nao acho que eles estejam no céu, nem no inferno, nem em qualquer outro plano espiritual. Honestamente, nao me interessa. Só me interessa a lembrança de disfrutar meu dias ainda restantes e, quem sabe, deixar também boas memórias em pessoas que me importo.


P.S. A foto do post eu mesmo tirei. Sábado de tardezinha, na descida do Cerro San Cristóbal. Gosto como estao presentes os elementos da natureza e ao mesmo tempo as pessoas, indo e vindo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Porque Pobre se Diverte Fácil

 
Foto: Alix/Sr. A
"A gente é pobre, mas se diverte", já dizia algum sábio caipira. A foto acima ilustra a alegria de uma pobre estudante de mestrado, com uma gestalt adolescente mal resolvida. Queridos amigos e leitores, no dia 30 deste mes eu irei ao show de Laura Pausini. Agora é oficial. Tá aí o ingresso pra provar. Gastei mucha plata nesse negócio porque já que eu esperei mais de 10 anos (sou fan desde os 12) pra ver esta mulher cantar e, sabe Deus se um dia verei de novo, é melhor aproveitar a chance. Sim, esta é uma daquelas histórias dream-coming-true. Nao lembro se comentei antes por aqui, mas também estou torcendo para que Laura fique hospedada no Hyatt, que é justamente em frente o prédio aonde moro. Se ficar no Marriott também nao tem problema, que é perto. Ooohhh, que emoçao!... Agora é só eu continuar aprendendo as letras das músicas para bater as madeixas em grande estilo.

Ai, ai, ai...alguém me manda voltar a minha idade atual, por favor!

domingo, 6 de setembro de 2009

Domingao de Tardezinha

Escrevo ao som de Como Si No Nos Hubiéramos Amado. Estou no ritmo de aprender as versoes em espanhol das músicas da Laura. Faz parte da minha preparaçao para o show. Agora pouco, antes de acordar o marido para me acompanhar ao supermercado, fiquei lendo umas postagens antigas do blog. É bom fazer isso de vez em quando. Recordar os bons momentos, rever certos fantasmas e ver como as coisas ficam pequenas com o tempo. Adoro essa sensaçao, de rir daquilo que um dia foi desgraça e hoje nao passa de pó. Acho que ficar ouvindo essas músicas está me colocando nesse mood assim, meio "relembrativo".

Cumpri minha agenda de fim de semana a risca. O strogonoff fez um super sucesso e nao sobrou nada. O arroz foi o melhor que fiz até hoje. Ficou soltinho, soltinho... graças a valiosa dica da vovó. Confesso que estou curtindo essa coisa de cozinhar, ainda mais que a cozinha aqui de casa parece um palco. Ou seja, é possível fazer a comida, servir drinks, ouvir música e falar com os convidados ao mesmo tempo. Gosto tanto que coloquei a foto ae para voces terem uma idéia.

Logo depois de assistir o Brasil massacrar a Ar-rrentina (HAHA!), me mandei pra Rock the Pop, festa arrasante. Depois de jantar regado a duas garrafas de vinho eu já estava pronta pra festa. Só esperei JT "aquecer" também e lá fomos nós. Quis morrer de vergonha quando vi que éramos as primeiras a chegar. Isso porque já era 1 da manha e a festa tava marcada pra começar as 11.30! Mas teve sua graça. Arrasamos, só as duas mesmo, dançando e cantando. Até que lá pelas 3 a coisa tava bombando. Foi ótemo! Só nao foi tao ótemo assim acordar hoje e correr pra casa para estudar. Bleh.

O tempo nao tá ajudando. Chuvoso e cinza. Neblina pairando sobre a cidade. Argh! Ando tao chata com isso que estou parecendo britanica, sempre falando do clima.

Ah, pra terminar... adicionei uns blogs muito legais que descobri ontem/hoje. O da "serva" Cleycianne me fez dar muita risada. Ossos do Escritório me lembrou o quanto poesia pode ser legal, e o Joaos e Joanas é um de tirinhas, super divertido.

Ok, vou aproveitar que a criatura finalmente tirou o traseiro gordo do sofá e ir ao supermercado, senao amanha nao teremos mantimentos! Oh, vida...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Agenda do Fim-De


Sexta

Singagoga, com minha amiga Sra. M, que por acaso descobri que é judia e tava doida atrás de uma sinagoga pra rezar e conhecer gente. Entao hoje é o dia. Depois é claro, tem o jantar de Shabat, aonde confraternizaremos acompanhados das delícias da cozinha judaica.

Sábado

Dormirrrrrrrrr...e depois ver o jogo do Brasil a tarde. Quer dizer, é a tarde? Nem sei ainda. E as 19:00 eu e marido (fake!) receberemos Patrick y Monica, amigos que acabaram de ficar noivos e vao casar - de verdade! O cardápio será strogonoff de frango, com arroz e saladinha. Os vinhos serao um cabernet sauvignon y um carmenére, comprados com desconto, o que sempre me faz feliz!
Após o jantar, que eu pretendo que termine no máximo até 22:30, vou pra casa da Sra. JT, nova amiga. JT, canadense-irlandesa, recém-chegada na cidade, amiga-de-uma-amiga, tá doida pra sair e bater cabelao. Ae apareceu uma festa chamada Rock the Pop, festa hiper gay, e ela botou pilha pra gente ir. Como eu ainda nao conheço a cena purpurinada dessa cidade, lá vamos nós, como diria Dona Minie Ranheta do Pica-Pau. Aparentemente a tal balada é num lugar super babadeira, num casarao velho restaurado, 2 ambientes, cheio de gente bonita e música de primeira. Recomendado por Dona Ro, amiga DJ.

Domingo

Curar a ressaca com um belo café da manha está nos meus planos. Claro que eu gostaria de virar um vegetal e nao fazer nada. Aproveitar que vou dormir na casa da JT e ficar vendo filme, só de boa. Mas....NO, NO, NO....pobre nao tem sorte. Com provinhas do capeta marcadas para segunda e terça, domingo a tarde deverá ser (bem!) aproveitado em algum café dessa cidade, de preferencia perto de casa, tomando café e tentando estudar. Por que nao deixo pra fazer isso segunda? Porque atualmente tenho 2 empregos e 2 "por fora", além de que segunda tenho aula de yoga também. O negócio é aproveitar o domingao...

Ai, ai....cansei só de pensar! Mas nem vai ser taaaaao lotado assim. Espero que a meleca da festa preste, e que meu strognoff arrase. To precisando dar um tempo do marido. Passei a semana evitando discussao, mas hoje, por bobeira, a vaca foi pro brejo. Terminou ele concordando com o Ahmedinejad (presidente do Iran) que disse que o holocausto nao foi uma tragédia! Levantei da mesa e saí, pra nao pular no pescoço do desgraçado. Eu mereço, viu!!....

Enfim...desvei do assunto. É hora de dar ciao e ir me arrumar.

Adieu

domingo, 30 de agosto de 2009

Rorschach, Piscolas e otras cositas más...


O domingo nem acabou mas já tenho aquele feeling de que o fim de semana foi ótimo. Sentimento mais do que satisfatório, já achei que seria o contrário, uma vez que Srta. A teve um imprevisto e desmarcou nosso jantarzinho (marcado há um mes!). Grilei. Mas nao posso reclamar. Acabei saindo pra comer pizza de churrasco com o Prof. A e o Sr. A. Prof. A é o coordenador do meu mestrado, que gentilmente convidou eu e o marido (Sr. A) para comer. Uma graça. Passamos super bem. A pizza estava deliciosa e demos muita risada.

Cheguei em casa ligada, com aquela sensaçao de que poderia ir para uma boate e dançar a noite inteira. Que bom que Monsenhor A também chegou na mesma hora, entao ficamos os tres em casa mesmo, tomando umas piscolas (pisco+coca-cola) e conversando. Aproveitando de um comentário psicológico que fizemos, Monsenhor tirou as cartas do armário. Neste caso as cartas eram o pacote do teste Roscharch. Até onde eu sei/sabia, cobra-se muito dinheiro para a devida aplicaçao de tal teste, ou seja, nao podia rejeitar a oportunidade. Ainda mais que Monsenhor A, além de sua formaçao em psicologia (óbvio!) e seus 2 anos de estudo do negócio, tem outros 6 anos de experiencia mostrando as figurinhas bizarras para as pessoas e interpretando suas respostas. Porque o Rorschach é isso. Te mostram uma carta com um desenho louco. E voce diz o que ve. E é como se cada carta tivesse um significado. Por exemplo, a figura acima, é a primeira carta, e o que voce ve reflete como voce se enxerga frente ao mundo. Eu enxeguei uma máscara de Halloween. Ou seja, me apresento para esse mundao de Deus com uma máscara. Ha!.. Genial!. Mas por favor nao se prendam a minha explicaçao simplória do teste. Achei o negócio fantástico.

Os resultados foram bastante reveladores, e Monsenhor me disse que batiam exatamente com o que ele havia observado. Medo! Isso mesmo, medo! Imagina, falar pra alguém o que voce ve, nao sabendo o que aquilo pode significar realmente? Mas deu tudo certo e nos divertimos muito no final.

Sábado também, só alegria. Recebi, pela primeira vez, Dona J, recém-chegada em Santiago, direto de Vancouver. Indicada por uma amiga da Irlanda, graças a facilidade de comunicaçao via Facebook, Dona J veio passar o dia com a gente. Testei uma receita de macarrao com molho de abobrinha e yogurt. Ficou mais ou menos. Teria sido bem melhor caso o yogurte natural chileno nao fosse doce. Afff....consegui corrigir o negócio, mas mesmo assim....

Passamos a tarde no bate-papo, tomamos chocolate quente no Starbucks no fim do dia, e depois partimos para piscolas e chispa, uma outra bebida chilena feita de uva. Também muito boa. E chegou mais gente. Antes que eu tivesse chance de terminar o jantar mega saudável de salada com cenoura refogada, a festa já acontecia. De novo tínhamos música, bebidas, gente legal e clima de carrete, como se diz em chileno. E foi só alegria.

A noite terminou com tradicionais comidinhas de fim de festa. Fomos ao Sergio's comer hot dogs. Bao demais. Depois só banho e cama.

Os resultados do Rorschach foram muito interessante. Falaram de como eu controlo meus instintos. Controle que parece ser demasiado. Depois de uma longa e proveitosa conversa com Monsenhor, acabei decidindo que vou equilibrar as coisas. Por isso nada de se controlar muito... quando puder, vou cair na gandaia mesmo, dançar, cantar, me divertir. Assim como nos últimos finais de semana. E como ainda é domingo, vou me permitir sair da dieta (mantida a risca até agora) e vou ali almoçar algo bem engordante e gostoso.

=)



P.S. Respondendo a pergunta da Kell, se meu casamento incluia "vc sabe o que"...nao, nao inclui! É um modelo de casamento depois de 50 anos. Inclui fazer tudo junto, menos "aquilo", kkkkkkkk.... ah, com a vantagem de que podemos sair/namorar quem quisermos. Arrasa!
 
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