Entao eu estava em Paris. Junto com um monte de gringo e...minha avó! Sim, eu nao sei explicar muito bem como minha avó foi pra Paris comigo. Só sei que antes disso estávamos na Polônia!
Mas como eu ia dizendo... estavámos eu, amigas gringas e vovó num albergue em Paris. E resolvemos ir até a torre Eiffel, claro, já que nao sei porquê mas eu tinha que voltar logo pro Brasil. Fui até à recepçao do albergue e perguntei em inglês se poderiam chamar um táxi pra mim. Logo fizeram isso. E foi ali que eu comecei a perceber a Bolívia dentro de Paris. Todos os carros velhos, as pessoas falando em espanol, com cara de índio, e tudo muito desorganizado. Achei estranho, mas nem tanto.
Nosso taxista chegou logo e lá fomos nós. Eu e vovó, para a Torre Eiffel, onde iríamos assistir o pôr-do-sol de um sábado. O taxista, cujo o nome nao lembro, era um tio bem falante e alegre. E poliglota, graças a Deus! Fomos batendo papo, primeiro em espanol. Ele arrancou umas palavrinhas em português, principalmente quando passamos ao lado de um posto BR, no caminho da torre. Sim, tinha um posto BR numa das Highways de Paris! ....Minha avó tava preocupada se o taxi nao ia ficar caro. Eu falei pra ela ficar de boa, tranquila, porque ali a gente era rico e o nosso dinheiro valia mais. Hahahaha....
Essa Paris da Bolívia até que era bem legal. Tinha altos viadutos e highways, especialmente sobre o rio Sena. Quando passamos por cima, notei que o rio tinha uma coisa ao mesmo tempo charmosa e de pobre. Um ar "industrial", de "porto", como em Buenos Aires. E foi quando eu e Sr. Taxista começamos a falar em francês. E logo passamos pelo que era a segunda Torre Eiffel. Bem, eles tinham começado a construir esta segunda torre e em coisa de um ano e pouco estaria pronta. Eu adorei a idéia de existirem 2 torres Eiffels. Primeiro porque achei a que já exsitia um pouco pequena e tava pensando se valia a pena pagar 6 Euros pra subir ali. E outra porque....com duas torres o fluxo de turistas poderia ser divido. Brilhante né! "Goiania deveria ter uma torre!", pensei....
E depois dessa aventura toda nas ruas da Paris da Bolívia eu e vovó chegamos em nosso destino. Tudo custou 5 euros. Conversei em duas linguas com o taxista velho e feio, mas gente boa. Assisti o pôr-do-sol enquanto subia a torre. Achei tudo muito interessante, tirando a parte em que fiquei angustiada por nao lembrar se eu tinha que voltar pra Polônia de ônibus ou se tinha que pegar aviao de volta pro Brasil!
Foi nessa que eu acordei, com o travesseiro em cima da cabeça - como sempre, e me perguntando como é que eu tinha ido parar ali, naquela cama. Que horas eram? Ai, meu Deus! Será que alguem me ligou e eu nao vi?
"Freud, explica?"
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