sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Preferência clara e indiscutível

Nao sei bem quando começou. Mas sei que foi na América do Norte. Eu, uma brasileirinha da roça, porém ávida por novas experiências, passei a frequentar cafés. No começo eu achava tudo caro. Por que um café ruim tinha de custar no mínimo 3 dólares? Ainda bem que eu nem gostava de café mesmo, e por isso partia para bebidas um pouco menos óbvias, como chocolate quente, vanilla bean latte, água com gás. Antes que eu pudesse perceber já estava viciada e aderi à cultura de estudar nos cafés. Até fui trabalhar em um! Podrinho e nada glamuroso, mas lá estava eu, hehe...um dia eu conto essa história. O fato é que frequentar cafés passou a ser parte da minha vida e da minha cultura também.

E daí a gente volta pro Brasil... pra Goiânia, mais especificamente, onde todas as pessoas da minha idade frequentam bares. Se querem conversar e ver gente bonita, vao ao barzinho. Comer? Tem comida no barzinho também! E claro, no barzinho também tem música. E claro, também tem gente fumando horrores... junto com homens idiotas te olhando com cara de safado. Podia ao menos disfarçar, né?

O negócio é o seguinte... nem nos tempos de faculdade eu gostava de bar! Eu prefiro cafés e pronto! E por isso hoje sou tao feliz de saber que minha cidade evoluiu o suficiente ao ponto de oferecer cafés do estilo ao que eu estava acostumar. Sim, tudo ainda possui um ar pretensioso e os produtos sao mais caros do que deveriam....mas pelo menos me leva de volta àquele sentimento gostoso e familiar que eu experimentava nos Starbucks e afins da América do Norte. De fato, em Montreal o meu preferido era o Starbucks. Se eu queria estudar, conversar ou matar tempo, ligava logo pra alguém e marcava de encontrar em algum Starbucks da St. Catherine (tinha vários, só nessa rua!). O chá de Passion Fruit era uma delícia, barato e roxo! Perfeito!
Já nos EUA a coisa mudou um pouco de figura, mas se a vontade de ir pra um café batia, o local era o Greenberry's, que tinha um ar bem mais tropical e light, mas também pudera! Estávamos na Virginia!... bons tempos, bons tempos....

Nos cafés as pessoas nao fumam - a nao ser nas mesinhas de fora, hehe. Mas lá dentro você tem ar condicionado - para os eternos dias quentes dessa cidade - musiquinha ambiente gostosa, decoraçao estilo moderna, cores bem escolhidas, garçons gente boa que já me reconhecem e .... enfim, um ambiente muito aconchegante. Nao preciso alterar minha voz para conversar, posso me sentar confortavelmente no sofazinho e aproveitar meu tempo ali. E ah, detalhe... também nao preciso pagar "couvert" artístico pra ouvir algum mané cantar música que eu nem quero ouvir!

E foi assim que eu terminei minha semana.... sentada num café, comendo um lanchinho gostoso (e caro!) e tomando chocolate quente, enquanto conversava com amigos sobre o 11 de Setembro, a Al-Qaeda, Bill Clinton, eleiçoes americanas, salgadinhos que gostávamos quando criança, planos futuros, etc...

É... bem que eu queria ter meu próprio café... (sigh)... Ele teria um aspecto bem mundi, de gente viajada. Seria tao pretensioso que a sociedade goiana iria adorar. Cheio de mapas e atlas, o lugar ia bombar. Bombar também iria o Menu, cheio de opçoes caras e gostosas. Pensa que delícia....

1 comentários:

Keiko disse...

Se sentir muita saudade dê um pulo no Starbucks de Sao Paulo, que fica dentro de um shopping e nao tem ninguem estudando...ou seja, nada a ver...tá, pensando bem é melhor dar um pulo aqui mesmo :-)

dinda

 
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