Nada de tao interessante pra contar. Quem le meu twitter sabe muito bem q minha vida se resume em dar minhas aulinhas todos os dias, definir o cardápio do dia (de acordo com minha disposiçao pra esquentar a barriga no fogao) e ir as aulas (do mestrado). Cada dia na sua rotina, com seus horários, suas expectativas. Tudo permeado pelas irritaçoes - provocadas por pedestres idiotas/lentos e pessoas folgadas que eu pareço atrair!
Nestas últimas semanas andei me perguntando se meu coraçao havia congelado de vez. Há tempos nao me sinto atraída por ninguem. Como eu expliquei pro Monsenhor, "nem homem, nem mulher, nem cachorro". Uma das partes mais legais do meu dia é quando estou voltando pra casa, a noite, e passo no mercadinho ali debaixo aonde o gato da dona está sempre marcando presença. Adoro aquele gato. Todo poderoso, imponente, sendo alisado pelos fregueses da tia e do tio do mercadinho. Pensando nisso comecei até me aceitar assim, nessa versao fria e desinteressada.
Hoje o dia foi um pouquinho diferente. Aula-almoço com uns alunos, palestra com professor importante - que inclusive dá cursos na Corte Internacional em Haia, pira!? Logo depois me dirigi ao Centro Cultura La Moneda, para ver A CASA DE ALICE. Tá rolando a III Semana de Cine Brasileno por aqui, e fui prestigiar a abertura. O filme me fez chorar. E nao foi pouco. Chorei horrores! A teoria do coraçao gelado se foi lágrima abaixo.
Sem enrolar muito, só devo dizer que foi bom. Chorar, de vez em quando, faz bem. Libera tensao. E no meu caso, me lembrou que eu também sou humana. Saí da sala de cinema tao feliz que dei um abraço na Carla Ribas, a atriz, que estava presente. Me senti compelida a agradecer pela experiencia. Fiquei tao tocada pela história - de uma personagem em particular - que mesmo depois, indo pra casa, o Sr. A (vulgo, marido), nao podia me lembrar de algumas cenas que eu chorava. Em pleno metro! Começou a ficar constrangera a situaçao.
A trama nao tem absolutamente nada a ver com nada da minha vida. Mas a interpretaçao e os sentimentos do filme sao muito fortes e complexos. A liçao que eu tirei do filme é que cada um tem que enfrentar seu próprio inferno sozinho. Fugir nunca vai resolver nada. Como eu disse nesse blog numa ocasiao anterior, running away will never make you free. .
Só sei que vou dormir até mais leve hoje.
1 comentários:
É relativamente novo esse filme?
Hehe... gatos folgados assim tem dois de uma amiga minha. Dia desses fui com elas no carro pra dar vacina no gato e eles todos faceiros dentro do carro, pareciam entender tudo.
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