Vou começar o post avisando que já saí da fase "eu queria ser um alface". Ela volta semana que vem. Bastou uma noite bem dormida e um fim de semana gostoso (pero calmo) pra eu voltar ao normal...o meu normal.
Hoje resolvi matar aula. Ia ter uma reuniao de reclamoes e eu resolvi ficar fora. Nao concordo com a posiçao que seria apresentada entao, pra nao caçar briga a toa, evitei. E, como diz meu pai, "melhor ficar no lado de quem tá ganhando", hehehe... Fiquei em casa me divertindo com o livro The Compleat Strategist. Esse livro, sobre teoria dos jogos (really!?) é o mais divertido que eu vi até agora. Nunca tinha visto um livro academico com uma linguagem tao divertida. O autor nem parece que é matemático. Além de super pedagógico - coisas explicadas passo a passo, pra gente que nao tem talento por números, como yo! - o livro é cheio de comentariozinho engraçados - para nós, nerds! Acho que eu nunca tinha dado risada, em voz alta, lendo algo que, em teoria, nao é nada fácil.
Ae, depois de terminar todo o capítulo sobre jogos 2x2, vim pro quarto e enquanto baixo um capítulo de House - o penúltimo, que vi só pelas metades - resolvi folhear uma revista, dessas revistas femininas, que Moms deixou por aqui. Eu cresci com essa revista e devo admitir que aprendi muita coisa lendo essas páginas - principalmente na sessao SEXO, aonde sempre tinha reportagens interessantes e outra parte de perguntas e respostas. Acho válida a proposta da revista e tal, mas confesso que fiquei meio decepcionada. Com que? Uma quantidade considerável das 200 e tantas páginas dessa publicaçao trata dos assuntos mais clichés possíveis. Dieta, maquiagem, moda e homens. Parece que abri uma revista de 10 anos atrás. Tá bom, essas sao as categorias pelas quais dividem o assunto mas...pow, sei lá... até hoje falando de dieta? Quer saber as cores da moda? Assiste uns 3 capítulos da novela das 8...
Ah, sei lá..vai ver eu sou o problema. Mas poxa, que chatice...parece que tudo se repete e nós, mulheres, continuamos nos mesmo papel. Longe de mim queimar o sutiã...nao vejo nada de mal em fazer uma dietinha, cozinhar pro/a namorado/a, comprar blusinha da moda e se maquiar - só de vez em quando, no meu caso. Mas viver em funçao de se preocupar com isso...poutz! Olha que eu to falando de uma única ediçao da tal revista...agora imagina quem assina isso - minha mae! - e le o mesmo assunto todo mes? Ah neim...
Falar disso até me brochou... e olha que eu ia escrever como o tecido adiposos - gordura! - é um tecido super evoluído. E eu tinha argumentos médicos - que aprendi esta manha, com meu aluno médico.
Ok, chega...melhor ir assistir Friends.
2 comentários:
Só leio esse tipo de revista no cabeleireiro, pra passar o tempo.
Não dá. Amélia que era mulher de verdade.
Beijos.
Hummm...Nem vou falar em detalhes o que penso a respeito dessas publicações, que em minha humilde e sem paciência opinião, vêem reforçar o papel social feminino ideal. A mulher vaidosa,que dentre os seus muitos atributos ainda é empresária, intelectual,branca, mãe e hétero.
Fala de um tipo especifico de mulher e não de todos, atendem a um segmento bem limitado, sem falar nas reproduções sobre política ou comportamento...Por favor: "Dez maneiras de enlouquecer seu homem na cama?" ou " Escolha os presidenciáveis que representam o ideal familiar perfeito" Fala sério!!Não culpo a revista,a editora nem nada, todos estes grupos só estão respondendo a um eco que a sociedade faz ,pede e suplica. NORMATIVIDADE, MESMICE, PARCIMÔNIA E...UM POUCO MAIS DO MESMO...Têm coisas que nunca mudam...E os assuntos vendáveis (que são estes acima, fazem parte destas coisas...)Vende? Então publica baby! Dane-se a individualidade, o negócio é reproduzir o óbvio e criar seres massificados, idênticos e de preferência com preguiça de escolher por si próprio!
ps: Humm, lembrando que leio Judith Butler demais...E que também pretendo manter os sutiãs em seus devidos lugares e bem loonge das fogueiras...Porém é natural já que minhas escolhas destoam do socialmente agradável e harmônico que me revolte com as publicações do tipo:Seja Feliz e me pergunte como!
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