Sao Paulo é correria. As pessoas andam rápido, como eu. Gosto disso. Sabem pra onde vao e nao tem tempo a perder. Nem olham pro lado. Ignoram o céu cinza que paira sobre suas cabeças e seguem seu caminho.
Em Sao Paulo eu sempre como demais. Bem mais do que deveria. Talvez como uma compensaçao à frustraçao de ter que aguentar transito e outras coisas, eu desconto comendo. É pizza, sanduiche (aqui eles dizem lanche), coxinha, tudo o que vier.
Sao Paulo é cinza. Nao só o céu, mas os carros também. Observei isso na rua. O tanto de carros da cor prata e cinza, tudo blasé...argh...
Sao Paulo também é um excelente ambiente para aqueles que nao querem pensar. Aqui a gente se distrai fácil. É o transito e as dificuldades de transporte, é o cheiro do tiete ou quem sabe o charme de um café expresso apreciado às 6.30 da manha na Av. Paulista. O fato é que... pensar pode, tranquilamente, ficar em segundo plano.
E foi aqui em Sao Paulo que eu comecei a ler o livro "Consolaçoes da Filosofia", do Allain de Bottom, também autor de "A Arte de Viajar", que eu adoro. Livro este que veio em muito boa hora. Quase uma auto-ajuda filosófica, haha! Que nada... o livro apresenta idéias de filósofos que poderiam ser usadas para, quem sabe, nos consolar de certas coisas, seja impopularidade, frustraçao...até coraçao partido.
Sao Paulo me traz um mix de tristeza com esperança. Interessante como isso funciona. Acho que depende da hora do dia ou da parte da cidade em que eu me encontro.
Foi aqui em Sao Paulo que ontem, enquanto eu esperava minha prima na frente de um terminal de onibus, um estranho da rua chegou pra conversar comigo. Eu, por incrivel que pareça, dei papo para o estranho. Quase no fim da nossa conversa esse estranho virou pra mim e falou coisas da minha vida. Coisas pessoais. Que ele nao poderia ter adivinhado. Foi estranho, no mínimo. Fiquei impressionada....ainda estou... será que eu deveria estar impressionada? Nao foi simples coicidencia?....bem, a vida continua enquanto eu tento rebater o que o estranho me disse usando um pouco de lógica que ainda me resta.
Amanha eu vou embora de Sao Paulo... como será que vai ser voltar à Goiania?
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