Tenho andado muito sozinha aqui no Rio. Sr. T é um homem ocupado que, apesar de seu imenso esforço em passar tempo com minha pessoa, ele ainda tem compromissos a cumprir. Nao conheço muita gente nesta cidade, e os poucos que conheço também estao ocupados. Faculdade, trabalho, monografias, essas coisas.... ou seja, estou tendo todo o tempo do mundo para a ficar com Me, Myself and I.
Nao sei se é só comigo mas, eu tenho uma preguiça enorme de cozinhar pra mim mesma. Até pra sair pra comer, se tiver que ir sozinha, a tendência é procurar a solução mais prática, e nao necessariamente a melhor. A consequência disso tem sido que nos 3 últimos dias minhas refeições da hora da "janta" foram compostas por sanduíche, batatas fritas e refrigerante (light, é claro!). É, eu sei, alimentação trash total, mas que eu me permito, usando a desculpa de que é prático, barato e confortável. Sim, confortável! Além do mais, minha consciencia nem tá pesando muito pois tenho caminhado por todo lado, gastando assim as calorias.
Existe um peculiar sentimento de conforto na familiaridade encontrada na textura de uma batatinha frita crocante, ou no gosto azedinho de um picles imerso no "molho especial" de um Big Mac saboreado por volta das 18.53 de uma sexta-feira em Copacabana. Para quem está sozinho e, de alguma forma precisa se encontrar, comer algo conhecido é um consolo. Sentada na mesa do McDonalds, encaro minha mochila de frente. "Oi, mochila companheira! Vai batata ae?"....
Gosto muito de McDonalds. Dos produtos, mas, principalmente, da filosofia por trás deste restaurante. Além do mais, o McDonalds foi pioneiro na criação de espaços que eu denominaria "globais". Restaurantes como este e outros afins conseguem oferecer aos clientes, em qualquer lugar do mundo, uma atmosfera familiar. Um lugar onde seus clientes se sentem parte e, quem sabe, menos sozinhos, mesmo que nao conheçam ninguém. Convenhamos, mesmo que dinheiro nao fosse o problema, quem ia querer jantar no Fasano sozinho? Eu que nao! Já no McDonalds nao importa se você está sozinho, com o namorado ou com a galera. O ambiente comporta todos os tipos e humores.
Resolvi andar mais um pouco pela orla antes de voltar pra casa. Uma caminhada extra sempre faz bem depois de comer tanta porcaria. Conversando com quem realmente mora sozinho, percebo o quanto parece ser difícil segurar o ímpeto da auto-destruição, do feeling tô nem aí. Com alguns este ímpeto de manifesta na comida, outros na bebida, e por assim vai. Sem televisao ou ninguém pra ligar pra contar como foi o dia, deleito-me na leitura - e na escrita deste blog também, né! ... Chega de comida por hoje!... amanha quem sabe eu consigo jantar salada!
2 comentários:
aiii nem me fale...vc com seu Mc e eu com meu chocolate...affff
Yla, enquanto come seu Mc, responde o meme que tá lá no meu blog.
beijos!
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