domingo, 16 de maio de 2010

O Astral Desse Inferno

Eu quase acreditei que esse ano eu fui tao boa, mas tao boa, que os céus resolveram me dar um premio e me livrar do inferno astral. Faltando menos de 24 horas para esse períodozinho ordinário terminar, relato alguns dos acontecimentos dos últimos dias.

De quarta pra quinta a noite Moms, Vovó y Titia chegaram à Santiago. Lá fui eu pro aeroporto buscá-las, de Jeep. Mas o problema começou 1 hora antes, quando eu tirei o colchao inflável da caixa. Eu simplesmente nao sabia como inflar aquela porcaria e por isso fui pro aeroporto preocupada (e frustrada). Já no saguao de chegada, recebi as tres como mandava o figurino. Beijos e abraços, e também uns casacos que trouxe. Era uma noite fria e elas nao tinham roupa adequada.

Paguei o estacionamento, enfiei todas as malas no Jeep (quase que nao dá!), e dei partida. Quer dizer, tentei dar partida. Num erro imperdoável, lembrei que havia deixado as luzes do farol acesas, fazendo com que a bateria se descarregasse. Oh, no! Quase 2 da manhã e eu com um problema desse, no estacionamento do aeroporto.

Num momento inspirado, lembrei que no jeep tinha dois cabos, desse de ligar a bateria. Lembrei que o Monsenhor tinha ajudado alguém há coisa de duas semanas, alguém que tinha esse mesmo problema. Chamei logo um taxista, expliquei o problema e, depois de muita manobra, conseguimos fazer o carro funcionar. Pronto! Respirei fundo pensando, "pronto, acabou o problema!".

Haha! Pra completar essa noite nojentinha, e resumindo a história, nao consegui inflar o colchao, e água do chuveiro nao esquentou. Minhas visitas simplesmente tiveram que dormir num colchao improvisado (amém pelo vários sacos de dormir que temos aqui) e tomar banho frio às 3 da manha. Depois de toda a saga, me joguei no sofá, lembrando de uma frase que Dona Let gostava sempre de dizer, "Já vi o fim do mundo muitas vezes, e na manhã seguinte estava tudo normal".

Quinta-feira amanhaceu cinza, pra minha frustraçao. Cinza e friozinho. Nao havia outra opçao, entao saímos pra bater perna na cidade. Caminhadinha, fotos, metro, fotos, feirinha, presentinhos, fotos...Cheguei em casa, no fim do dia, morta de cansada. Nao por caminhar, mas por ter que pensar por todos. "Ylana, quanto custa isso...em reais? E aquele outro? Ylana, vem aqui falar pro vendedor que eu quero uma de cor marrom!"...  =/

Sexta foi um diazinho em que eu passei raiva. Minha mae deu a louca (como eu esperava) e foi limpar a casa. Ela e minha tia resolveram que era dia de botar todo o apartamento abaixo e limpar cada centímetro! Minha vó também deu a louca, mas na cozinha. Achou que tinha um batalhao para alimentar, e foi fazer pao, rosca e tudo o que era possível. Já irritada com a situaçao, saí pra almoçar com R. Avisei para todos que voltaria em breve, e que queria ir ao supermercado depois. Já estaria com o carro (emprestado por R) e queria evitar o transito do fim do dia.

Resumindo... enrolaram a tarde toda nessa limpaçao de casa. Terminaram qause as 7 da noite, para o meu desespero. E quando finalmente saímos para o supermercado, além do transito dos infernos, estava chovendo horrores! Pra completar, o clima tava péssimo, uma vez que eu tinha brigado com Moms... brigado por que? Porque eu ODEIO gente que fica dando faxina, ainda mais quando eu estou em casa. Sim, eu estava grilada demais. Queria ter saído, batido perna. Mas nao...o apartamento tinha muitos centímetros para ser limpos! Argh!

Sábado as coisas melhoraram um pouco. Levei a galera logo cedo para a Los Saldes, uma dessas padarias que dá vontade de comer tudo quando voce entra. Tomamos um belo café-da-manha, entramos no carro e ganhamos a estrada rumo Valparaíso e Viña del Mar.

Um dia gostosinho fora da cidade. A estrada oferece uma linda paisagem, com vinícolas várias, pés de azeitona e outras frutas, além das lindas montanhas. Valparaíso tem o porto e um funicular que todo mundo morre de medo, dado a antiguidade da coisa. Viña é mais glamouroso. O sol resolveu dar as caras de novo e, apesar de passear no calçadao da praia usando calça, casao e cachecol (super diva!), o dia foi uma delicinha.

Hoje é domingo. Tá cinza de novo. Mas pelo menos as montanhas estao nevadas, anunciando o frio inverno que chega. Às 2.30 espero algumas (poucas) pessoas para um almoço. Esse ano, em vez de festa em buteco com a geral, a coisa vai ser familiar. Almocinho, com bolo feito pela mamãe. Nao lembro a última vez que celebrei meu aniversário assim.

To feliz. Ainda mais porque amanha termina o inferno astral, esse período em que, se algo sai errado, nao é só um evento isolado, e sim uma sequencia de coisas dando errado. Ou seja, nada melhor do que vislumbrar o fim disso! Apesar de que, nao posso reclamar. Já tive infernos-astrais (assim que fala?) muito piores.

Ok, chega...hora de ir ali rapar a panela do recheio do bolo!

=D

P.S. Hoje é aniversário da Laura...a Pausini....

1 comentários:

Kell disse...

Adorei a frase de dona Let. Vou ter q usá-la por aqui de tão boa que é!
Conselho: toma um sonífero e só levante amanhã, quando tudo isso "teoricamente" tiver acabado. Vai por mim!

 
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